Dead Boy Detectives 1x02 – The Case of the Dandelion Shrine

Parasitas sobrenaturais.

Um segundo episódio maravilhoso do início ao fim! Depois de uma estreia agitada, empolgante e carismática, “The Case of the Dandelion Shrine” começa a se aprofundar nos personagens, nas novas dinâmicas impostas tanto pela presença de Crystal Palace quanto pela punição do Gato Rei, e introduz oficialmente Niko Sasaki na equipe, quando descobrimos que ela está com “parasitas sobrenaturais” e ela eventualmente passa a ver Edwin e Charles por causa de uma experiência de quase-morte. Novamente, o clima do episódio é fascinante, mesclando toques de terror e de comédia em uma estranheza característica de “The Sandman”, mas de uma maneira leve e adolescente que tem mais a ver com “Dead Boy Detectives”, e não tem como não amar!

Edwin Paine não vê a hora de retornar para Londres, para o seu escritório, e voltar a resolver casos sobrenaturais dos quais os humanos não dão conta… de preferência, só ele e o Charles, sem a Crystal. Mas ele mesmo cometeu um erro ao usar magia contra um gato no episódio anterior, e agora ele precisa lidar com o Gato Rei em uma reunião que é inesperadamente sensual. Não que nós não soubéssemos que o Edwin é gay, é claro… mas eu adoro como a série explora isso naquela sequência, com o Gato Rei extremamente gostoso se aproximando de Edwin, dizendo que “o acha fascinante” e o deixando desconcertado o suficiente para que o Gato Rei consiga colocar nele uma pulseira que o prende na cidade – não tem como voltar a Londres agora.

Para poder se livrar da pulseira, Edwin tem duas opções: 1) deixar o Gato Rei feliz, o que particularmente não me pareceu uma proposta tão ruim, mas acho que o Edwin está lidando com a sua homossexualidade ainda, porque temos que lembrar que ele morreu em 1916 e as coisas eram diferentes na sua época, e ele está claramente apaixonado por Charles, o que pode ser outro “empecilho”; ou 2) contar todos os gatos da cidade. O início do episódio traz um pouquinho de Edwin buscando alternativas para se livrar da pulseira e se recusando a contar para Charles e para Crystal como o Gato Rei conseguiu colocar a pulseira nele, mas eventualmente isso fica em segundo plano: ele tem que aceitar que está mesmo preso na cidade por ora.

E eles precisam ajudar Niko.

O caso de que fala o título do episódio, dos duendes de dente-de-leão, se refere à Niko, a garota apaixonada por mangás (alguns BLs, inclusive!) que mora no quarto à frente do alugado por Crystal sobre o açougue – aparentemente, aquelas coisas que Crystal viu ao seu redor não têm necessariamente a ver com energia, aura ou qualquer poder mediúnico de Crystal, mas com o fato de que Niko tem problemas sobrenaturais… então, Edwin resolve ajudar, e Charles precisa fazer algumas pesquisas, tendo em vista que ele é o único que pode viajar através do espelho de volta ao escritório, embora não tenha ficado claro para mim por que o Charles não podia simplesmente pegar os livros e os levar para os Estados Unidos, onde o próprio Edwin podia fazer as pesquisas.

Enfim, a dinâmica do espelho foi legal de todo modo!

Gostei demais de como o episódio “separou as duplas”, e de como foi gostoso ver as interações paralelas. De um lado, temos Crystal tentando se aproximar de Niko e, ao conversar com ela através da porta do banheiro, finalmente conseguir que ela responda e comece a se abrir; de outro, temos a dinâmica de décadas de Edwin e Charles, e eu realmente adoro acompanhar como eles se entendem, e como o Charles gosta de Edwin a ponto de ter uma paciência absurda quando o Edwin está no ápice da sua “chatice” (que eu adoro, por sinal). E tudo culmina no que parece uma sessão de exorcismo, e eu ME DIVERTI DEMAIS com a mudança drástica de tom de quando os duendes falam de dentro de Niko para quando eles se materializam como duendinhos do lado de fora.

É SENSACIONAL!

E é essa combinação inesperada que faz “Dead Boy Detectives” ser tão legal.

Agora, a dinâmica muda levemente mais uma vez… quer dizer, eles seguem presos nos Estados Unidos até que o Gato Rei esteja satisfeito – de uma maneira ou de outra. Crystal já é parte integrante da equipe, quer o Edwin goste ou não, e Niko é uma entusiasta, com mente aberta e que, agora, é capaz de ver os fantasmas! Certamente vai ser um quarteto e tanto! Além disso, a notícia de que os “Garotos Detetives Mortos” estão na cidade já está por aí, e os fantasmas estão fazendo fila para poder conseguir entregar a eles o seu caso. E, naturalmente, Esther não está nem um pouco feliz com isso, e ela pretende enviar alguém para “lidar” com todo esse problema, alguém com um rostinho doce que inspira confiança: seu corvo Monty transformado em gente.

 

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