Glee 6x01e02 – Loser Like Me / Homecoming


A whole new Glee. E eu acho que eu vou gostar.
É uma pena que eles não tenham tentado algo assim depois da terceira temporada, porque teríamos tempo de desenvolver algo bem bacana, diferente dos meros 13 episódios que essa temporada oferece – mas não acredito que o público teria aceitado essa história naquela época, e também acho que os roteiristas queriam brincar com esses personagens e colocá-los em lugares diferentes. Na verdade, é uma história vergonhosa para o programa, como as tramas decaíram, como tivemos altos e baixos, e mudanças radicais, muitas vezes questionando os conceitos mais básicos do que era Glee. Mas enfim, depois de uma queda na audiência e o cancelamento da série, os roteiristas deixaram de lado tudo o que tinham criado tentando “salvar” Glee (sabemos que nada deu certo), e recomeçaram. Essa estréia da sexta temporada é um recomeço completo, e quer saber? EU ADOREI.
Já que as coisas estavam do jeito que estavam, alguns meses se passaram e estamos agora em uma espécie de realidade distópica na qual tudo o que conhecíamos fora desconstruído. Quando That's so Rachel (ah, o trocadilho – nunca seria tão bom quanto Raven!) falha epicamente, sua vida desmorona. E essa vida desmoronando foi o pontapé inicial para a reformulação da série: um “mundo sombrio”, um lugar diferente daquele que conhecíamos, onde poderíamos começar de novo. O primeiro episódio foi sobre reformular o ambiente, o segundo sore começar de novo. Então Rachel foi um fracasso na TV, não tem mais nem NYADA nem a Broadway – fico feliz por isso ter acontecido, embora ela não vá aprender nada com isso. Ela nunca aprende. Os pais dela estão se separando; Blaine parece bastante triste depois do término com Kurt, mas nem tanto, já que está namorando o Karofsky [!], enquanto o outrora romântico Kurt está arriscando Tinder (haha, sabemos que não é bem o Tinder) e speed dating. Sam virou assistente da treinadora Beiste, e Sue Sylvester transformou o McKingley em um horror.
Assim que reencontramos Glee, depois de todo esse tempo. Eu gostei de como as coisas foram se organizando, e como é bom estar de volta. Esses são os ambientes e os cenários nos quais a série sempre deu certo. Não faz sentido sairmos dali. Então temos o Blaine como o novo técnico dos Warblers (ah, e como é bom vê-los novamente!), e é bacana ver a Rachel ali – a personagem nunca esteve nesse cenário! Também foi boa a menção ao Will Schuester. Adorei vê-lo novamente, adorei aquela sensibilidade dele, e aqueles momentos tão fofos com o filho, tudo tão adorável. E agora ele é o novo treinador do Vocal Adrenaline. Com Blaine, Rachel e Will de técnicos, acho que vai ser a temporada na qual os técnicos mais tem música. O Vocal Adrenaline não é o New Directions, mas ele está fazendo um trabalho excelente lá. Naquele momento, eu estava adorando o episódio, e achando que podia quase ser o Piloto de um spin-off. Que eu veria. Teremos mais dos três corais ao longo da temporada, e com certeza será uma competição ÉPICA para as Seletivas. Ansioso por isso!
O primeiro episódio pareceu passar tão rápido – mas as canções não foram tão marcantes. Com exceção de Let It Go, que ficou linda. Embora ainda não seja Idina Menzel. E a Idina é a Idina, então. Adorei o final com “The cold never bothered me anyway”. Rachel se deu conta que não adianta falar com Sue – teve que ir até um cargo acima para reabrir o glee club, desde que ela doe o dinheiro e seja a treinadora. Enfim, bacana! Adorei as cenas de Rachel com Will, que sempre são absolutamente lindas, e sofri com o fim de Klaine. Não porque eu gostasse do casal, porque eu sempre quis que eles terminassem, e estava uma merda, mas porque aquele flashback foi sofrido. De qualquer modo, é muita maldade dizer que eu gostei de ver o Kurt sofrer ao ver Blaine com Karofsky? Okay, ainda parece estranho ver Blaine com Karofsky, mas foi no todo uma cena muito legal. “Please, don't say Sebastian Smythe” – perdoei não ser Sebastian porque o lindo do Grant Gustin agora é o Barry Allen; só por isso. Mas bem que, agora, Kurt desejava que fosse o Sebastian.
Só espero que não estraguem isso tudo no fim da temporada voltando com Klaine!
Homecoming foi realmente um recomeço. E foi ali que nós conseguimos ver o que será da segunda temporada de Glee. A grande aposta dos roteiristas é trazer de novo todo o elenco original, ou quase. E tudo bem. Eu realmente prefiro não entrar naquelas discussões sobre a vida deles ser muito fácil e eles não terem outros compromissos, podendo sair quando quiser e voltar para Ohio. Não vou entrar nisso. Não vou. Gostei de como esses personagens foram reutilizados agora, gosto da dinâmica deles enquanto tentam recrutar membros para o New Directions, e acho que a nova dinâmica da série com os três corais pode dar muito certo. Pode ser que fiquemos, enfim, com saudade de Glee quando acabar.
Okay, eu sei. Eu vou ficar com saudades.
Mas os personagens novos. Jane Hayward. Foi maravilhoso vê-la entrar na série, e eu já gosto muito dela. Eu estava meio chocado, ainda, com aquela possibilidade de uma garota na Dalton Academy, de uma garota nos Warblers. Mas estava completamente animado. Minha primeira reação foi, sim, de choque, mas depois de por que não? E então ela faz aquela belíssima audição com Tightrope! Gente, será que eles não se dão conta de como aquilo foi o diferencial do grupo, e como ficou simplesmente perfeito com uma garota! Gente, foi uma performance absolutamente linda, eu adoraria tê-la oficialmente nos Warblers. Mas parece que isso não vai acontecer – e como ela virou “amiga” da Rachel Berry, ela foi pedir para entrar no New Directions. E quer saber? Não tinha como a Rachel se recusar a deixá-la entrar, e não tinha clima para ela ficar nso Warblers mesmo. Bem-vinda, vai ser fenomenal tê-la no novo New Directions, estou bem ansioso!
Também adorei o Roderick! Ele é um gordinho sem amigos no seu último ano – e se refugia em seus fones de ouvido. Gostei muito dele desde que ele apareceu pela primeira vez, e tenho certeza que será um dos melhores no glee club. A Rachel tentando recrutá-lo foi ÓTIMO, super assustador. Gostei da voz dele pela ventilação, e como a Rachel a escuta e fica procurando por ele (tínhamos que ter uma cena nos vestiários!): “No, I believe you Rachel. Doctors won't, but I believe you”. Adorei o momento em que todo mundo encontra o dono da voz, Roderick, na biblioteca, e pede que ele faça as audições. É um momento lindo, porque é um daqueles discursos sobre como o glee club é uma família, como isso mudou eles e tudo o mais. Tudo no que eu realmente acredito. E como ele cantou Mustang Sally! Aquilo foi absolutamente e perfeitamente lindo! Amo a voz dele, e como ela é diferente daquilo que estamos acostumados a escutar no New Directions. É uma coisa diferente, linda, e eu realmente quero mais músicas dele. Agora. Por favor. Já.
Recrutar, no comando de Sue Sylvester, não será a coisa mais fácil do mundo. E isso ficou bem claro. Mesmo com Take on Me (que me lembrou a estréia da terceira temporada, e um pouquinho de Guilty Pleasures) e com Problem, com aquele trio FENOMENAL. Mas eu ri mesmo com o clube de chá, com o “E sabe de uma coisa? Uma vez Quinn fez sexo com uma latina lésbica. Uhum. E ela aprendeu isso no glee club”; a risada de Ephaba da Quinn, e a cara de espanto dos que ficaram para trás. Kitty continua por aqui, mas não vai voltar (e adorei a lição que ela deu!), e já falou sobre os “incest twins”. A entrada de Ryan e Sharpay no New Directions, por sinal, foi uma das coisas mais engraçadas; não só por causa de tudo o que eles falaram, mas pela Santana e seu “Oh, no, no, no, I think I made a mistake”. Amei Home, amei conhecer as novas vozes e ver como elas ficam juntas. E ficaram lindas. O elenco antigo, o elenco novo. Tudo está lindo e adorável. “This is the start of something really special”.
Se recrutar no reinado de Sue Sylvester não é a coisa mais fácil para o New Directions, não se engane: nem para ela! ADOREI Spencer Porter, porque ele é todo diferente de todo o estereótipo gay que conhecemos em Glee. E ele deixa isso muito claro para Kurt, que não é como ele só porque ambos fazem parte dos 10% da população que prefere o Andrew Garfield à Emma Stone (bem, eu). Então quero vê-lo se encaixando no New Directions, e não vai ser a mando de Sue Sylvester, que não consegue comprá-lo nem com um masturbador do Tom Brady. Sim, Glee está nesse nível. Quem te viu e quem te vê. Mas temos um post-modern gay, como Sue o classifica, e eu estou animado por mais cenas de Spencer. Talvez ele seja o personagem novo mais interessante até agora. Embora eu tenha amado os três novos, então é difícil de dizer. Por fim, Spencer falando que foi bem aceito quando se assumiu gay, e Kurt dizendo que ele deve isso ao glee club. “Please, I owe Modern Family!”
ÓTIMO.
Glee está de volta. E estou apostando tudo! E com “The whole friendly competition thing is over”, sabe o que eu sei? THE DRAMA IS ON. Vamos aproveitar a última temporada da série, e torcer para que seja tão boa quanto essa estréia dupla promete!

  
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