Absolute Zero – Episode 3: If my life is shrouded in darkness, then you will be the bright light beaming through

“It’s time”

Sigo bastante curioso para saber como as coisas serão desenvolvidas no decorrer de “Absolute Zero”. Confesso que o episódio não foi exatamente o que eu esperava, mais por ser uma “extensão” do que vimos no segundo episódio do que por qualquer outro motivo, e eu acreditava que daríamos passos importantes rumo à minha teoria de que o Suansoon de 2018 seria importante para que o Ongsa de 2008 conhecesse e se apaixonasse pelo Soon daquela época – mas eu acho que isso ainda está por acontecer. Enquanto isso, curtimos momentos possíveis graças à viagem no tempo que está na base da premissa de “Absolute Zero”, como as interações de Soon-2018 com o Ongsa-2008, com uma versão de si mesmo mais jovem, e com o dono da locadora.

O Ongsa de 2008 está completamente apaixonado por Soon – o homem misterioso e charmoso que apareceu sabendo o seu nome e acabou morando no café em que ele trabalha, e agora o ajuda diariamente com a tarefa de casa… e quanto mais ele se apaixona, mais eu tenho certeza de que ele tem que saber, quando encontra o Soon-2008 pela “primeira” vez, no cinema, quem ele é, ou então não faria sentido que ele parecesse tão determinado a fazer aquilo funcionar. O Soon de 2018, por sua vez, está lidando com o seu próprio impasse, e eu só imagino como as coisas devem estar confusas na sua cabeça: ele não quer perder a companhia de Ongsa, ainda que seja uma versão 10 anos mais jovem do seu Ongsa, mas ele sabe que aquele Ongsa tem sua própria vida a viver.

De qualquer maneira, os dois compartilham uma série de momentos que vão, aos poucos, os aproximando cada vez mais – e Soon-2018 não é bom em deixar claro que Ongsa não devia se apaixonar por ele… afinal de contas, segue sendo o Ongsa. Então, os dois vivem pequenos momentos que fazem o coraçãozinho de Ongsa disparar, como quando Soon anuncia que vai trabalhar no café também e o ajuda com o seu avental, por exemplo, ou quando Ongsa quer saber mais sobre Soon e pergunta a respeito de filmes que ele gosta (eu adoro que ele menciona “Interestelar” primeiro, mas depois recua e troca por “Fan Chan”, um filme que tem, em inglês, o mesmo nome de “Meu Primeiro Amor”, mas que eu pesquisei e não é uma versão tailandesa da história).

Como eu já comentei no meu primeiro texto de “Absolute Zero”, eu amo o fato de parte da história se passar em uma locadora… é um lugar que eu visitei muito durante os anos 1990 e início dos anos 2000, portanto existe muita nostalgia ali, e eu fico encantado reconhecendo os filmes nas prateleiras. Nesse terceiro episódio, ganhamos outros momentos marcantes na locadora, tanto porque a interação de Soon com o dono da locadora é muito bonita (afinal de contas, ele fez parte de sua vida, é um grande amigo e, em 2018, Soon acabou de perdê-lo… fico me perguntando se, de alguma maneira, o dono da locadora sabe quem é o Soon ou que ele não é daquele tempo!) ou porque novamente temos o Soon próximo de sua versão mais jovem, e isso sempre me faz sorrir.

Ele ainda não conversa com o Soon-2008, no entanto.

(E eu estou bem ansioso por esse momento!)

Soon-2018 permite que ele e Ongsa estejam cada vez mais próximos (a maneira como ele olha encantado para o Ongsa enquanto eles estão em seu quarto, assistindo a um filme), e compartilha com ele um momento bastante emotivo, quando os dois estão embaixo do mesmo guarda-chuva e, com a expressão triste, ele fala sobre como “sente falta de alguém”. A “confusão” aparente desse diálogo é a expressão das possibilidades da viagem no tempo, porque Ongsa fica todo tristinho, porque sabe que Soon está sentindo falta de alguém e que esse alguém não pode ser ele, porque ele está bem ali, e Soon pergunta “como ele sabe que não é ele” – porque, é claro, na verdade é. Sem saber de toda a história, no entanto, Ongsa não poderia saber.

Eventualmente, Soon recua. Ele anuncia que vai se mudar e devolve para Ongsa o ingresso de cinema que ele tinha lhe dado para assistir a “Once”, na poltrona G-7. E, ao fazer isso, Soon se lembra da primeira vez em que viu Ongsa na vida, quando ele mesmo estava sentado na poltrona G-9 e Ongsa se sentou na G-8 e conversou com ele. Como já tinha se envolvido e se apaixonado, Ongsa sente um aperto no coração com essa despedida, mas mesmo que Soon tente dizer para ele que ele não sabe nada a seu respeito a não ser o seu nome, Ongsa reforça o que ele já tinha deixado claro: ele quer conhecê-lo. E, então, ele atrevidamente se estica sobre a mesa que os separa e beija Soon, que fica praticamente sem reação, a não ser por uma lágrima que escapa do seu olho.

Que cena, não?

Não sei o que o futuro de “Absolute Zero” nos reserva, e estou profundamente curioso para saber o que será. A prévia do próximo episódio não sugere um real afastamento entre Soon-2018 e Ongsa-2008, mas Soon estará morando em sua nova casa, que é o apartamento vazio ao lado do apartamento em que Soon-2008 vive – a qualquer momento, veremos o outro lado daquela conversa entre Soons que vimos no primeiro episódio da série. E, mais cedo ou mais tarde, Soon terá que começar a trabalhar em uma maneira de voltar para casa… não? Geralmente, quando coisas assim acontecem na ficção, os personagens têm coisas a aprender e/ou uma missão a cumprir, e eu acredito piamente que a missão de Soon é juntar Ongsa e ele mesmo.

Vamos ver como isso acontece!

 

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