American Horror Story: Delicate 12x02 – Rockabye

Gotham Awards.

Eu não li o livro em que “American Horror Story: Delicate” se baseia, eu não sei quais vão ser as reviravoltas do roteiro, e não sei como a temporada vai caminhar, mas eu preciso ser sincero comigo mesmo e dizer que eu estou gostando. Não vou dizer que é incrível, que é minha série favorita ou uma grande temporada de “AHS” como já tivemos em “Asylum” e “Roanoke” (embora essa segunda divida opiniões, eu amo), por exemplo, mas eu acho que “Delicate” está tentando definir a sua trama com calma e cautela, sem deixar de lado o suspense, e pode ser bom que o roteiro esteja preocupado em uma base, ao invés de pular de uma vez para todas as coisas megalomaníacas que o Ryan Murphy estava colocando nas últimas temporadas e perdendo a mão.

Às vezes é preciso fazer um recorte, se concentrar nele e entregar algo bom em uma proposta menor. Eu sinto que talvez “Delicate” esteja tentando fazer isso para “American Horror Story” e, por isso, ainda tem a minha confiança. “Rockabye” segue a história de Anna Alcott, e todos os mistérios que cercam a sua gravidez/tentativa de engravidar. Para criar o efeito de suspense, o episódio é recheado de lapsos na memória de Anna, momentos em que coisas inexplicáveis acontecem e, principalmente, uma variedade de personagens suspeitos ao seu redor… é curioso como sentimos que não podemos confiar em ninguém. O que quer que esteja acontecendo com Anna pode ter a ajuda do Dr. Hill, responsável pela fertilização, Dex, o marido, ou Siobhan, a empresária.

E é preciso dizer: Siobhan está sendo um destaque. Eu não acompanho nada a respeito da Kim Kardashian, e embora eu conhecesse o nome, esse é o primeiro contato que eu realmente tenho com ela, e estou muito feliz com o que ela está entregando, para dizer a verdade. Siobhan é uma personagem interessante (amei toda aquela referência do vestido, sobre a qual eu descobri na internet), e eu sinto que ela é construída para ser alguém em quem Anna pode confiar… mas, justamente por isso, talvez ela se torne mais suspeita do que qualquer outra pessoa, não? De todo modo, a cena das duas cantando como a Madonna no Oscar de 1991 em frente ao espelho antes de ele se quebrar foi ótima, e o momento em que ela dá algo para Anna beber foi bem suspeito.

Anna continua tendo experiências estranhas. Depois de ter visto uma mulher dentro de casa e o recado no espelho, ela segue “perdendo” pequenos trechos de sua vida, e vendo coisas que talvez não estejam ali… como as pessoas que a seguem (não sabemos ainda se é algo sobrenatural ou não) ou a mulher morta que a aplaudiu na plateia de uma premiação. A mulher morta que, convenhamos, nem sabemos se realmente existe. Afinal de contas, Anna Acott tem um encontro bizarríssimo no banheiro do Gotham Awards e acidentalmente mata uma mulher (que morre no melhor estilo de novelas indianas), mas depois o corpo dela e o sangue não estão mais ali, quando ela tem um episódio ao subir para receber um prêmio e acabar atendida no banheiro.

Inclusive, é aí que as coisas ficam ainda mais estranhas…

Anna e Dex já estavam celebrando a fertilização aparentemente bem-sucedida, mas quando Anna passa mal no carro e é levada para o hospital, ela tem um encontro com a pessoa mais suspeita que já cruzou o seu caminho: Ivy, uma mulher que se diz enfermeira, mas cujo nome ninguém reconhece, depois, quando ela fala sobre isso… e Ivy foi a responsável por Anna perder o bebê que estava esperando até então. Novamente, eu digo que a premissa de “Delicate” é muito interessante (tem potencial, falta ver como será desenvolvida!), e eu acho que algo menos exagerado era justamente o que “American Horror Story” estava esperando. Gosto do tom de suspense, gosto de não saber que rumos a temporada vai tomar, gosto de não saber em quem confiar…

Seguimos!

 

Para mais postagens de American Horror Story, clique aqui.