[Season Finale] Entrelazados 2x07 – El Dilema

“Soy Clara Sharp. Su hija”

QUE TEMPORADA ESPETACULAR! E nem estou incomodado com o final “em aberto” porque, com a série já renovada para a sua terceira temporada, foi um gancho excelente, que completa a missão de Marco Resco (em momentos lindíssimos e emocionantes), introduz oficialmente Clara como “Clara Sharp”, e nos deixa um monte de perguntas e uma nova missão para a próxima temporada… eu estou ansiosíssimo pelo que vem pela frente! Comentei, no fim da temporada anterior, como eu temia essa “vinda do Marco para o futuro”, porque toda a história de “Entrelazados” parecia muito bem fechadinha e contida – e, felizmente, a série manteve essa característica entregando uma segunda temporada tão redondinha quanto, e foi lindo acompanhar essa jornada.

Em grande parte, embora a Família Sharp esteja em uma posição de destaque, a segunda temporada foi sobre Marco Fresco: ele é quem está viajando, de uma maneira, inclusive, diferente da de como Allegra viajava na primeira temporada, e sua missão, que “faz um desvio”, passa por 1994 e ajuda a descobrir a pessoa por trás do incêndio no teatro, tem tudo a ver com a relação dele com o pai, em viagens entre 1975 e 2021. Dessa vez, quando chega a 1975, Marco sabe que é a última vez que estará ali. Seis meses se passaram desde a sua última visita, quando ele se apresentou com a mãe na reabertura do La Gruta, e agora Marco encontra Paloma cantando a música finalizada… a música que ela cantava para ele quando ele era criança, e cuja melodia “ele deu para ela”.

A cena já seria emocionante de qualquer maneira. Toda interação de Marco e Paloma foi absolutamente linda durante a temporada, mas a cena fica ainda mais emocionante quando percebemos que Paloma está grávida, e os dois cantam juntos a música que compuseram e que tanto marcou a vida de Marco… enquanto isso, no presente, Franco escuta uma fita que Marco deixou para ele com uma mensagem. Todos os detalhes conferem à cena uma camada a mais de emoção, resultando em algo belíssimo do início ao fim. Antes de partir de 1975 pela última vez, Marco também revê Franco, muito mais realizado do que antes, e ele pede que o filho tire uma foto dele e de Paloma… a mesma foto que já tínhamos visto em 2021, e que foi o Marco quem tirou, afinal.

Lindo!

Quando retorna para o presente, Marco ainda não sabe bem qual é a sua missão e como completá-la dentro das poucas horas que lhe restam… mas ele sabe que tem a ver com o pai. Por isso, enquanto Cocó Sharp e a família procuram um lugar onde possam apresentar “Años Luz”, Marco corre para falar com Franco, acreditando saber o que ele precisa fazer: ele precisa colocar o pai de volta no caminho do seu sonho… o sonho que ele nunca concretizou. Confesso que eu fiquei esperando e desejando uma cena na qual o Marco contasse para o Franco, com todas as letras, quem ele é, mas naquele momento era importante que Marco deixasse Franco com um propósito, mesmo se ele partisse no fim de sua missão. E, para isso, ele tinha que cruzar os caminhos de Franco Resco e Amelia Sharp.

Existe um rancor entre Franco e Amelia desde 1975, quando ela largou tudo para começar a sua carreira… um rancor que vimos, no episódio em 1994, que nunca tinha sido curado de fato, e que “justificava” o fato de Franco não querer que o filho fizesse teatro musical na companhia de Cocó Sharp. Eu já comentei em outros episódios que eu não acho que a Amelia estava errada em ir atrás do seu sonho, era uma oportunidade e tanto e foi onde sua carreira começou e deslanchou, mas eu acho que ela errou, sim, em não ter sido sincera com os amigos, e Franco tem motivo para se sentir traído e abandonado desde que ela os deixou naquela noite importante da reinauguração do La Gruta. Agora, quando eles se reencontram, eu ainda estou do lado de Franco.

Sempre.

Mas Allegra e Marco são bons em convencer Cocó e Franco a aceitarem a sua proposta. Eles cantam para eles, provando que aquele espaço que é um prédio abandonado porque Franco nunca levou para frente o seu projeto de transformá-lo em um centro de arte, é o lugar perfeito onde apresentar “Años Luz” naquela noite, de uma maneira imersiva e inovadora que vai chamar atenção – e vai ser benéfico tanto para Cocó Sharp quanto para Franco Resco. E, assim, o projeto vai para frente, e rende uma apresentação LINDÍSSIMA que é protagonizada por Cocó, Allegra e Caterina, que precisa ser atriz no lugar de Clara, que “desapareceu”, e foi algo bom, no fim das contas: afinal, é MUITO BOM poder ver essas três gerações da Família Sharp cantando juntas em “Años Luz”.

É de arrepiar.

Com o sucesso da noite, o último nó da pulseira de Marco se solta, mas ela continua presa em seu braço… enquanto isso, Félix faz uma última descoberta – e, assim, começamos o clímax tenso desse Season Finale de “Entrelazados”, que é literalmente uma corrida contra o tempo… mesmo com Allegra brava com Félix porque ele não queria mais ajudar Marco, porque não queria que ele ficasse no presente, Félix continuou estudando as páginas do diário de Lucía que tinha, e descobre uma mensagem um tanto soturna cujo significado não se pode entender muito bem: aparentemente, toda missão precisa de um sacrifício, ou então trará uma grande maldição. Talvez Marco tenha que abrir mão do que lhe trouxe até ali, para começo de conversa, para salvar o pai.

Faltando menos de três minutos para o fim do seu prazo, Marco pega um violão, desce ao palco e começa a cantar a música mais emocionante dessa segunda temporada de “Entrelazados”: a música que ele e a mãe compuseram juntos. Toda a cena é EMOCIONANTE, com o Franco reconhecendo a música, voltando para escutá-la e seus olhos se enchendo de lágrimas… a emoção que Rodrigo Pedreira deu ao seu personagem durante toda essa temporada é algo impecável, impossível não se comover com suas cenas. Naquele momento, Franco finalmente entendeu tudo, entendeu que o garoto com quem ele vinha conversando não era apenas alguém que o lembrava seu filho… acho que faltou uma cena em que eles se abraçassem, de verdade.

Ainda assim, foi lindo.

Fico triste por faltar o abraço de Franco e Marco porque tinha tempo para isso, mas Marco acaba se despedindo de Allegra… em defesa de Marco, foi ela quem o procurou. Ele sobe ao terraço, onde algo quase apocalíptico está acontecendo, e eu gosto de como tudo parece grande e desesperador, e da confusão de não sabermos o que vai acontecer. Nós não sabemos bem para onde Marco está indo, se é que ele está indo para algum lugar, e Allegra decide que vai com ele, independente do destino, e então os dois começam a subir em direção ao estranho redemoinho e à luz no céu, e mais duas pessoas precisam estar ali naquele momento. Primeiro, o Félix, que aparece tentando impedir a Allegra; depois, Clara, que está “mais futurística” do que nunca nessa cena.

E eu amo isso.

Clara Sharp também tem um dispositivo de viagem no tempo (e sua luz brilha amarela, o que deve significar alguma coisa, já que existe essa diferença entre a luz verde da primeira temporada e a luz roxa da segunda), e ela parece saber o que está fazendo quando tenta “conectar” os três pontos, marcados pela 1) pulseira de Marco e Allegra, 2) o seu colar e 3) o gato de Félix. Independente do que se estivesse tentando fazer ou impedir naquele momento, no entanto, Allegra e Marco desaparecem em um momento épico e que nos deixa cheio de perguntas e ansiosos por uma solução. Agora, fica para a terceira temporada… para onde Marco e Allegra foram? Tem como salvá-los? De quando Clara Sharp veio? Quem é seu pai? Qual é a sua missão?

Estou muito mais ansioso pela terceira temporada do que estava pela segunda!

 

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