[Season Finale] Supernatural 11x23 – Alpha and Omega


“But you know family: even when you hate them, you still love them”
Eu ainda continuo esperando o fim de Supernatural. Nós tivemos, e eu tenho que admitir, uma temporada MUITO boa nas mãos… mas também, agora não sei onde podemos chegar, ou o que eles vão trazer de novidade para a 12ª temporada, se já tivemos de tudo. Girando em torno de histórias parecidas, preso em um ciclo que só se repete, Supernatural ainda se sustenta porque nós temos personagens carismáticos de quem gostamos demais, e não queremos abandonar. A temporada teve momentos espetaculares, com efeitos muito bons, e duas interpretações que merecem ser aplaudidas: Misha Collins como, além de nosso querido Castiel, Lúcifer; e Rob Benedict como Chuck/Deus. Claro, Crowley é sempre sempre fenomenal. Sam e Dean são sempre bonitos (é uma maneira de dizer que essa é a qualidade deles e NÃO a atuação). Ainda é (e sempre será) emocionante escutar o Carry On My Wayward Son no início do Season Finale, e eu gostei bastante… mas acho que está na hora de investir em um final digno para a série enquanto as pessoas ainda estão assistindo, e então podemos dar adeus e sentir saudades.
Queremos sentir saudades!
Não comemorar que finalmente acabou.
Assim, Alpha and Omega começa de onde paramos, com o plano fracassado de derrotar a Escuridão. E então cada um lida com o Fim do Mundo de uma maneira. Deus ainda está vivo, mas morrendo. Castiel está de volta (“I didn’t know dogs had breakfast”) e Lúcifer foi expulso do corpo dele, mas está por aí, para retornar com novo ator na próxima temporada. E quando a ameaça final é a destruição do sol [!], as esperanças meio que começam a se esvair. “How are we supposed to fix the freaking sun?” Sam é o único que parece disposto a procurar um Plano B, porque o Dean está desesperançado, as pessoas se voltam ao álcool ou ao chá, Deus e Rowena compartilham histórias de seus filhos quando crianças, sejam eles Crowley ou Adão e Eva (“So glad the world is ending”) e até Deus perde as esperanças porque parece que, quando ele morrer, como está acontecendo, o equilíbrio cósmico entre a Luz e a Escuridão se partirá, e então é o fim. Ótimo. As despedidas chegam até ao bromance favorito de Supernatural: Dean e Castiel. “You’re a brother, Cas, and I want you to know that”. Foi muito fofo.
Mas eles precisavam de um plano.
Os Winchester não desistem, simplesmente. Embora parecesse que tínhamos pouco ou nada o que fazer. O plano se volta a matar a Escuridão, e eu temi que eles não tivessem um bom plano para continuar o episódio, MAS ELES TINHAM. Deus revela a fraqueza da Escuridão – que é meio óbvia (a Luz) e fora de tempo (“He tells us now”, concordo com o Crowley), mas tudo bem. Plano B: uma quantidade imensa de almas, cada uma equivalente a cem sóis, com as quais Rowena possa criar uma bomba. Onde conseguir almas? No Céu, com os Anjos. No Inferno. E fantasmas. Sam e Dean atraem e prendem fantasmas no Hospício de Waverly Hills, em uma cena ótima e rápida (depois de Dean imitar a Rowena, o que é épico), mas quando nem o Céu nem o Inferno ajudam, Billie, a Ceifadora, precisa vir à ajuda. Sabia que ela tinha que ter alguma importância, além de ameaçar os Winchester. “Little tip: you want souls? Call a Reaper”. E então a bomba está pronta, só precisam de alguém com conexão pessoal com Amara que possa ir até ela e explodi-la.
Essa pessoa, claro, seria o Dean, que morreria no processo.
Porque Supernatural adora um drama desnecessário.
Quer dizer, tudo estava meio entregue ao telespectador. A Amara estava andando tristemente por um parque enquanto olhava o sol morrendo, e ainda conversou com uma velhinha humana que lhe fez pensar sobre tudo. “But you know family: even when you hate them, you still love them”. E então é óbvio que o Dean não morreria – porque todos nós sabemos disso! Mas o roteiro insiste em tentar dramatizar algo assim. Por isso, temos despedida e tudo, com Dean pedindo que Castiel cuide de Sam, exigindo como quer seu funeral e onde jogar as cinzas. Mas nada disso é necessário. Porque Dean CONVERSA. Bem, aqui temos divergências. Vi muita gente reclamando que não gostou, esperava mais desse Season Finale, mas eu devo admitir: eu gostei. E acho que foi uma boa finalização. Primeiro que eu não queria ver Deus morrer mesmo, e segundo que eu acho que é uma inovação que demonstra amadurecimento dispensar a luta por UMA VEZ e focar no diálogo, no amor. É possível, por mais piegas que possa ser. Então Dean fala sobre FAMÍLIA. E acho que apesar de todo o drama exagerado ao longo das 11 temporadas, Supernatural é e sempre foi sobre isso, não é? “He doesn’t want you gone. He’s your family. He doesn’t want any of this”.
Como quando Deus se for todo o Universo cessará de existir, inclusive a Escuridão, Dean consegue convencer a Escuridão de que isso não é bom. Então Deus (Chuck) e a Escuridão (Amara) CONVERSAM. E é muito bonito. De parte de ambos. O que ela fez e o que ela sentiu, desde o início, e o pedido de desculpas dele. Deus aprendeu a pedir perdão nessa temporada. E toda a tensão culmina em um momento muito bonito. “But I wish… I wish that we could just be family again”. As mãos se unem, Luz sai delas, o Sol volta a brilhar. A questão toda era a relação familiar, a relação entre irmãos. Como Supernatural em si. Adoro as reações ao sol voltando a brilhar. Adoro Amara curando Deus. Adoro que eles partam juntos para ficarem ausentes, que desapareçam no ar como luzes brancas e pretas, em perfeito equilíbrio e harmonia, se misturando e se completando. E Amara dá um último presente a Dean: “Dean… you gave me what I needed most. I wanna do the same for you”. Enquanto isso, Sam é atacado por Toni Bevell, uma britânica da sede em Londres dos Homens das Letras. Não acho que ela tenha de fato atirado nele.
Mas os cliffhangers estão aí…
Quer dizer, parece que teremos uma exploração em relação aos Homens das Letras, o que eu acho que pode dar uma boa trama. Temos esse “Velho” que mandou prender os Winchester, depois de tudo o que eles vêm fazendo ao longo dos anos, com Lúcifer, os Leviatãs, a Escuridão… Sam acha que Dean está morto ainda, e não sei se ele realmente levou um tiro ou não. Enquanto isso, Dean escuta o “Help. Help me” e encara o presente que Amara acabou de deixar a ele: MARY WINCHESTER, SUA MÃE. “Mom?” Não sei o que poderá vir do retorno de Mary, mas estou curioso, acho que teremos uma boa dinâmica a surgir dali. Não sei quais são, de fato, as propostas da 12ª temporada. Talvez algo menor, mais centrado em família. Mary Winchester está de volta, afinal de contas. Mas teremos também os Homens das Letras, e eu acho que, se bem escrito, há muito o que se explorar. Talvez seja a hora de trabalhar com mais viagem no tempo, como a quinta temporada de Lost. Mas qualquer coisa, no momento, parece um retrocesso, parece uma trama menor que a da 11ª temporada, cujo vilão foi a Irmã de Deus, e até Deus teve que vir pra ajudar… espero que dê tudo certo, mas não tão certo para termos muitas mais temporadas.
Supernatural precisa se conformar com a necessidade de dizer adeus.
E fechar suas histórias.

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Comentários

  1. Acho que essa finalização com Deus e esse presente da Amara poderia muito bem culminar com o final da série, não que eu não queira saber mais sobre os homens das letras, mas o fato é que foi um final bonito e poderiam ter mostrado eles felizes com a mãe e finalmente parando de caçar coisas.

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    1. Concordo plenamente... é aquela história, de não é que não gostemos e não queiramos mais, de certa maneira, mas nós também já estamos, depois de 11 anos, preparados para um final, não?Realmente teria sido um final bonito. Eu achei bonito o Jesse e o marido dele deixarem de caçar e viver uma vida feliz no meio da temporada, seria bonito para os Winchester... e talvez a mãe fosse a motivação ideal, mas... ainda temos uns anos, tendo em vista esse boato de parar no episódio 300, lá na 14ª temporada...

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