Jogos Vorazes – Livro Um

Na abertura dos Jogos Vorazes, a organização não recolhe os corpos dos combatentes caídos e dá tiros de canhão até o final. Cada tiro, um morto. Onze tiros no primeiro dia. Treze jovens restaram, entre eles, Katniss. Para quem os tiros de canhão serão no dia seguinte?
Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!
Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss está disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

Jogos Vorazes é o primeiro livro de uma trilogia escrita pela autora Suzanne Collins. Traz essa história que vocês podem ler na sinopse acima. E eu amei o livro – fiquei preso de tal maneira ao livro que mesmo quase sem tempo, dei um jeito de ler e a leitura rendeu demais. Sempre estava ansioso pelo o que estava por acontecer, e curioso para saber como tudo se desenrolaria…
Um livro fantástico, e uma das coisas que mais encanta é a crítica social presente nele. Panem é descrita como um país no futuro, após a queda da América do Norte, dividida em 12 distritos. O livro faz a crítica à opressão, representada pela Capital, à crueldade e nos apresenta autoridades caricaturadas, mas que nos lembram nossas próprias – o que torna o livro, por incrível que pareça, bastante real. Não consigo deixar de ver os Jogos Vorazes (o evento, não o livro) como uma certa crítica aos reality shows e às pessoas que assistem a tudo isso – ver os 24 tributos lutando até a morte é a maior diversão dos habitantes do país, especialmente da Capital. E mais uma maneira da Capital mostrar seu poder sobre seus habitantes.
Uma das críticas mais bem elaboradas é desenvolvida na primeira parte do livro. Quando conhecemos Panem, a conhecemos através do Distrito 12, com Katniss, nossa protagonista. O distrito, responsável pelo carvão no país, é realmente pobre – e as condições de vida são absurdas. A autora traz tudo isso de maneira bastante chocante, parecendo realmente querer jogar essa realidade na cara de quem não a conhece. E a realidade de Katniss é a realidade de muita gente no mundo… as críticas e protestos da autora, numa história que se passa num futuro próximo, parecem extensamente atuais. O livro realmente te faz pensar. O momento da colheita, quando os nomes dos tributos são escolhidos, temos o momento em que o país se mostra mais vulnerável e fraco… as cenas são brilhantes!
Os personagens são muito bem desenvolvidos, e eles parecem reais. Katniss, Peeta, Rue… você se encanta por cada um deles e aprende a entendê-los. Katniss é a garota corajosa, que sustenta a família e entra nos Jogos para salvar sua irmã. Seu instinto de sobrevivência é aguçado. Peeta é o garoto apaixonado, mas guerreiro e batalhador – e Rue, a menina que parece frágil, mas que se mostra bastante astuta e corajosa. As histórias dos personagens, suas condições conforme os Jogos avançam, tudo é gostoso de se ler, e eles te prendem. Peeta protagoniza cenas realmente interessantes, e gosto muito de sua relação com Katniss.
A grande jogada do livro é te deixar curioso pela maneira como tudo vai terminar. Após presenciarmos uma Capital opressora, um público ávido por sangue, grandes preparativos para essa matança como se fosse um grande evento, não sabemos ao certo qual será o fim, e como tudo isso acabará. Não vou fazer grandes comentários para não estragar a surpresa para vocês, mas posso dizer que Katniss é mais astuta do que nunca… e ela realmente achou sua maneira de protestar.
O livro é ótimo, e a autora nos presenteia com algo realmente muito bem escrito e que merece algum tempo nosso para pensarmos. A história é ótima, os diálogos são bem escritos, as descrições são precisas (em alguns momentos precisas demais, a ponto de serem desconfortantes) e os personagens são carismáticos e reais a ponto de você se colocar no lugar deles. Merece ser lido, com certeza. Vamos esperar pelo filme em Março e torcer para que ele seja fiel o suficiente ao livro… primeiros comentários afirmam que ele é, e o trailer não desmente. Vamos ver… até mais!

Comentários

  1. Ótima resenha.
    Uma coisa curiosa é que, apesar de não ter lido (apenas a sinopse e resenhas) Jogos Vorazes, ele me lembra uma outra história que comecei a ler a algum tempo, mas que não deu pra terminar porque era da biblioteca e aí não encontrei o livro mais. Mas sei que é uma série de livros de Garth Nix, chamada "A Sétima Torre" e eles têm esses jogos e competições, e o personagem principal, chamado Tal (o tal se chama Tal mesmo) acho que ele participa dessas competições pra ganhar Sóis - ou algo parecido - (são como uma fonte de vida) para dar a sua mãe que está muito doente. Como a família dele é pobre, então eles não tem Sóis. Posso ter me enganado em relação ao enredo, mas era uma história super diferente e criativa. E agora que estou falando nela, deu uma vontade de lê-la! Procurarei novamente os livros, se eu não achar nas bibliotecas, faço download mesmo :)

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    1. Eu já tinha visto esses livros, já quis ler, mas nunca tinha parado para ler muito sobre a história... agora que você está falando, realmente parece uma história bastante interessante (: vou procurar os livros para ler, obrigado pela dica :D

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