Until We Meet Again – Episode 2

Memórias.

QUE FINAL IMPACTANTE! QUE CENA BELÍSSIMA! Talvez eu tenha gostado mais do segundo episódio de “Until We Meet Again” do que do primeiro? Não sei, acho que eles se complementam de maneira bonita, ambos introdutórios, e quanto mais conhecemos os personagens, naturalmente mais nos envolvemos com a narrativa… estou gostando bastante de como a série traz cenas de In e Korn, a vida passada de Pharm e Dean, enquanto nos faz esperar pelo encontro de verdade entre os protagonistas no tempo presente – quer dizer, ambos já se viram e sentiram coisas intensas, mas ainda não tiveram a oportunidade de se aproximar e de conversar, criando uma sensação de expectativa interessante em quem está assistindo “Until We Meet Again”.

Acho que a principal força que nos faz acreditar no amor de Pharm e Dean, mesmo antes de eles terem de fato interagido, é o fato de eles terem vivido algo intenso na vida passada e, de alguma maneira, isso “vazar” para as versões atuais dos personagens. Memórias, que eu não tenho certeza se os personagens entendem como memórias ou apenas como sonhos, escapam do inconsciente de ambos e se revelam para eles em sonhos… isso nos proporciona, por exemplo, uma cena na qual In cozinha para Korn (uma paixão que Pharm ainda tem nessa vida), com direito a uma sobremesa (que ainda deve fazer uma aparição no presente, unindo Pharm e Dean) e a um omelete queimado que faz com que os dois almocem omelete na faculdade no dia seguinte.

Se o primeiro episódio foi muito mais sobre Pharm do que sobre Dean, ainda que o segundo episódio tampouco nos permita conhecer muito de Dean, tivemos um pouquinho mais do personagem, e o vemos despertar do sonho com In e Korn chorando, assim como vimos acontecer com Pharm no episódio anterior. O que quer dizer que os dois estão no mínimo no mesmo nível de conexão com a vida anterior (mas é possível que Dean saiba ainda mais que o Pharm, a julgar por um comentário que ele faz no fim do episódio e que me deixou pensativo). A questão do omelete quase parece o destino empurrando Pharm e Dean para perto um do outro, quando os dois comem, em momentos diferentes, em uma mesma mesa da faculdade… onde Dean esquece uns papeis.

É necessário um motivo para que Pharm e Dean se aproximem, algo que torne inevitável uma conversa entre eles… por ora, ambos sabem da existência um do outro, e impressões fortes foram causadas. Achei absolutamente fofo o Pharm reagindo à foto que Dean postou da sua sobremesa (ele sorrindo e escondendo a carinha vermelha na toalha é precioso demais!), mas ainda que ele sinta algo que não entende por completo por Dean, ele ainda não consegue se obrigar a procurá-lo por vontade própria. Aos amigos, ele diz que sente “medo” de ir falar com Dean, e é algo maior do que puro nervosismo de se aproximar de alguém de quem você está gostando… são os resquícios do trauma de outra vida, e o medo de chegar a um final trágico como aquele.

Quando Dean esquece aqueles papeis sobre a mesa e Pharm, sem os ver, os leva embora junto com os seus próprios papéis, no entanto, talvez Pharm tenha finalmente que se aproximar de Dean… e ele dá uma pequena surtada enquanto se pergunta como ele vai devolver aquelas anotações, até que, novamente, o destino lhe entregue a oportunidade perfeita – Dean dormindo sobre a mesa na biblioteca. Aquela cena é tão cheia de energia, tão marcante de alguma maneira! A forma como Pharm olha para ele, toda a emoção que ele parece colocar naquele bilhete curto e simples, a maneira como ele pensa em tocar em Dean, mas se impede antes de fazê-lo, e como o seu coração com toda a certeza estava disparado ao tê-lo tão perto assim.

Mas ele vai embora sem despertar o Dean.

A aproximação de Pharm e Dean através da culinária também é algo que me agrada – há certa beleza nisso de cozinhar para quem se ama e de comer algo que foi preparado por quem você também ama, não? Quando o Clube de Cozinha é convidado a preparar os lanches para um evento do Clube de Natação, Pharm resolve se voluntariar para ajudar, em parte porque sabe que Dean comerá novamente algo que foi preparado por ele… acho que é a maneira que ele encontrou de se aproximar de Dean enquanto não tem coragem de buscá-lo de verdade para que eles conversem. Então, preocupado em fazer o seu melhor, Pharm pergunta aos amigos sobre a sobremesa do outro dia, e se depara em um livro com a receita que In fizera para Korn um dia.

O grande destaque do segundo episódio, no entanto, certamente está em sua sequência final. A CENA DO MERCADO ME DEIXOU SEM FÔLEGO E DE CORAÇÃO DISPARADO. Pharm está no mercado, procurando ingredientes e consciente da presença de Dean porque o ouviu conversar com Win, mas ele não esperava que Dean fosse se aproximar dele, ajudando a alcançar uma prateleira que ele não alcançava sozinho, e, naquele momento, eles estão mais próximos do que jamais estiveram nessa vida. E a intensidade é LATENTE. A maneira como eles se olham sem dizer nada, a maneira como os flashes da vida passada tomam conta da cena, trazendo emoções à tona que transbordam de Pharm em forma de lágrimas, a maneira como evidentemente tem tanto a ser dito…

Mas eles não dizem nada. O momento é interrompido por Win chamando Dean, e então Pharm sai correndo, sobrecarregado de emoções e/ou memórias, tendo muito que processar depois daquilo tudo… e quando Dean chama a atenção de Win por ter interrompido a chance que ele finalmente tinha de conversar com Pharm me faz pensar que talvez Dean saiba exatamente quem é o Pharm e o que eles viveram na vida anterior. Ele está cumprindo a promessa de Korn, de que encontraria In na vida seguinte. De todo modo, essa é a melhor cena de “Until We Meet Again” até o momento, mas a série está apenas no começo… estou muito empolgado e curioso para saber como se desenvolverá a história de Pharm e Dean. Visualmente, a série continua um espetáculo também!

 

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