Person of Interest 5x09e10 – Sotto Voce / The Day the World Went Away


“You created me. I can do anything you want me to”
Estamos preparados para, finalmente, ver essa nova face de Harold Finch? Depois de todo esse tempo, ele desistiu de jogar pelas suas regras, e a três episódios do provavelmente espetacular Series Finale, nós temos uma nova reinvenção de Person of Interest, essa série fantástica que adora nos surpreender a cada episódio! Eu sempre gostei de como a série foi e é destemida. Ela muda drasticamente sua trama semanalmente, com episódios que, por vezes, parecem Season Finales. Esse The Day the World Went Away tinha todas as características possíveis de um excelente Season Finale. Parece que isso começou quando Carter foi assassinada no meio da temporada. E então as coisas mudaram. No ano passado, tivemos uma quarta temporada em que cada semana nos destruía totalmente e nunca sabíamos direito o que esperar da semana seguinte. Não está muito diferente nesses episódios liberados depressa demais da quinta e última temporada. Daqui em diante teremos, de volta, apenas um episódio por semana, nas próximas três semanas. E então teremos que nos despedir desses personagens que tanto amamos.
Como vamos ficar sem a Máquina?
O primeiro episódio, Sotto Voce, no entanto, eu achei bem mais calmo. Era interessante e super necessário para o desenvolvimento de algumas relações a serem brutalmente exploradas no episódio seguinte. Foi desse modo que Harold Finch acabou em uma missão na qual levou Elias junto, e a dinâmica da dupla é excepcional. Também foi dessa maneira que Sameen Shaw finalmente retornou à equipe, com um reencontro perfeito com Root, e John Reese resolveu que era o momento de, finalmente, contar toda a verdade a Fusco. Um episódio repleto de sentimento e um desenvolvimento bacana, tudo em busca da Voz. Vocês sabem como os casos de Person of Interest são bem construídos, independente de interferirem ou não na trama principal da temporada (interferia sim, nesse caso), e são sempre muito surpreendentes, como toda a série. Assim, os detalhes vão se encaixando do cara preso na delegacia com Fusco ter informações a respeito da identidade da Voz perseguida por Finch e Elias, e então ele acaba perseguido pelos Templários, e Fusco relutantemente recebe a ajuda de Reese no caso todo.
Fenomenal.
Mas o grande destaque mesmo foram as relações e como elas se estabeleceram. Primeiramente, tivemos o tão esperado reencontro de Shaw e Root, dessa vez sem acontecer em uma simulação, embora Shaw continue nunca tendo certeza do que de fato está acontecendo. Desse modo, ela confessa para Root sobre as simulações e o que acontecia em todas elas. “Seven thousand simulations. I’ve killed a lot of people. The only person I couldn’t kill was you. So I killed myself. Over and over again”. Foi lindíssimo, mas Root, toda excelente, sabia exatamente como convencer Shaw a não se matar, como fez nas mais de sete mil simulações: “You can’t live with me. I can’t live without you. So if you die, I die too”. Por outro lado, nós tivemos o Elias defendendo o Harold de uma forma linda, e ainda soltando um “Harold is a friend. One of the few I have left”, antes de voltar a ser o velho Elias que conhecemos e adoramos, explodindo aquele carro! “C’mon, Harold, you brought me for a reason! You must’ve known I’d do something like this”.
Aquele final com os cinco reunidos, Fusco, Reese, Finch, Root e Shaw foi BELÍSSIMO!
Me emocionei todo aqui.
No entanto, aquela beleza no olhar, aquela simplicidade do momento e do alívio é depressa deixada de lado em um episódio eletrizante, de um suspense arrebatador que nos deixou roendo as unhas de puro nervosismo. Root e Reese invadem o escritório de Finch dizendo que eles têm um número: o dele. E então o caos é feito. Encontrado pelos Agentes da Samaritan, nós descobrimos que ela é INCRIVELMENTE pior do que imaginávamos, porque a maneira como Harold Finch foi descoberto é assustador. Harold Finch é reconhecido em um café por causa de seu pedido, e então, mais tarde, ele se dá conta que a culpa de ter sido encontrado pela Samaritan foi dele mesmo: 10 anos antes, ele levou Grace naquele café em seu primeiro encontro. A capacidade dessa Inteligência Artificial de sintetizar dados e analisá-los com tamanha lógica é assustadora! E assim, Finch acaba tendo que fugir sendo protegido por Elias, naquela dinâmica impressionante dos dois – e embora ele dissesse estar preparado para o fato de que vai morrer no fim, eu não estou nem um pouco preparado para perder Harold Finch!
“I’m just protecting a number, Harold. That’s what you hired me to do”
Assim, enquanto a Máquina recebe toda uma discussão a respeito de seu nome, que ela mesma poderia escolher, e Harold lhe permite escolher uma voz (fora todo o sistema de proteção instalado por Root que, agora, deve vir à tona!), Harold Finch precisa lidar com perdas terríveis. E é TÃO TRISTE! Eu tive dificuldades imensas de assistir a cenas desse episódio, e fiquei horrorizado com a coragem do roteiro em tirar dois personagens tão queridos tão abruptamente, embora tenham sido partidas lindíssimas nas quais eles defendem Finch inclusive com a própria vida. Não que seja realmente útil. Primeiramente, Elias é baleado enquanto protege Finch, e eu quase não acreditei que ele fosse mesmo morrer protegendo o Harold. Embora tenha sido um final muito digno e muito bonito para o personagem! Mas não era útil, se o Harold ia ser pego pelos Agentes da Samaritan de qualquer jeito! E eu estava lá, torcendo para que o restante da equipe ainda conseguisse fazer o que precisava ser feito e salvar o nosso Harold.
Mas eles brincam conosco novamente.
Shaw e Root estavam PERFEITAS na cena em que, com suas armas, elas lutam contra os Agents para salvar Harold Finch. É assim que elas ficam poderosas, lindas, atirando e discutindo o tema da realidade versus a simulação, e como a vida toda é uma grande simulação na qual somos apenas formas. E a Root flertando com a Shaw é um máximo! “I swear to God you flirt on the most awkward times”. Mas então Root é obrigada a deixar Shaw para trás e meu coração já se partiu, mas pelo motivo errado. Quando Jeff Blackwell aparece no episódio ouvindo os comandos da Samaritan no ouvido (“Stop. Right. On foot. Three blocks”), eu sabia que algo ruim ia acontecer. Ordens de matar primeiro a Root, depois o Harold. E por um segundo eu achei que estava tudo bem, que ele era incompetente e eles tinham se salvado. Mas a Root foi baleada. E eu tive esperanças. Tive todas as esperanças do mundo. Juro. Especialmente quando o Fusco disse que ela estava no hospital, porque se ela ainda não tinha morrido… eu não estava preparado para ver a sua morte, e eu não sei como vou superar isso!
O ROTEIRO NÃO PODIA TER FEITO ISSO!
Foi uma homenagem belíssima da Machine escolher a voz de Root como sua.
E agora nós temos um novo Finch: “I have played by the rules for so long”.
Vamos ver o quanto de surpresa essa temporada ainda nos reserve!

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