Smash 2x05 – The Read-Through


Omigod, omigod you guys!
Não, pera. Musical errado. Não que isso queira dizer alguma coisa, porque a quantidade de musicais referenciados belissimamente nesse episódio me fez pirar! Eu surtei em vários diálogos e/ou visões de pôsteres épicos. E a história do episódio foi absolutamente perfeita, trazendo novamente tudo o que eu tanto gosto, e sabendo utilizar os personagens muito bem em seus respectivos núcleos. O episódio esteve mais claramente do que nunca dividido em três núcleos: Bombshell, Hit List e Liaisons.
Vou começar por Liaisons. Não tem como não se apaixonar cada vez mais por Ivy. Atualmente a sua história não é realmente para ser levada a sério, mas ela protagonizou algumas das cenas mais divertidas do episódio. Eu ri bastante, e aproveitei o momento. Ela foi ótima como sempre. Ela, porque aquele tal de Terry não era tão útil não. Mas mesmo enquanto temíamos pela carreira de Ivy, ríamos dos absurdos que a chegada do novo personagem causou, e aplaudíamos especialmente as reações dela. Suas expressões eram dignas de fotos. E o que foi a conversa final sobre os remédios?
E mesmo assim, mesmo nos divertindo e arrancando risadas deliciosas, Ivy também soube emocionar e apresentou uma das melhores interpretações dramáticas que eu já vi, incorporando Cecile lindamente. Uma cena que me deixou extasiado com o tamanho do talento da atriz, tão convincente em seu papel – tão convincente em uma Ivy também convincente como Cecile. E eu não sei até quando essa história continua, até porque não a imagino por muito tempo longe do Bombshell, e a peça com todas as mudanças pela qual passa, muita coisa acontece até o fim da temporada.
Bombshell foi drasticamente alterado, e o que nos guia no momento é a grande curiosidade. Julia e Peter passaram por várias cenas legais ou então tensas. O que importa é o crescente medo de o que está por vir, e a grande tensão que gira em torno da leitura que decidirá o futuro do espetáculo. E acaba que tudo se divide em duas grandes equipes, com objetivos bem diferentes para o musical. E embora eu não faça idéia do que escolher, eu me sinto um pouco tentado a ir com Tom devido àquela maravilhosa e perfeita interpretação de Public Relations, que não podia ter sido mais teatral. Mas eu também confio tanto em Derek, apesar de tudo…
Basicamente, o roteiro reescrito por Julia e Peter foi submetido a avaliação em uma leitura, e acaba que eles todos concordam que é um dos melhores musicais escritos nos últimos anos. Digno de muitos prêmios, e com um Jerry que admite ser “bom demais para a Broadway”. Não me pergunte o que isso quer dizer. E agora com Tom querendo contar a história de como Marilyn se tornou de menina sonhadora a estrela, contra Julia mostrando os homens que a construíram, temos um grande impasse. E eu particularmente não sei em quem acreditar.
Explico o motivo. Não dá para sabermos. Vimos uma grande quantidade de cenas do antigo Bombshell, sabemos o que deu certo e o que não deu. Mas o roteiro de 7 meses atrás no primeiro workshop foi há tanto tempo que nem sabemos direito o que foi mudado antes ou depois daquilo. Ou seja, não temos uma big picture de como é esse musical de Tom. Ao passo que a leitura do novo roteiro de Julia foi drasticamente cortado do episódio, então também não sabemos como está. Em ambos os casos temos muito pouco para julgar, e se torna difícil. Queria mesmo poder ver os dois, e decidir qual é o melhor. E fica a decisão para Eileen, para o próximo episódio, num dos mais fortes casos de apreensão e nervosismo que a série já viu.
E por fim eu chego ao Hit List, que é a minha grande paixão no momento. Karen esteve totalmente dedicada a esse musical durante o episódio todo, e Ana pôde estar com ela e ter algumas cenas e alguma importância. Nada grandioso, mas esteve lá. Com uma grande oportunidade se aproximando, Karen ajuda Jimmy e Kyle a organizar uma leitura para o seu próprio musical. E eu confesso que estava bem ansioso para poder escutar (afinal acredito ser um musical maravilhoso!), e o episódio também nos privou dessa possibilidade. A razão? Fácil, o roteiro era ruim.
O que eu não gostei, só para deixar bem claro. O que Kyle fez nessa história toda foi escrever o roteiro, daí de uma hora para a outra eles vêm nos dizer que o roteiro é ruim? Eu gosto tanto do personagem que odiei vê-lo passando por isso, mesmo. Mas pelo menos todos reconhecem que sua idéia de história é ótima (e eu concordo plenamente), e alguns planos já começam a se desenhar para que o musical fique cada vez melhor, e essa grande oportunidade realmente venha a acontecer daqui a duas semanas. Ansioso para ver muito mais de Hit List.
A idéia? Tirar os diálogos.
Rent e Next to Normal nos provam como isso DÁ CERTO!
Como sempre digo, Smash é muito humano, então eu gostei das relações que se deram aqui. De vermos Karen e Ana bem amigas, as conversas, os conselhos. Ver a desilusão de Karen ao ver Jimmy com outra, a conversa tensa dos dois. Foi uma cena repleta de apreensão, emoção e muita borboleta no estômago. Foi perfeito. A angústia de Jimmy por não entender o namoro dela com Derek. Jimmy preocupado com Kyle por essa rejeição tão grande. Ana falando com Jimmy para que ele não brincasse com os sentimentos de Karen… fala sério, que coisa perfeita!
Some Boys foi tão bom. Como já comentei, gosto muito como a série está mesclando as tão bem escritas músicas originais com outras, que vêm em momentos tão inusitados quanto Jimmy limpando a casa. Amei a maneira como Karen a interpretou, como a luz se tornou escura, transformando-a em uma personagem invisível. O jogo de cenas foi simplesmente fantástico, e eu realmente já estou apaixonado por esse casal. Acho que eu não podia ter não gostado desse número.
Referências, referências, REFERÊNCIAS. Foram tantas que eu quase me perco mesmo. A primeira coisa que me deixou bastante emocionado, louco e pulando na cadeira, foi quando Tom e Julia vão ver Jerry e vemos um imenso pôster de Spring Awakening. E vocês devem se lembrar o quanto eu AMO esse musical! Depois um pôster de Jersey Boys, e a Ana mais fantástica do que nunca citando exemplo de musicais que melhoraram com o tempo: Rent e Next to Normal. Cada um perfeito à sua maneira, com histórias fortes e importantíssimas. Marcos da Broadway. E foi de Rent (por sua apresentação Off-Broadway sem diálogos) que surgiu a idéia de escrever novas músicas para cobrir os diálogos e cortá-los. Eu mal posso esperar. Mesmo.
Eu amei o episódio, mais do que nunca. Eu acho que foi o melhor que Smash fez nessa temporada. Não os comparo com os da primeira temporada, porque na minha avaliação a série mudou drasticamente de um ano para o outro. O que me prendeu a Smash foi a Broadway, então eu devo dizer que é isso o que me encanta. Ver dois estágios de construção de musical (um com Hit List e outro com Bombshell), ainda poder ter ótimas músicas e apresentações bem teatrais como Public Relations e referências a esse mundo que eu tanto gosto. Simplesmente perfeito, e parece que o episódio da semana que vem promete ser ainda mais surpreendente. Aguardando.

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