Vencer o Medo – Omar reencontra a mãe

As mentiras de David.

Apesar de algumas coisas estarem vindo à tona na reta final de “Vencer o Medo”, será que todas elas são verdadeiras? Curiosamente, uma ameaça de Rommel à vida de Omar e Marcela pode dar início a uma cadeia de eventos que revelará que a história que David contara a respeito da morte de Fabián Cifuentes não é realmente verdade. Omar e Marcela estão finalmente entregando-se aos sentimentos que compartilham, quando Omar diz que está apaixonado por ela e pergunta se ela também está apaixonada por ele, mas o beijo deles é interrompido por um Rommel ENSANDECIDO que aparece apontando para eles uma arma que é muito parecida com a arma que sabemos que matou Fabián Cifuentes. A cena é angustiante, e serve para mostrar o quanto o Rommel é perigoso

Um tiro que ele dá não para acertar Omar, mas para assustá-lo, no entanto, deixa para trás uma bala que Omar leva consigo porque sabe que ela pode dizer alguma coisa… e é aí que Omar e Marcela começam a, juntos, desvendar os planos de Rommel para o bairro: ele pretende encher o bairro de armas como aquela, não? Quando os dois encontram uma caixa pesadíssima cheia de balas, eles percebem que ou Rommel está armando um exército, ou ele está armando um negócio para vender armas na região… enquanto Marcela descobre com Lupe que quem estava dirigindo o carro com o corpo de Fabián Cifuentes era o pai de Rommel (e temos uma boa suspeita de quem era), Cristina consegue para Omar ver uma arma parecida àquela que matou seu pai.

E, então, Omar percebe que a história de David tem que ser mentira… Bruno tinha apenas 10 anos, e jamais teria conseguido erguer aquela arma, além de que o sistema para atirar é todo elaborado e ele não poderia tê-lo disparado por acidente. Acho interessante essa nova virada no roteiro, porque David Cifuentes dá indícios de que é um vilão há muito tempo, mas mentir que o próprio filho de 10 anos matou o tio para isentar-se da culpa me parece particularmente PERVERSO e DOENTIO. Como David não pretende dizer mais nada a Omar (e continua insistindo para que o sobrinho “deixe o pai descansar”), ele decide ir atrás de respostas em outro lugar… ele não sabe o que a mãe pode saber, já que ela está “desaparecida” há três anos, mas ele precisa tentar.

Para reencontrar a mãe, Omar procura a avó materna, que conta a Omar sobre o vício de Tamara, que começou com remédios para acalmar as dores de uma doença que ela tem e evoluiu para drogas, eventualmente, e sobre como ela está internada por vontade própria porque tem medo de uma recaída… Omar resolve, então, ir atrás da mãe: ele sempre acreditou que a mãe o tinha abandonado, que tinha fugido com outro homem ou qualquer coisa assim, mas agora que ele sabe que não é isso, ele precisa vê-la, precisa falar com ela – a verdade, às vezes, pode ser dolorosa, mas ela sempre é libertadora, e Omar não vai descansar enquanto não ver a mãe e não ouvir o que ela tem a lhe dizer. Por isso, mesmo que a avó não queira deixá-lo ir, ele vai…

E Tamara quer recebê-lo.

Preciso dizer que o reencontro de Omar e Tamara, uma personagem que nem conhecíamos até então, é surpreendentemente EMOCIONANTE. Tamara sempre soube que, mais cedo ou mais tarde, teria que falar com o filho e dar-lhe explicações, e ela começa perguntando se ele a odeia, mas não… a conversa dos dois chega à morte de Fabián com Omar perguntando a Tamara se a arma pertencia mesmo ao pai, como o tio diz, mas ela garante que o pai os protegia com a sua vida se fosse preciso, mas não com uma arma… certamente, a arma não era dele. É pouco, mas é algo. Omar já chegou ali sabendo que o tio mentira sobre ter sido Bruno a usar a arma, porque não tinha como o Bruno ter aguentado o peso dela, agora ele sabe que o tio mentiu em mais coisas…

Além disso, a conversa é muito mais recompensadora para Omar e Tamara em termos emocionais mesmo, porque podemos ver a dor e a culpa dela, como mãe, por ter deixado o filho para trás, mas, ao mesmo tempo, podemos ver que ela o ama de verdade… Tamara se afastou conscientemente porque queria protegê-lo, porque precisava se tratar, mas o ama e sempre o amou, e isso é o que Omar mais precisava ouvir, na verdade. Então, ele fala sobre o quanto ela fez falta e, chorando, ela pede perdão. Omar não apenas a perdoa, porque não há motivo para não perdoá-la, como a chama de “mãe”, o que é perfeitamente emocionante, e então os dois se abraçam, com uma sinceridade e um amor palpável… é uma das cenas mais bonitas de “Vencer o Medo”.

 

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