Bodies 1x05 – We Are One Another’s Ghosts

“We love in Mannix’s utopia”

E FICA MELHOR A CADA EPISÓDIO! QUE EPISÓDIO ESPETACULAR! “We Are One Another’s Ghosts” é, provavelmente, o episódio mais importante de “Bodies” até aqui, porque é nesse momento que algumas coisas começam a ser esclarecidas e as pontas vão se juntando, conforme entendemos melhor como nasceu e se perpetuou o loop criado e mantido por Elias Mannix/Sir Julian Harker. Se o episódio passado se dedicou a fazer pequenas conexões que mostravam que a relação entre os tempos não era garantida por meros “paralelos”, esse quinto episódio concretiza tais conexões e escancara o fato de que tudo está conectado. Com pequenos detalhes importantes aparecendo em 1890 e 1941, a ação se desenvolve predominantemente em 2023 e 2053.

Alfred Hillinghead quer, em 1890, resolver o mistério do corpo encontrado em Longharvest Lane, e quer que Julian Harker seja trazido para um interrogatório, mas sem saber como as coisas viram totalmente contra ele quando o faz… não é segredo nenhum que Elias Mannix/Julian Harker é inteligente; um filho da p*ta e um genocida, sim, mas inteligente. Então, ele sabe exatamente como ter Alfred Hillinghead nas mãos, e ele garantiu isso quando o convidou para sua casa, há dois episódios: se ele insistir nessa história de acusá-lo de assassinato, Julian tem fotos que podem destruir a sua vida, na qual ele parece ser amante do homem que foi encontrado morto. Para garantir o seu próprio futuro e o da família, Julian quer que Alfred incrimine Henry Ashe pelo assassinato.

Em 1941, Charles Whiteman/Karl Weissman está tentando lidar com a morte recente de Esther, e é muito interessante as reviravoltas que partem disso. Primeiro, ele procura um rabino para conversar e, depois, ele procura a ajuda de Calloway, seu superior, contando tudo a respeito da mulher no telefone que lhe dava ordens e que ele se recusou a obedecer quando ela mandou que ele matasse Esther… então, Calloway resolve ajudá-lo, e eles conseguem chegar até o Banco Harker e a própria Polly Hillinghead, a mulher que lhe dava ordens e que matou Esther naquela estação de metrô… toda a sequência de Karl versus Polly é ELETRIZANTE, mas a verdade é que ele não tem poder nenhum. A seita de Harker é muito forte. Então, Polly acaba solta pelo filho (!), e sabe-se lá o que vai acontecer a Karl…

Já em 2023, as coisas pegam fogo e temos informações muito surpreendentes. Primeiro, Shahara Hasan recebe os resultados das impressões digitais de 1890 que ela pediu que fossem investigadas, e recebe um resultado que, para ela, é surpreendente: as impressões digitais são idênticas às de Elias Mannix. E, assim, enquanto tenta arrancar algum sentido dessa informação ou algo do próprio Elias que possa ajudá-la a responder a todas as perguntas que tem, Shahara Hasan também nos traz informações importantes, como o fato de que Sir Julian Harker morreu em 1941, aos 99 anos de idade, baleado por um policial no seu próprio quarto… ou seja, sabemos que Charles Whiteman/Karl Weissman vai chegar até Julian Harker/Elias Mannix mais cedo ou mais tarde.

Adorando todas essas conexões!

Embora essa tenha sido uma informação crucial e muito interessante de se conhecer, não é a grande revelação que o episódio nos traz em 2023. Shahara Hasan consegue o nome da mãe de Elias, Sarah Mannix, e então ela a procura. Primeiro, é necessário dizer que o diálogo é muito bem escrito, com destaque para como Sarah parece preocupada com o fato de que “ela queria que Elias soubesse que foi amado” (!); depois, porque descobrimos que o pai de Elias Mannix é o bisneto de um banqueiro chamado Julian Harker (Paradoxo de Bootstrap?), e o nome dele é Danny… Danny Barber. Confesso que isso me pegou, sim, de surpresa, porque eu não esperava que Barber estivesse envolvido, e a mudança nele quando ele fala com Hasan agora é quase assustadora…

“Give Sarah my love. We’ll see you soon”

Por fim, temos toda a história e as surpresas de 2053, que foram o destaque do episódio. No episódio anterior, Iris Maplewood foi sequestrada por Gabriel Defoe e sua vizinha, Lorna, e ela é levada até a pessoa para quem eles trabalham: Shahara Hasan. Aqui, entendemos que 2053 vê uma briga entre dois grupos, um liderado por Hasan, outro liderado por Mannix, e Iris Maplewood pode ser a chave para que as coisas sejam diferentes… pelo menos dessa vez. Por isso, Hasan tenta confiar em Maplewood e contar para ela que ela é apenas uma dos quatro detetives que encontraram o corpo de Gabriel Defoe, e mostra fotos de Alfred Hillinghead, em 1890, e de Charles Whiteman, em 1941, além de contar que ela mesma o encontrou também em 2023.

Aqui, “Bodies” se torna bastante didática. Não de uma maneira ruim, é bom ver as coisas sendo explicadas e fazendo sentido. Muita coisa é devidamente explicada através da conversa de Hasan com Maplewood: ela fala sobre a bomba explodida por Elias Mannix em 2023 (e que ela o assistiu detonar!), e como a viagem no tempo é real e essencial para os planos de Elias… ou do Comandante Mannix, como Iris Maplewood o chama. Mannix pretende retornar a 1890 e iniciar uma seita, dando início a uma cadeia de eventos que culminam justamente na bomba de 2023, garantindo o poder que ele quer de construir a cidade na qual eles vivem agora… uma espécie de “Utopia de Mannix”, construída sobre o cadáver de milhares de vidas inocentes naquela explosão.

Agora, resta saber de que lado Maplewood está… Hasan e Defoe a levam até a “Garganta”, onde a viagem no tempo é possível de maneira natural, para mostrar como Mannix começa o loop e contar sobre como eles falharam em todas as suas tentativas até então – em parte, Iris tem razão quando diz que eles já falharam, se tudo já aconteceu; por outro lado, eles podem e querem quebrar o ciclo e impedir que Mannix mate todas aquelas pessoas em 2023. O que isso significa para a sociedade que eles conhecem em 2053? Toda essa história seria apagada? Uma linha do tempo alternativa seria criada? De todo modo, por ora, as coisas devem seguir como sempre foram… Iris Maplewood está do lado do Comandante Mannix, é ela quem o leva até a Garganta.

O ciclo continua. Será possível rompê-lo?

 

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