Absolute Zero – Episode 6: If we can start over, my answer will still be the same

Decisões.

Agora, o futuro está nas mãos de Ongsa… e eu gosto de como “Absolute Zero” parece querer brincar com os nossos sentimentos, não nos dando nenhuma informação a respeito do Ongsa em 2018, por exemplo, e ocultando qualquer cena de 2018 da prévia do próximo episódio, mas a verdade é que terminamos “If we can start over, my answer will still be the same” com todos os eventos acontecendo exatamente como eles originalmente aconteceram lá no primeiro episódio… por enquanto, nenhuma mudança foi feita na linha do tempo – e, a julgar pelo título do episódio, talvez nenhuma grande mudança seja feita. Mas, sim, ainda existe o mistério de não saber onde o Ongsa de 2018 está, já que não está no hospital, e eu acho que é um caso de Doc Brown no estacionamento do shopping em 1985.

No episódio anterior, Soon sabia que ele “desapareceria” a qualquer momento, então ele preparou todas as suas despedidas – ele não disse “tchau” para Ongsa, mas disse que o amava. Agora, vemos, finalmente, a conversa entre os dois Soons, na sacada do apartamento, a partir de outra perspectiva… mesmo já sabendo quem era do outro lado, é interessante revisitar a cena, ouvir novamente o diálogo, especialmente com as informações que já temos e que nos foram dadas no decorrer de “Absolute Zero” até aqui. Soon deseja “um feliz aniversário adiantado” para a sua versão 10 anos mais jovem, e quando o Soon-2008 pergunta quem ele é, ele responde que o seu nome é Suansoon… mas, como da outra vez, essa resposta não chega até o Soon de 2008.

Porque Soon retornou para o futuro.

Tudo se encaixa perfeitamente, por ora. O “homem misterioso do apartamento ao lado” desaparecera durante a conversa deles e ninguém mais soube dele, e Soon se lembra disso. De volta em 2018, Soon entra em um táxi e imediatamente parte para o hospital, para saber sobre Ongsa, para garantir que ele ainda está vivo, para saber se alguma coisa mudou… e alguma coisa mudou. Soon entra no quarto em que Ongsa estivera internado, mas não é ele quem está ali; e quem está naquela cama, aparentemente, está ali há muito tempo; tampouco há registro de qualquer paciente chamado “Ongsa” internado naquele hospital naquele momento. Apesar de as coisas parecerem continuar as mesmas em 2008, alguma coisinha foi alterada, algo não é mais o mesmo…

Efeito Borboleta.

O que exatamente mudou ainda é incerto, e eu acho que o episódio brinca com possibilidades dramáticas e com a tendência de parte da audiência BL de partir para as conclusões mais tristes possíveis (quando, em minha experiência, os BLs com finais felizes superem os BLs com finais tristes), quando nada é de fato confirmado… ainda. Soon não tem notícias de Ongsa, encontra a casa vazia e talvez possamos entender que Ongsa não faz parte da vida de Soon nessa realidade de 2018 – afinal de contas, é isso o que Soon supostamente tentou mudar no passado, certo? Mas pode ser que o Ongsa esteja atrasado apenas e que em breve vai aparecer ou qualquer coisa assim… o fato de o episódio propositalmente não nos dar mais informações do futuro é suspeito.

No bom sentido.

Continuamos, então, acompanhando o Ongsa de 2008… até porque o futuro está em suas mãos agora: são as suas escolhas, ali em 2008, que definirão a conclusão da história em 2018, e por isso deixamos o futuro “de lado” por enquanto. Ongsa resolve visitar Soon em seu novo apartamento, e então o encontra vazio, e não pode negar a realidade de que o Soon foi embora… e não vai mais voltar. Foi muito impactante como Ongsa conseguiu entregar toda a dor e a saudade que ele estava sentindo, tanto na cena em que chora enquanto caminha pela chuva, por exemplo, quando entra desesperado perguntando por Soon no café de Nan, ou quando ele vai ao restaurante ao qual costumava ir com Soon, mas está sozinho dessa vez. Tantas memórias. Tantos sentimentos.

E, então, quando ele fala que “Soon está provavelmente vendo um filme a essa hora”, ele se lembra da única possibilidade que lhe resta: encontrar o Soon de 2018 no cinema, na sessão de “Once”. E ele corre para lá. É MUITO LINDA a cena de Ongsa vendo o Soon jovem chegando ao cinema, comprando ingresso e se preparando para assistir um filme que, sem saber, mudaria a sua vida… e Ongsa tem uma escolha a fazer: ele se aproxima de Soon, como acontecera na linha do tempo original, ou ele segue o conselho do Soon de 2018 e se afasta, porque “eles não deveriam ter se conhecido”? Conhecendo o Ongsa, nós sabemos a decisão que ele vai tomar… e é a decisão acertada. Ele não pode fazer o que Soon pediu que ele fizesse. Ele não pode deixar essa vida para trás.

Assim, Ongsa se senta ao lado de Soon no cinema – e as coisas acontecem exatamente como aconteceram originalmente. Nada é mudado. A cena, no entanto, ganha um peso dramático a mais agora que sabemos mais sobre o que Ongsa estava sentindo naquele momento. A maneira como ele se aproxima de Soon, a maneira como ele chora durante o filme todo, mas não exatamente por causa do filme, a maneira como ele puxa conversa “despretensiosamente” com Soon quando o filme termina e entrega para ele o ingresso que ele estava deixando para trás… essa é a escolha de Ongsa: ele vai viver o amor que estava escrito. E eu acho que ele deveria mesmo fazer isso… o que ele pode “mudar” é fazer alguma coisa que vá impedir o acidente no aniversário de 10 anos.

Há muito tempo para isso.

Por que abrir mão do amor e da felicidade até lá?

 

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