Absolute Zero – Episode 8: If the beginning is no longer a beginning, would the end turn out the same?

14 de março de 2018.

Eu sinto que não é uma novidade o que eu vou dizer agora, mas ainda assim: EU AMO DEMAIS ESSA SÉRIE! “Absolute Zero” tem uma carga dramática sensacional, uma melancolia bem colocada e conduzida e transmite tanta verdade que eu me conecto a esses personagens de uma maneira que mal sei explicar… é sempre muito intensa a experiência de assistir a um novo episódio de “Absolute Zero”, eu realmente sinto por eles, e eu nem sei bem o que esperar do futuro da série, pensando que passamos por 2/3 dela e, portanto, é agora que entramos no clímax/reta final. A série já figura facilmente dentre os meus BLs favoritos (!), e “If the beginning is no longer a beginning, would the end turn out the same?” é o episódio que mais me deixou de coração apertado até agora.

Mas ver o Ongsa sofrendo no próximo também promete me destruir.

“Absolute Zero” é inteligentíssima! A construção de sua trama, as deixas para grandes surpresas e reviravoltas, o carisma, a verdade e a conexão entre os personagens… tudo é tão forte que a série realmente impacta. Estou amando a maneira como a trama é apresentada e como ela vai crescendo, e sempre me pega muito a tragicidade da história de Ongsa e Suansoon – uma história com 10 anos de amor, felicidade e união, mas com um final que parece inevitavelmente trágico (embora eu torça para um final feliz e tenha esperança de que ele chegará, de uma maneira ou de outra). Começamos o episódio em 2008, vendo um pouquinho mais da juventude de Ongsa e Suansoon quando eles estão perto de ir para a faculdade, mas logo nos voltamos a 2018…

E a contagem regressiva até o aniversário de 10 anos do casal.

Retomar aquele desespero momentâneo de Suansoon por causa do “sonho” em que ele perdia Ongsa foi realmente doloroso… a angústia que ele sentiu, como se ecoasse a sua dor futura, abraçando-se a Ongsa, esperando a promessa de que ele sempre estaria ao seu lado, enquanto Ongsa lhe diz que, se um dia ele “desaparecer de verdade”, ele precisará ser forte – porque ele sabe da possibilidade de morrer quando eles completarem 10 anos juntos. Tudo naquela cena é intenso, perfeito e triste: o abraço acolhedor de Ongsa escondendo as lágrimas para que Soon não as veja, e o Soon alheio a qualquer informação do futuro, apenas querendo permanecer ao lado de Ongsa… depois disso, Ongsa faz valer cada segundo que ele está com Soon, mesmo que seja com tempo contado.

Quando partimos para o futuro, o episódio traz o Ongsa de 2018 em destaque pela primeira vez na série, e parece haver um relógio tiquetaqueando o tempo todo. Nenhuma solução a respeito do “desaparecimento” de Ongsa no futuro é provida ainda (embora sugerida pelo fim do episódio e prévia do próximo), porque chegamos a 2018 no dia 11 de março: antes do aniversário e, consequentemente, antes do acidente de carro e da viagem no tempo de Soon. A dias da possibilidade de sua morte, encontramos um Ongsa um pouco mais preocupado do que o normal… constantemente tentando esconder suas preocupações e medos, vemos um Ongsa que tenta seguir um conselho de Nan e viver aqueles dias “normalmente”, mesmo se fossem os últimos.

(Por sinal, amei ver Ongsa e Nan em 2018!)

Ongsa não sabe se pode ou deve evitar que alguma coisa aconteça no dia 14, mas ali, no dia 11, ele está curtindo um dos seus últimos dias com Suansoon, fazendo as coisas que eles sempre fizeram durante esses 10 anos juntos: eles conversam, eles riem, eles visitam a locadora, eles vão ao cinema juntos… eu acho curiosa essa aparente “inversão” dos papeis proporcionada por um Soon que ainda não “perdeu” o Ongsa e, portanto, não viajou no tempo e um Ongsa que conheceu o Soon do futuro na juventude e sabe o que está por vir: é a primeira vez na série que vemos um Soon mais tranquilo em relação a um Ongsa temerário. Há muita melancolia e, curiosamente, muita beleza na maneira como Ongsa tenta fazer valer aqueles últimos dias ao lado do homem que ama.

E ele o ama profundamente.

O dia 12 de março traz o que já sabíamos que traria: a morte do dono da locadora, e a cena do funeral se torna duplamente dolorosa pela maneira como Ongsa olha para Suansoon, temendo que dentro de dias ele tenha que se despedir de outra pessoa que ama e que fez parte de sua vida… aqueles olhares foram de fazer lágrimas se juntar nos nossos olhos. Então, partimos para o dia 13 de março, o dia anterior ao fatídico acidente, e é aí que as surpresas começam, quando Ongsa está ajudando Nan na cafeteria, como ele dissera, lá em 2008, que faria mesmo depois de ir para a faculdade (!), e ele recebe uma visita inesperada… outro Ongsa, vindo de algum lugar do futuro, e que certamente tem coisas para lhe contar… ou para pedir que ele faça ou deixe de fazer.

Saber que é o último dia é TERRÍVEL. As expressões de Ongsa ao olhar para Soon, a maneira como ele está “grudentinho” enquanto Ongsa cozinha na casa dos pais, as lágrimas que escorrem dele enquanto os dois assistem a um filme abraçadinhos na cama, e Soon acredita que Ongsa está chorando por causa do filme… e nos perguntamos o que o Ongsa do Futuro tinha a dizer, até que o episódio retorna àquele momento e nos esclarece: aquele é um Ongsa que fez algo para impedir que o acidente do dia 14 de março de 2018 acontecesse, e ele conseguiu sobreviver… agora, no entanto, ele está ali para pedir que Ongsa não faça nada para impedir o acidente, porque isso custou a vida de Soon. Aparentemente, um deles tem que morrer no aniversário de 10 anos.

Perverso. Cruel. Triste.

Trágico.

Mas Ongsa resolve não interferir em nada… e, quando o dia 14 de março chega, ele sai do trabalho cheio de coisas na cabeça, embaixo de chuva, e sofre o acidente, como acontecera originalmente: ele não vai deixar que Soon morra no seu lugar. E, então, enquanto ele morre no carro, o seu relógio corre para trás, apresentando a deixa para o próximo episódio. Como disse na abertura do texto, ainda faltam 4 episódios até o fim de “Absolute Zero”, portanto eu acredito e espero que a série trará surpresas e uma maneira de manter Ongsa e Soon juntos, vivos e felizes – afinal de contas, ainda entraremos agora no clímax! Além disso, algo me intriga: vemos Ongsa muito mal no hospital no início da série, depois do acidente, mas não chegamos a vê-lo, de fato, morrer…

Certo?

Enfim, vamos aguardar!

 

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P.S.: Novamente, a trilha sonora de “Until We Meet Again” tocando, como aquilo foi emocionante! É quase irônico Suansoon estar, completamente alheio a tudo, cantando a música de “UWMA” enquanto Ongsa olha para ele com pesar, porque esse também é um BL de carga dramática intensa. Ainda assim, uma escolha bonita (e uma homenagem bacana) para intensificar essa melancolia que foi tão marcante nesse episódio de “Absolute Zero”.

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