The Power of Six – O Poder dos Seis

O Número Um foi capturado na Malásia.
O Número Dois, na Inglaterra.
E o Número Três, no Quênia.
Com o Número Quatro, em Ohio, eles fracassaram.
Eu sou a Número Sete. Uma dos seis que ainda sobrevivem.
E estou pronta para lutar.

They caught Number One in Malaysia.
Number Two in England.
And Number Three in Kenya.
They tried to catch Number Four in Ohio – and failed.
I am Number Seven. One of six still alive.
And I’m ready to fight.

Meu único pensamento terminando de ler esse livro era: “Como fazer um texto que expresse minha opinião, deixando bem claro como o livro é bom?”. Vou tentar. Devo dizer que o livro me prendeu muito mais do que Eu Sou o Número Quatro, e certamente é muito melhor do que seu antecessor. Nada contra o primeiro volume, que é bem interessante e um ótimo pontapé inicial à série, mas O Poder dos Seis leva isso adiante e consegue se sair muito melhor.
O livro é centrado tanto no Número Quatro quanto na Número Sete; ou John e Marina se vocês preferirem. Em primeiro lugar, gostei muito do estilo de narrativa, com os dois se alternando na narração da história; foi ótimo ver duas histórias se desenvolvendo ao mesmo tempo (era como dois livros distintos por uma grande parte) e depois elas começarem a se interligar… narrativa incrível, que prende o leitor, cativa e te deixa extremamente curioso pelo futuro.
Quanto aos personagens, as sinopses tentam nos fazer acreditar que leremos a história da Número Sete, Marina, e o livro realmente começa com ela, mas de repente temos John; e Seis, é claro… mas se você acha que a parte de John é a mais interessante, vou te dizer: Marina tem alguma coisa em sua maneira de contar a história que te cativa; por alguma razão, eu sempre ficava mais contente lendo as partes da Sete, e enquanto lia as partes de John (por mais interessantes que elas fossem, e elas eram), eu sempre estava ansioso pela continuação da história da Marina…
O livro continua a história de onde Eu Sou o Número Quatro parou, com os mogadorianos em busca dos nove gardes mandados para o planeta Terra; enquanto isso, eles se dão conta que o melhor a fazer agora é reunir-se todos para tentar vencer essa guerra juntos; ao mesmo tempo em que é a primeira vez que vemos realmente como funciona o feitiço de proteção que impede que eles morram fora de ordem (através de Seis), também é o momento em que o feitiço é quebrado, enquanto eles começam a se reunir.
Marina foi uma personagem que me conquistou bastante por seus limites; ela era uma Garde louca para fazer alguma coisa, mas de certa maneira presa; suas pesquisas por John Smith eram realmente legais de se ler, e sua relação com Adelina era muito interessante (porque o autor conseguiu nos fazer ter os mesmos sentimentos da garota, uma certa raiva de sua Cêpan); mas mais do que tudo, a melhor parte para Marina fica para quando ela encontra Ella e as duas realmente se aproximam. A relação que se estabelece entre as duas meninas é muito bonita, e foram as melhores partes para se ler. E não tem como não ficar absolutamente encantado por Ella, não é? Sem contar que as surpresas finais envolvendo as duas foram ótimas…
O grande trunfo do livro é como o autor conseguiu criar uma história que te surpreende; gostei das reviravoltas de roteiro, e das inúmeras surpresas que sucedem umas às outras, especialmente nos capítulos finais; variando de coisas simples, desde o relacionamento de John com Seis até coisas bem grandes que modificam toda a premissa que era o ponto de partida da série; e como todos que acompanham o blog já sabem, o que mais me encanta em qualquer história é a capacidade de nos surpreender quando achamos que podemos já ter entendido tudo… e Pittacus Lore fez isso muito bem dessa vez (muito melhor do que no livro passado).
Por fim, vou comentar um pouco sobre um de meus personagens preferidos: Sam. Sam teve vários ótimos momentos nesse livro, um pouco mais líder agora, tendo que controlar sua paixão por Seis, descobrindo coisas sobre seu pai (finalmente!) e enfim… gostava um pouco mais dele no livro passado que (como eu comentei quando escrevi sobre o outro livro) ele se assemelhava mais a mim. Ainda assim ele é um ótimo personagem e que merece ser admirado. Só espero que o fim do livro seja repensado… vamos esperar pelo terceiro volume, não?
Gente, eu realmente recomendo que todos leiam o livro; quem viu o filme, simplesmente esqueça o livro e vá ler Eu Sou o Número Quatro. Depois de ler, e aqueles que já leram, O Poder dos Seis não lançou há muito tempo no Brasil, então vamos lá, achem o livro e leiam. Uma história maravilhosa, uma narração incrível, vocês precisam ler. Abaixo vou fazer uns comentários que contém spoilers, então só clique em “Ler a matéria na íntegra” se você já leu o livro, para não estragar sua surpresa! Até mais! Frase marcante:

“Nove, agora oito. O restante de vocês está por aí?”


[AVISO: O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS!]
Como eu disse, uma das melhores partes desse livro foram as surpresas, e vou comentar um pouco sobre algumas delas que realmente merecem destaque, começando pela mais simples e que começou já desde o início do livro: o encanto de John por Seis. Eu, depois de Número Quatro, não esperava nada disso, mas foi legal vê-lo flertando com Seis (como Sam mesmo diz), e como ele mesmo tenta espantar esse sentimento. A maneira como o autor (na pele de John) fica repetindo como ama Sarah o tempo todo deixa muito claro que ele pensa na Sarah para convencer a ele mesmo que é ela que ele deve amar, e não deve sentir nada por Seis… e aos poucos a relação foi se estabelecendo, e foi bem legal… até gostei de ver Sam “aceitando” isso; uma outra coisa que me chocou foi como Sarah parece ter delatado John para a polícia durante sua visita. É… repense suas namoradas, John.
Na parte de Marina, as surpresas foram muito mais interessantes. Tivemos um lampejo em que pensamos que Héctor traiu Marina, e depois descobrimos que o possível mogadoriano que estava vigiando a garota era quase um Cêpan de uma décima criança, mas nova do que todas as outras (portanto sem Legados ainda), que veio à Terra numa segunda nave… e quem era essa criança? Ella, a Número Dez… o momento em que eu li isso eu realmente vibrei, comecei a fazer várias anotações… Ella sempre pareceu ter alguma coisa, mas eu nunca teria pensado numa Número Dez, ainda mais por sua “idade”… bom esse poder dela, falando nisso!
No fim do livro, temos o aparecimento do Número Nove (ainda falta a aparição do Número Cinco e Oito, que deve acontecer no próximo livro), e uma terrível despedida de Sam. Algo me diz que Sam ainda estará de volta no próximo livro (e eu espero que sim!), mas falando sobre ele, fiquei bem admirado com toda a história de seu pai: enfim, ele estava correto sobre a “abdução”. Foi legal ter sido justamente o pai de Sam a ajudar Henri e John na sua chegada à Terra… eu teria orgulho de um pai desses… mesmo que ele tenha desaparecido depois… até mais! Leiam o livro!

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