Entrelazados 2x02 – Lado B

Summer Nights!

A segunda temporada de “Entrelazados” não é sobre a Allegra Sharp – mas eu já teorizo que a terceira será, e sob uma nova perspectiva. “Lado B”, o segundo episódio dessa temporada, é tão incrível quanto o retorno da série: desenvolve histórias iniciadas anteriormente de maneira promissora e sugere um novo plot que está me deixando tão empolgado quanto intrigado! Dessa vez, acompanhamos as viagens de Marco Resco que, diferente de Allegra na temporada anterior, não está alternando entre seu próprio tempo e um outro… vindo de 1994, Marco está “perdido” em dois tempos diferentes que não são seus, 2021 e 1975, para conhecer duas versões de seu pai e tentar “consertar” a relação deles. E o primeiro nó da pulseira é desfeito aqui.

No fim do episódio anterior, vimos Marco chegar a 1975 e encontrar Franco Resco trabalhando em um bar que o pai está querendo vender, e agora o vemos começar a interagir com Franco, Amelia Sharp (!) e a garota que eu acredito que será sua mãe… comentei, na minha última review, sobre como temi que a “ausência” de 1994 na história tirasse essa vibe nostálgica que a série tinha, mas “Entrelazados” resolveu isso levando-nos ainda mais longe ao passado, e 1975 é um ano com possibilidades interessantes… Marco inventa uma desculpa de que “veio consertar o piano”, para poder ficar por perto e ouvir as conversas do pai com as garotas, e isso vai fazendo com que, aos poucos, ele comece a entendê-lo melhor: a relação dele com o próprio pai tem a ver com quem ele se transformou.

Mas por que ele não queria que Marco se juntasse à companhia de teatro de Cocó Sharp?

Toda a sequência no passado não chega a explorar muitos cenários, pelo menos não por enquanto, mas foi legal acompanharmos os diálogos dentro do bar, e Marco nos entregou um momento perfeitamente nostálgico quando ele começa a tocar as primeiras notas de “Summer Nights” no piano, e Amelia Sharp reconhece a música do musical (inclusive, muito interessante o Marco dizendo que “prefere a versão do filme”, mas não existia filme de “Grease” ainda em 1975) e vai cantar com ele. Fui pego de surpresa com “Summer Nights” em “Entrelazados”, e é incrível como essa música sempre funciona – é um ícone do universo musical! E isso faz com que o jovem Franco se ilumine, porque ele vê finalmente uma possibilidade de salvar aquele lugar através da música.

Tão bom ver o Franco que é apaixonado por música!

Assim, então, Marco completa sua primeira viagem a 1975: ele conheceu o pai, entendeu a relação dele com o avô, e deu uma ideia importante que faz parte da história de Franco… quando a pulseira se ilumina, ela leva Marco de volta para 2021, e é a oportunidade perfeita para ele continuar conhecendo um pouco mais de Franco… ele sente que “o entende um pouco melhor” agora, e existem pequenas coisas que ele vai descobrindo que o fazem perceber que o pai o amava, mesmo quando ele talvez não acreditasse nisso: o fato de ele ter guardado a fita que Marco entregou para ele na noite do incêndio durante todos esses anos, ou o fato de ele proibir que entrem em um quarto quando a equipe de mudança está na casa, e provavelmente é o quarto de Marco…

Talvez pareça que as coisas estão andando depressa? Não sei, mas só temos 7 episódios nessa segunda temporada, e é bom que não estejamos “enrolados”, até porque a relação de Marco e Franco têm muito a ser desenvolvida… essa primeira viagem a 1975 e a possível conversa vindoura em 2021 é apenas o começo! Marco encontra o pai quando esbarra com ele em um restaurante e o Franco derruba a caneta, só mais tarde parando na porta e olhando para trás, porque finalmente percebeu quem é Marco… ou que aquele garoto em quem ele acabou de esbarrar é, no mínimo, muito parecido com o seu filho que ele acredita ter morrido quase 30 anos antes. Tenho certeza de que teremos uma conversa EMOCIONANTE entre Marco e Franco eventualmente.

Algo que me chamou muito a atenção nesse segundo episódio foi a personagem Clara. Clara é uma garota que aparece para fazer audições para “Años Luz”, que esbarra em Allegra e que parece empolgada em conhecê-la – na verdade, empolgada demais. Tudo em que eu consigo pensar é que Clara veio do futuro e é filha ou neta de Allegra, viajando também com a pulseira, assim como Allegra já viajou e como Lucía viajara antes dela. Não sei se teríamos tempo de desenvolver isso em poucos episódios junto com a trama de Marco, mas a série já foi renovada para a terceira temporada e seria uma boa ideia para lá, já que teríamos uma história parecida com a de Allegra e Caterina, mas, agora, de outro ponto de vista… só sei que Clara chegou em Allegra parecido com como Allegra chegou em Caterina em 1994.

Seria legal vermos uma história de viagem no tempo do ponto de vista de quem está lá e é “visitado”, não de quem está viajando.

 

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