Doctor Who: Season One (2005) – Fantastic!


FANTASTIC!
Como eu comprei o DVD recentemente, acabei nessa semana de fazer uma maratona com todos os episódios… simplesmente perfeito! Christopher Eccleston é um Doctor admirável, e é mesmo uma pena que ele tenha passado tão pouco tempo no papel… ainda mais quando se assiste assim, em uma maratona tão grande que os episódios passam tão depressa… incrível!
O Nono Doctor é uma figura sombria e muito divertida. Christopher coloca em seu Doctor uma leveza inquestionável, um ótimo senso de humor e uma risada recorrente que é muito fofa. No entanto, ele também é um Doctor misterioso, sempre relembrando a Time War, acontecimentos que vieram pouco antes dele e sobre os quais não temos tanto conhecimento assim… e vê-los com episódios sobre os Daleks muda totalmente nossa visão, como Dalek (episódio 6), quando conhecemos um Doctor capaz de tudo para que o “último” Dalek vivo possa morrer…
É dessa maneira que a nova geração conheceu Doctor Who. O Doctor chegou na sua Blue Box, explodiu o trabalho de Rose e a tomou como sua nova companion. A primeira temporada, diferente do que veremos mais tarde em algumas temporadas (Amy que o diga), acontece de maneira mais rápida, em uma sequência de acontecimentos ininterrupta, com pequenos momentos em que Rose tenha voltado pra casa de suas “aventuras” com o Doctor… Rose é uma ótima companion, envolvida e inteligente, ela nos conquista rapidamente, embora a invejamos bastante.
Também é na primeira temporada que Steven Moffat dá as caras rapidamente, escrevendo um arco de dois episódios (The Empty Child e The Doctor Dances), que provavelmente foram os dois melhores episódios da temporada. COMO EU AMO AQUELA SEQUÊNCIA! Enfim… também conhecemos Jack Harkness (brilhantemente interpretado por John Barrowman), que esteve conosco por cinco episódios nessa temporada, e fez toda a diferença. Vê-lo como parte integrante dos tripulantes da TARDIS é novo e incrível, ele se encaixa ali perfeitamente. Deveríamos ter mais episódios com eles…
Quanto aos vilões, embora deva admitir que a família Slitheen teve grande participação, acho que o foco foram mesmo os Daleks… talvez seja por isso que eu seja, até hoje, um grande apaixonado pelos Daleks… eles foram retratados tão bem aqui, e explorados na medida certa, deixando as incógnitas necessárias a respeito da Time War, e como foi essa luta entre Daleks e Time Lords… no entanto, o ódio do Doctor por eles é incomensurável, e o Doctor praticamente se descaracteriza próximo a eles, assumindo posições novas e surpreendentes…
Vamos falar rapidamente de episódios?
Rose foi a maneira como muita gente começou em Doctor Who. O que hoje parecem efeitos precários, na época eram realmente muito bons, e foi aqui que ouvimos pela primeira vez frases como “I’m the Doctor” ou então “Run”. Nossa, como é emocionante ver o Doctor segurando a mão de Rose e soltando aquele “Run”, absurdamente clássico! Também é ótimo ouvir o som da TARDIS chegando ou saindo, aquele som com o qual sonhamos desde sempre… maravilhoso! Aquele desejo de ser a Rose e de sair correndo até a nave e partir com o Doctor… bem, é isso.
The End of the World apresenta uma das cenas mais belas de Doctor Who que é “Welcome to the End of the World” – eu me lembro claramente de ouvir Christopher Eccleston dizer essas palavras, e foi algo marcante; não está entre meus episódios favoritos, mas esse momento é emocionante além da conta! The Unquiet Dead nos apresentou a tendência do Doctor de nos apresentar a importantes figuras histórias, dessa vez Charles Dickens… um ótimo episódio, que de certa maneira colocou Rose para pensar a respeito de tudo o que estava acontecendo.
Aliens of London e World War Three foi o arco com os Slitheen, não é o forte da temporada, embora seja icônico. Mas muito melhor foi o episódio que se seguiu, Dalek, onde além de conhecermos os vilões pela primeira vez, também vemos essa nova faceta do Doctor que Eccleston ainda não tinha apresentado tão bem: quase sanguinário, buscando por vingança, está disposto até a arriscar a vida de Rose para garantir que um Dalek esteja morto no fim do episódio. Totalmente diferente de tudo o que já tínhamos visto, foi aqui, talvez, que nos apaixonamos verdadeiramente pelo Doctor, por vermos suas fraquezas, seus medos… um episódio importantíssimo!
The Long Game foi interessante, mas eu deixaria o Satellite 5 de fora dessa review se não fosse pelo maravilhoso Season Finale que retoma esse arco. Mas Father’s Day sim foi um ótimo episódio! Em tratando-se de viagem no tempo, é lógico que algo assim devia acontecer… e Rose retorna ao dia da morte de seu pai e impede sua morte – o que isola todas as pessoas ali enquanto a fenda temporal se abre para cicatrizar o grande erro. É ótimo ver Rose como bebê, ver sua relação tanto com pai quanto com mãe, ver as conseqüências com se mexer com o tempo, e tudo isso… simplesmente incrível, o episódio consegue nos comover em quase toda sua extensão, apresenta efeitos maravilhosos, admirável.
ARE YOU MY MUMMY?
Aqui eu piro, desculpem-me se falar demais.
Mas NOSSA!
Acredito que o nono e o décimo episódio, o ciclo começado por The Empty Child, são provavelmente os melhores dessa primeira temporada! Além de ser bastante creepy e um tanto assustador (crianças, sabem como é…), também teve todo o clima da Segunda Guerra Mundial em 1941, com os bombardeios alemães sobre Londres, a chegada de Jack Harkness, Rose citando Spock o tempo todo, e contando a Jack que o nome do Doctor é “Spock” – os Agentes do Tempo. “What was I supposed to say? You don’t have a name. Don’t you ever get tired of the Doctor? Doctor Who?” foi a primeira vez que a frase foi usada dessa maneira num episódio. DOCTOR WHO? Yey! \o/ Além das máscaras de gás que se tornam parte do corpo dos “humanos”, a frase que tanto me lembra o David Tennant… oh coisa fofa! Como é assustador e horrível assistir àquilo, huh? Aquelas crianças com as frases prontas, Jamie indo até Nancy: “Are you my mummy? Mummy? Mummy?”.
Isso fica na sua cabeça para sempre, e depois disso é impossível ver uma máscara de gás, em qualquer tipo de filme, e não se lembrar das frases: “Are you my mummy?”, e quase esperamos ver referência a isso o tempo todo, na verdade. O segundo episódio, The Doctor Dances já apresenta Jack como parte da equipe, continua sendo algo forte e interessante, a frase ecoa em nossa cabeça, e o final é surpreendente. Ah, e quer saber uma coisa que eu aprendi com Doctor Who? BANANAS ARE GOOD!
Boom Town… amei, novamente, pela fenda temporal. Mas também acho que esse episódio com os Slitheen foi totalmente diferente dos anteriores! Foi outro estilo… mais sombrio, mais triste, mais filosófico… muito mais político e melancólico. Amei a abordagem diferenciada.
E Jack, Rose e o Doctor funcionam tão perfeitamente juntos! Devia ser todos os episódios assim! E é verdade mesmo, não tem como não se apaixonar por Jack… ele é tão incrível que faz toda a diferença. Ótimo assisti-lo, em qualquer situação. Simplesmente encantado com a maneira como Jack, Rose e o Doctor e mesmo com Mickey funcionam tão perfeitamente! Porque eles conseguem ser engraçados e sérios ao mesmo tempo, eu me diverti à beça!
Bad Wolf! \o/
Satellite 5 à Game Station – foi ótimo, huh? Essas estranhas versões futurísticas de reality shows como Big Brother (e O Elo Mais Fraco) muito mais sádicos, mistura com Saw e a recorrência de “Bad Wolf” aumentando assustadoramente. Foi uma irônica twisted-clever view desses jogos, não foi? (foi difícil traduzir isso na minha cabeça, foi o conceito que eu criei!) Muito interessante, o roteiro se desenvolveu de maneira ascendente e inteligentíssima, nos envolveu, foi simplesmente perfeito… até ver os Daleks, sempre os melhores, incomparáveis, perfeitos! Amei tudo isso, amei ver tantos deles, tão bons e tão novos: “Ex-ter-mi-na-te” \o/ Icônico.
E para terminar temos The Parting of the Ways – ESPETACULAR! Ótimo o que o Doctor fez de mandar Rose embora, e a maneira como ela reage, e o mistério do Bad Wolf que continua. E agora o Doctor assume novamente sua forma mais maníaca, arriscando todo o Planeta Terra pela destruição de todos os Daleks, afinal são eles os seus piores inimigos, novamente citação à Time War. E foi emocionante… quem é que não chorou ou ao menos teve os olhos cheios de lágrimas ao ver o Doctor falando com Rose (foi chocante e forte vê-la com aquela luz nos olhos!), o beijo, a despedida… a regeneração, agora, parece assustadoramente rápida, mas ainda assim é uma cena marcante… e David Tennant aparece por cinco segundos do episódio, mas já é encantador…
A trilha sonora também é fascinante! É ótimo, mesmo que por vezes clichê ou exagerado, ver os quatro (Jack, Doctor, Rose e Mickey) andando, por exemplo, com aquela música tão forte de fundo. incrível, maravilhoso! Porque parte do que nos lembramos de Doctor Who é a abertura icônica, é o som da TARDIS quando ela está chegando ou partindo de um lugar… sempre forte e marcante!
A primeira temporada foi incrível, e foi muito bom ter Christopher Eccleston interpretando o Doctor. Para quem não vê um episódio mais antigo há algum tempo, eu deixo essa dica a vocês, porque vale muito a pena! Essa maratona de Doctor Who me fez relembrar muita coisa, e eu fiquei contentíssimo! Uma experiência única e renovador, Doctor Who é sempre algo marcante e delicioso… e você? O que acha do Doctor de Eccleston? E qual seu episódio/arco favorito nesse primeiro ano? Até mais…

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