Fame… “Eu posso bem mais!”

Ótimo musical; tive a oportunidade de assisti-lo na sexta-feira retrasada, dia 08 de junho, e fiquei apaixonado! E muito surpreso com o teatro em si… tudo estava tão lindo (a decoração referente a Fame) que eu tive que tirar várias fotos… e o elenco já lançou o CD, desde o comecinho… não estava sabendo dessa informação, mas meu CD, certamente, está aqui do meu lado nesse momento.

A peça fala sobre um grupo de jovens entrando para a New York High School of Performing Arts, uma escola para desenvolver seus talentos artísticos, e nos quais eles terão que enfrentar uma variedade de desafios, muita pressão, enquanto tentam trilhar o caminho rumo a fama. O musical mostra a esperança e as ambições do grupo, tão distinto. Cada um com seu próprio estilo, os sonhos até podem ter algo em comum, mas os rumos que cada um segue para atingi-lo nem sempre são os mesmos…

A peça começa emocionante, com Sim, Sim, Sim… e embora eu já tivesse lido a letra, nem fiz a devida associação à aceitação na escola; gostei bastante do início, extremamente emocionante, calmo, com todo o elenco espalhado pelo palco… e depois tudo fica muito eletrizante com Eu Posso Bem Mais… a alegria no rosto de cada um deles, o amor com que a dança é executada… tudo encanta, fascina! É vivo, eletrizante, verdadeiro… e nos coloca nesse clima de sonhos artísticos, nesse mundo repleto de gente talentosa, nessa alegria e esperança adolescente…

E eu gosto particularmente de como, já de cara, a peça começa a se dividir em seus subnúcleos, com teatro, dança e música – cada um dos professores atestando que essa matéria é um “Trabalho que exige muito mais. Bem mais!”. E a partir daí a peça começa a trabalhar com cada um dos personagens, alternando-os, enquanto seus interesses vão ficando mais claros e suas tentativas de alcançar a fama mais evidentes. Em cada parte, um personagem diferente, representando pessoas diferentes… associe-se!

E as danças, independentemente de divisões, são perfeitas! As coreografias são muito intensas, grandes números apenas de dança (tanto no núcleo de dança quanto fora dele, em cenas de todo o elenco, por exemplo na cena inicial e o no fim do primeiro ato, com Eu Posso Bem Mais) que realmente impressionam… e a vibração, talento e simpatia de toda a produção… a intensidade das coreografias, a maneira como se cantava, os figurinos belos, típicos e cabíveis, os cenários que se moviam tanto e davam a sensação de grandiosidade (como em Hair, com as escadas e plataformas), formando coisas inesperadas… estilo Grease, não achou ?

Me dispersei…

Considero esse um musical um tanto mais leve, mais tranqüilo… ótimo para quem está entrando no universo dos musicais agora; tem uma certa inocência deliciosa, mas não deixa de lado os assuntos característicos da adolescência, e as piadas são maliciosas, o linguajar condiz para que tudo pareça real… gosto do universo “escola” que é criado, e mesmo que os atores sejam mais velhos do que eu, e que os personagens sejam pouca coisa mais novos do que eu, acho que Fame consegue resgatar alguns momentos nossos… eu fiz uma viagem no tempo, e relembrei de minha história. Maravilhoso. E ao mesmo tempo em que é doce e atrevido, consegue ser melancólico…

Só eu que acho Meu Futuro Vai Brilhar extremamente triste?

É tanto personagem junto, tanta história, que a vastidão, a profundidade são tantas que acaba parecendo que tudo foi vago. Na verdade, temos bem menos tempo com os personagens do que gostaríamos. Mas apenas porque a peça tem um tempo limitado para acontecer, e a história de Fame busca abarcar ângulos distintos dessa busca pela fama, desse suor que envolve todo o estudo prévio… e a peça faz isso muito bem, você entende a proposta de cada personagem, e passa a gostar tanto dele a ponto de não querer que ele saia de cena quando está tendo uma cena tão boa…

Associação. Essa é uma ótima palavra. Em Fame, você vai acabar se identificando com algum dos personagens. Vários estilos estão tão bem representados que é bastante difícil você não ser um dos personagens. E isso de você se parecer com eles o traz mais para perto desse mundo, desse musical, e você quer mais é contar para o mundo que isso merece ser assistido. Quem é você em Fame? Eu seria um Schlomo com um pouquinho de Nick… um pouquinho de Nick sim, porque não conseguia deixar de me ver em algumas de suas características… mas sou muito mais Schlomo que qualquer outro…

É sobre sonhar. Sobre pensar no futuro. Sobre viver. Sobre ser adolescente, ser jovem. É viver, é estudar, é se ferrar com a pressão… é ter identidade própria, ser marginalizado, encontrar seu lugar… uma peça incrível, perfeita. Saí com uma energia realmente boa dentro de mim, me sentindo muito melhor do que quando entrei… apesar de que a música que encerra (antes da Curtain Call) é bastante melancólica e eu quase chorei… mas por saber que algo tão bom estava chegando ao fim… me apaixonei pelos personagens, pelos temas, pelas músicas, pelas danças… tudo muito máximo, vocês deveriam assistir!

A peça está em cartaz desde o dia 12 de Maio no Teatro Frei Caneca, em São Paulo – SP; de quinta a domingo (com duas sessões no sábado); quem tiver a oportunidade, eu realmente recomendo! E não deixem de comprar o CD na lojinha, afinal essa é uma das melhores recordações que vocês podem levar do musical… vale muito a pena, confiram! :D

Clique em “ler a matéria na íntegra” para ver um cronograma completo da nova seção do blog, Fame, o Musical (da qual essa é a segunda postagem).

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19 de Junho – Nova seção no blog! – Fame, o Musical

26 de Junho – Fame… “Eu posso bem mais!”

03 de Julho – “Trabalho que exige muitomais. Bem mais!”

10 de Julho – “Eu sou mais eu… e ofuturo é meu!”
17 de Julho – Fame… “Eu vou viver para sempre!”

24 de Julho – “Eu vou fazer sonhos…” – Nick Piazza
31 de Julho – “Como a Meryl Streep…” – Serena Katz

07 de Agosto – “Eu vou ser alguém…” – Carmen Diaz

14 de Agosto – “Eu quero… eu quero agitar!” – Joe Vegas

21 de Agosto – “Tira a comida… de perto de vez de mim!” – Mabel Washington

28 de Agosto – “Danço na calçada…” – Tyrone Jackson

04 de Setembro – “Vocês levarão seus corpos ao limite” – Iris Kelly

11 de Setembro – “Que bom. Pelo menos um de nós é” – Schlomo Metzembaum

18 de Setembro – Argumento das Professoras

25 de Setembro – O meu futuro vai brilhar…