A Culpa é das Estrelas


“Okay, Hazel Grace?” “Okay”
MARAVILHOSO! Com vergonha eu admito que ainda não li o livro homônimo de John Green, e graças à estréia do filme ele está em falta em qualquer loja do shopping… mas o filme analisado isoladamente é uma obra de arte belíssima que nos leva às lágrimas. O filme é muito direto e muito bonito, convincente em todos seus momentos, com ótimas interpretações que nos fazem suspirar, rir, aplaudir, e chorar… chorar, chorar, chorar. Conferir o filme no cinema é uma experiência e tanto, com reações palpáveis de todos os espectadores, e depois um grupo de pessoas de olhos inchados e narizes vermelhos andando e se cruzando no cinema, sem conseguir olhar um para o outro.
A Culpa é das Estrelas conta a história de Hazel, uma garota que foi diagnosticada com câncer aos 13 anos, e agora leva uma vida o mais normal possível, mesmo com aparelhos que a ajudem na respiração. Quando parece que ela está sucumbindo à depressão, um efeito colateral não do câncer especificamente, mas do fato de ela saber que está morrendo, ela vai, quase forçada, a um grupo de apoio e conhece Augustus. E me digam: teria como não se apaixonar pelo Augustus? Todas as cenas, desde a primeiríssima quando eles se esbarram no corredor, são belíssimas e fofas. É tudo tão convincente e tão bonito que não tem como não amar.
Os sorrisos desses dois!
E não importa o que você pode pensar sem conhecer a história, não é um romance qualquer, um amor bonito como tantas vezes vimos. É LINDO, é lindo sim, mas tem tanto mais – o filme é de Hazel e Augustus, mas o amor deles se desenvolve de maneira tão bonita por todo o contexto no qual se conhecem, o que um representa para o outro, e em como eles se sentem semelhantes por suas “fraquezas”. Desse modo, o companheirismo e amizade, acima de tudo, que esses dois compartilham já é perfeitamente emocionante. O tipo de amor que todos sonham encontrar na vida, o tipo de coisa que nos faz sorrir e eleva nosso espírito, e então o filme brinca conosco.
E desatamos a chorar.
Parte da sinopse do filme deve conter: você vai chorar. E acho que todos que vão assistir A Culpa é das Estrelas sabem disso, mas não sabemos exatamente como. E é emocionante. Como eu disse, é bonito ver como eles se aproximam depressa, como eles trocam livros, e como o livro dela se torna tão importante a ponto de ele organizar uma viagem a Amsterdã – que teria sido decepcionante se não fosse por eles terem passado tão bons momentos juntos, e por aquela declaração de amor mais linda que ele fez no restaurante, que nos fez querer ter um Augustus em nossas vidas… fiquei completamente apaixonado pelo sorriso de Ansel Elgort, e pela interpretação terna e verdadeira de Shailene Woodley.
Não pense também que é uma sequência de cenas tristes e o filme só se baseia nisso. Como temos a doença de Hazel Grace desde o começo do filme, e o fato de Augustus não ter uma perna, isso já é parte do esqueleto do filme – e eu amo o senso de humor desses personagens, a maneira como Gus fala, e como consegue ser sedutor e convincente, sempre com muita intensidade. Como eles se aproximam, como ela espera um telefonema, as mensagens de texto trocadas que acompanhamos, e os pensamentos bem sarcásticos de Hazel o tempo todo. Antes de qualquer coisa esses dois personagens nos conquistam, e passamos a amá-los incondicionalmente, e torcer por um romance tão terno e “simples”. Exultamos com o primeiro LINDO beijo deles em Amsterdã…
Depois de terem sido irmãos em Divergente (esse mundo, huh?), os atores encarnaram seus personagens e interpretaram belissimamente, nos emocionando a cada cena – tivemos momentos engraçados e fofos que vão ficar para sempre na memória, como Isaac jogando ovos no carro da Mônica, ou aquela cena do avião (“We’re just friends!” “Oh no, she is. I’m not”), mas o que mais nos marcará, claro, são as cenas emocionantes. De um momento em diante você começa a chorar e não para mais, apenas em pequenos momentos para pegar fôlego, mas são bem raros… o filme nos comove, e não quero estragar o final para quem ainda não leu o livro, mas é muito bonito. Você vai sofrer e querer desesperadamente abraçar uma almofada com um telefonema, com um funeral de mentira, e com uma última carta.
Que foi a gota d’água.
Mas mais do que triste, é bonito. E parece tão verdadeiro que mexe conosco!
Vá ao cinema! Mesmo, tendo lido o livro ou não… a experiência é sublime e parece que lava nossas almas (deve ser a quantidade de lágrimas). Você sai do cinema melancólico sem querer falar com ninguém (não vou mentir), mas ainda assim é uma sensação muito boa, e a memória é inexplicável – esses garotos inteligentes, amáveis e apaixonantes. Com suas maneiras carinhosas de chamarem um ao outro… Gus ou Hazel Grace. Quem diria que um nome “completo” seria tão fofo e romântico, ou que uma explicação de matemática fosse tão profunda ou ainda que um simples “ok” fosse ao mesmo tempo tão bonito e tão sofrido? Belíssimo filme, agora vou ler o livro!
A dor precisa ser sentida. A Culpa é das Estrelas também!

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