Clipe “Kally’s Mashup”: STILL (Dueto Dante e Kally)

“Inside I still believe”

Eu acho totalmente impossível torcer por Dante e Kally a essa altura de “Kally’s Mashup”, e acho que quem está fazendo isso ou é jovem demais para entender a gravidade das coisas que Dante fez e como trata a Kally, ou então já normalizou demais a ideia de um relacionamento abusivo e tá achando tudo bonito… para mim, não dá. Dante teve grandes atitudes falhas, como trair Kally com “Catching Fire” e deixar que Santoyo fizesse o que fez, usando uma música composta por Kally sem a autorização dela e, ainda por cima, com outra atriz fazendo o seu papel, mas eu nem acho mais que tenha sido aí o grande problema – eu entendo parte da imaturidade, eu entendo as dificuldades que um relacionamento nessa idade (em qualquer uma, na verdade) implicam, mas eu fico profundamente incomodado com as pequenas atitudes de Dante, aquelas que muitas vezes todo mundo ignora.

Dante continua machucando Kally, continuamente… e a gente não pode romantizar isso!

A última de Dante é duvidar de Kally e ter a cara-de-pau de chegar a ir falar com ela para perguntar se ela já estava apaixonada por Pablo quando eles estavam juntos e por isso terminou com ele… a acusação aqui é clara e revoltante, e o pior é o machismo que a guia, porque Dante quer poder dizer a todos que, no fim, ele tinha razão e não fez nada de errado; ele quer tirar de suas costas a culpa pelo término do namoro e dizer que quem sempre quis terminar com ele é a Kally porque estava apaixonada por outro… sério, sabe o que as pessoas falam de “boy lixo”? Então… Kally diz que não, que não estava apaixonada por Pablo e que não está agora, mas ela completa dizendo que achou mesmo que ela e Dante podiam ser amigos, mas ele a desapontou ainda mais e, depois disso, ela percebeu que não consegue… eles não podem mais nem ser amigos.

E a Kally estava certíssima.

Dante segura as mãos dela, tenta implorar para que o perdoe, o que é muito fácil depois do que acabou de fazer: ele vai sempre continuar fazendo as mesmas coisas (porque o Dante nem se esforça em errar de maneiras diferentes, ele segue cometendo, até o último capítulo, os mesmos erros) e pedindo desculpas depois, achando que isso é o suficiente e o fará ser um bom moço. Mais tarde, Tina diz a Dante que ele passou dos limites dessa vez, e ele pede a sua ajuda para fazer algo para que Kally o perdoe, e tudo o que Tina tem a dizer é: “Depois do que pensou sobre ela? Como se não a conhecesse? Não adianta, não conta comigo!” O QUE EU ADOREI POR PARTE DA TINA! Mas o roteiro e a direção têm uma mania de tentar nos convencer de que ele é o mocinho arrependido, fazendo uma surpresa para Kally com seu bom coração e blá blá blá… foi difícil.

Então, a surpresa que ele faz para Kally, como se isso resolvesse alguma coisa, é uma nova versão de “Still”, com as vozes dos dois, e um pedido de desculpas meloso e clichê por “qualquer coisa que tenha dito e a ofendeu”, como se ele não soubesse exatamente tudo o que fez… e a Kally também é brega e deplorável por cair em um joguinho tão simples desse. Fica toda emocionada, com um sorriso bobo na cara… mas o Dante continua SEMPRE me irritando. Logo depois, ele a encontra no corredor e impõe sua presença mais uma vez, insiste numa conversa, quer que ela diga algo – ELE AINDA NÃO ENTENDEU QUE TEM QUE DAR A ELA TEMPO E ESPAÇO. Ele se impõe, ele espera resposta como se ela tivesse a obrigação de dá-la, e essa pressão psicológica é assombrosa e romantizada… ele pede que voltem do início e que voltem a ser amigos…

E ela topa.

E eu aceitei, fazer o quê? Sabia que seria assim… mas que me dá gastura, dá.

 


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