Power Rangers RPM – Fade to Black
“Do I get
to pick my own color?”
Okay, então
Dillon é o protagonista da temporada, certo? Eu estou fascinado com o clima de novidade apresentado nesse início de “Power Rangers RPM”, não apenas em
relação à trama e ambientação, mas à própria maneira de conduzir a narrativa – “Fade to Black”, segundo episódio da
temporada e também exibido em 07 de março de 2009, segue trazendo uma abordagem
externa da equipe de Power Rangers,
uma perspectiva que só deve se alterar a partir do momento em que Dillon se
juntar oficialmente a eles, como o Ranger Preto da temporada, e está sendo bem
legal acompanhar a construção desse personagem, desde a estreia… se o
encontramos do lado de fora da redoma e com poucas memórias, no primeiro
episódio, aqui é o momento de conhecer
mais do Dillon.
No fim do
episódio passado, finalmente dentro da redoma da Cidade de Corinth, Dillon e
Ziggy foram os avatares do público, presenciando a primeira batalha dos Power Rangers RPM. E, durante a primeira
parte do episódio, acompanhamos a batalha, mas sempre com a sensação de que estamos do lado de fora. Como ainda não
tivemos a oportunidade de conhecer mais dos personagens de Scott, Summer e
Flynn, e eles já são uma equipe estabelecida há algum tempo dentro do salto
temporal de um ano do primeiro episódio, é como ver a luta de super-heróis do
ponto de vista dos civis… é uma escolha narrativa interessante, embora pareça
“distante” em um primeiro momento, porque nós estamos acompanhando de verdade o Dillon, e é através dele que vamos conhecer tudo.
Tanto é que
a audiência é convidada a “fazer parte da ação” e se sente mais envolvida
quando Dillon tem alguma participação, ajudando a Ranger Amarela e a salvando
de uma emboscada de Venjix. Toda a ação protagonizada pelos Power Rangers,
portanto, não é a melhor parte do
episódio, nem mesmo quando eles estão lá exibindo seus poderes, suas armas
e precisam usar os zords pela primeira vez para enfrentar um monstro gigante…
inclusive, apesar de estar amando a temporada, preciso dizer que eu não gostei do visual do Megazord, e
sinto que ele destoa muitíssimo do tom mais
maduro que se tentou dar a “Power
Rangers RPM”, mas não é um problema gigantesco que dificulte o envolvimento
com a história, e eventualmente eu vou me acostumar.
Depois da
ameaça detida e a cidade segura novamente, é
que que sinto que o episódio começa de verdade… e está sendo muito bom
acompanhar o Dillon! Ele e Ziggy são levados para a cadeia, especialmente
porque eles descobrem que Dillon tem partes
mecânicas – o que o torna metade humano metade máquina e, portanto, eles
não sabem se podem confiar nele… ele poderia ser um infiltrado de Venjix, quem
sabe? Na verdade, sinto que ainda teremos coisas muito interessantes a explorar
a partir dessa história, porque não é à toa que Dillon não tem memórias do seu
passado, de onde veio ou mesmo do seu nome verdadeiro – esse mistério deve
gerar um bom plot na temporada,
portanto é inegável que Dillon tem todas as características de um protagonista.
Enquanto
Dillon e Ziggy são interrogados separadamente (e o Ziggy tem aquele carisma e a
habilidade de falar sem parar que me
fez pensar um pouco em Bridge, de “Power
Rangers S.P.D.”), Summer tenta convencer os seus companheiros de equipe que
talvez Dillon seja justamente de quem eles precisam na equipe… afinal de
contas, parece que as próximas ameaças são maiores do que eles podem enfrentar
com o que já têm, e nenhum humano pode suportar todo o poder do Ranger Preto – mas e alguém que é metade humano e metade
máquina? Me parece que Dillon é suficientemente humano para ser confiável
nessa missão, e é a mesma coisa que Summer acredita, pedindo autorização para
conversar com ele e falar sobre como não se importa com quem seu passado…
Mas com o que ele vai fazer de agora em
diante.
A melhor
sequência de ação de “Fade to Black”
não fica, portanto, para os Rangers morfados nem nenhuma cena reaproveitada de “Go-Onger”, mas para aquela cena
MARAVILHOSA do Dillon defendendo o Ziggy (embora ele faça pose de durão e não
queira admitir que ele estava defendendo
o Ziggy) de uns caras babacas na prisão que parecem ter “contas para
acertar” com ele. Gosto muito das lutas desmorfadas,
atualmente, e Dillon protagoniza uma cena realmente muito boa, com uma atitude tremenda, enfim dando a Summer material
o suficiente para que ela convença Flynn e Scott, o líder da equipe, a dar uma chance a Dillon… é justamente
de alguém como ele que eles estão precisando na equipe. E mal posso esperar para ver como ele se sairá!
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