Love is Better the Second Time Around – Final Episode

“Eu sempre vou estar do seu lado”

Eu vou sentir muita falta de Akihiro e Takashi: QUE SÉRIE DELICIOSA! Com apenas seis episódios, “Love is Better the Second Time Around” trouxe uma história lindíssima sobre dois homens que foram apaixonados um pelo outro na adolescência, mas o romance não deu certo naquela época – e, agora, eles têm uma nova chance. É interessante esse paralelo que a série faz entre os dois momentos do relacionamento deles, registrando a forma como o amadurecimento deles ao longo dos 14 anos em que estiveram separados é o que permite que os mesmos erros do passado não sejam cometidos mais uma vez, e eles vão encontrando uma forma de fazer com que funcione dessa vez… com paralelos lindos, emoção e romance, o Finale é uma maneira linda de se despedir dessa série!

No episódio passado, com é típico do gênero, algumas coisas não deram certo para Takashi e Akihiro, mas eu fico feliz por não ter sido nada tão absurdo, e nem realmente nenhum mal-entendido, tampouco. Na verdade, a separação temporária deles tem muito a ver com a insegurança de Akihiro, que está tendo dificuldade para se entregar inteiramente a esse romance porque não quer sofrer como sofreu há 14 anos, quando ele e Takashi planejaram fugir juntos, e também porque ele sente que Takashi não o está realmente “tornando parte de sua vida”, como se ele ainda o deixasse de fora de coisas que realmente importam, e ele não quer que Takashi esconda nenhuma parte de si mesmo… seus medos, suas inseguranças, suas vulnerabilidades…

Tudo é parte de quem ele é.

Akihiro decide, então, buscar Takashi: as coisas não podem simplesmente acabar dessa maneira. Ele não o encontra em casa, no entanto, aonde ele consegue entrar porque tem uma chave que lhe foi dada quando Takashi o convidou para morar com ele, e Takashi tampouco está no escritório – curiosamente, é o seu assistente quem acaba se rendendo, reconhecendo como Takashi e Akihiro se amam e ajudando Akihiro, contando onde ele está: ele foi para casa, para resolver “um problema de família”. Então, Akihiro resolve ir até lá também: de uma maneira ou de outra, ele precisa conversar com Takashi. E é muito bonito como “Love is Better the Second Time Around” vai encaminhando tudo de volta para o lugar onde a história deles começou, há tanto tempo…

Takashi precisa lidar com toda a sua questão familiar, que é uma história triste. Kyosuke o leva de volta para que ele converse com a mãe, porque ela espere que ele aceite herdar a casa da família, mas tudo é um pouco absurdo, porque a “mãe” foi a pior pessoa do mundo quando Takashi lhe contou que gostava de garotos e quando descobriu que ele estava pensando em fugir com alguém… alguém que ela nunca soube quem é, no fim das contas. Eu só imagino todos os traumas que foram criados em Takashi por ter sido rejeitado e dado para a adoção (!) tudo porque ele era gay, e é doloroso demais ouvi-lo falar sobre como “aprendeu a esconder quem ele é para ser aceito e admirado”, e ver que a mãe não se arrepende de nada, e nunca lhe pede desculpas.

Mas, sinceramente? Takashi encontrou um novo lar, e vai construir uma família de verdade ao lado de Akihiro. É muito bonito o momento em que Akihiro chega à casa de Takashi, tem uma conversa breve e bastante esclarecedora com Kyosuke (que não é ruim, como pensamos que ele podia ser), e então vai conversar com o próprio Takashi – e também é muito simbólico que ele esteja disposto a conversar com a mãe dele, para que tudo seja esclarecido. Takashi nunca contou à mãe quem era o garoto com quem ele ia fugir na adolescência, porque não quis envolver Akihiro nessa história, mas, dessa vez, o próprio Akihiro se apresenta a ela como a pessoa com quem Takashi ia fugir há 14 anos, e é um grande gesto o fato de ele estar ali com ele e assumir o que sente.

Akihiro diz que sempre estará com ele.

As cenas finais são lindas e emocionantes. Takashi e Akihiro trilharam um bonito caminho para chegarem aonde estão; agora, eles querem estar juntos e não há quem possa impedir isso. Nada mudou de verdade em relação à família de Takashi, mas algo foi tirado das costas deles, e eles têm um ao outro… adorei todo o diálogo dos dois deitados na beira do lago, como deitaram na adolescência quando se beijaram pela primeira vez, e eles se beijam novamente agora, representando esses dois momentos da vida deles. E se eles não fugiram juntos daquela vez, dessa vez eles vão embora juntos dali – talvez eles só estejam indo embora de volta para Tóquio, é verdade, mas ainda assim é simbólico demais vê-los partirem juntos naquele trem da cidade em que tudo começou.

Que série linda. Deixará saudades!

 

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