Glee 3x13 – Heart

“A love shack, baby”

Exibido originalmente em 14 de fevereiro de 2012, “Heart” é o décimo terceiro episódio da terceira temporada de “Glee” e, como o título e a data sugerem, é UM EPISÓDIO ESPECIAL DE DIA DOS NAMORADOS! Romântico, divertido, cheio de bons números musicais e com algumas surpresas. Com todo o dinheiro que tem, Sugar resolve fechar o Breadstix no Dia dos Namorados para uma festa privada para a qual todos os membros do New Directions estão convidados, mas existe uma condição: eles precisam ir acompanhados, solteiros não entram. Isso acaba gerando uma divertida “competição” entre Artie e Rory, enquanto todos os demais pares já estão bastante definidos, na verdade, e têm outras histórias para protagonizar… Santana, por exemplo, brilha!

E quando ela não brilha?!

A competição de Artie e Rory para ver quem vai levar Sugar para a própria festa é, talvez, a parte menos importante do episódio, mas é um bom tom de leveza que nos arranca sorrisos e tem bons números musicais. Vemos Tina e Mike se apresentarem com “L-O-V-E-“, tão apaixonados quanto sempre, enquanto Artie e Rory se empenham em uma competição quase infantil, por exemplo… e essa competição eventualmente envolve música. Sugar fica bem impressionada com “Let Me Love You”, mas Rory é muito inteligente quando inventa toda uma história de que seu visto não foi renovado e ele vai ter que voltar embora (“Maybe my dad can buy Ireland!”) e canta a emotiva “Home”, do Michael Bublé, e então ele “conquista” a Sugar.

Rachel e Finn, por sua vez, seguem com a história de casamento, por mais que seja um grande absurdo… quando eles anunciam para o restante do glee club, as reações são mais frias do que eles esperavam, e Quinn e Kurt são os mais sensatos de todo o grupo. Mas Rachel e Finn estão determinados, e eles acreditam ter o apoio da família, muito embora LeRoy e Hiram, os pais de Rachel, estejam na verdade com um plano de colocar os dois para conviverem durante uma noite como se fossem casados para mostrar para eles que não é tão fácil assim… inicialmente, eles têm algumas discussões que fazem com que eles achem que o plano está funcionando, mas eventualmente o tiro sai pela culatra porque eles resolvem marcar uma data para o casamento, para “ter tempo de se acostumar”.

Será em maio, logo após as Nacionais. Supostamente.

Se coisas realmente boas saíram dessa trama, essas coisas certamente foram as músicas… tivemos “You’re the Top”, de “Anything Goes”, interpretada por Rachel Berry e seus dois pais em volta do piano, por exemplo, e uma música que o Finn encomendou para a Rachel durante um intervalo da escola. A apresentação do “Esquadrão de Deus” é a estreia musical de Joe em “Glee”, e nos apaixonamos por sua voz desde os primeiros versos de “Stereo Hearts”: EU AMO ESSA APRESENTAÇÃO!!! E, é claro, essa história vai de encontro com a de Santana e Brittany, quando Santana pergunta, ao fim da apresentação, se eles são um grupo cristão que se apresenta para quem ela quiser desde que ela pague: e se ela pedir que eles cantem para a sua namorada, Brittany?

Gosto de como “Glee” expõe hipocrisias. Santana está furiosa porque o Diretor Figgins a chamou para adverti-la a respeito de “demonstrações de afeto em público” entre ela e a Santana, isso por causa de um selinho inocente enquanto casais heterossexuais estão se beijando loucamente nos corredores sem que ninguém diga absolutamente nada… e não é bem assim no mundo real? Quem é LGBTQIA+ sabe. Essa cena e a “encomenda” de uma música de Santana para o grupo formado por Joe, Sam, Mercedes e Quinn rende uma cena maravilhosa de discussão do Esquadrão de Deus, que é certamente a minha cena FAVORITA do episódio inteiro. A maneira como a cena dança lindamente entre a comédia e a seriedade e faz críticas maravilhosas!

O diálogo flui com perfeição… amo como quando Joe diz que “nunca conheceu alguém que fosse gay”, Quinn responde que “pode garantir que ele já conheceu sim”, mas essa é apenas a introdução da conversa. Eu amo a estatística de Mercedes sobre como 1 em cada 10 pessoas é gay (certamente é muito mais do que isso) e a conclusão de que um dos apóstolos devia ser gay (eles concluem que era Simão), mas apesar das piadas, Quinn é quem traz os melhores dados para refutar preconceitos, falando de outras coisas que a Bíblia “abomina” (como usar tecidos diferentes ou expressar elogios) e coisas que a Bíblia não abomina (como a escravidão). Sério, É UM TEXTO EXCELENTE. Quinn expõe hipocrisias, fala com clareza e fala sobre o que é ser cristão.

MARAVILHOSA!

Para celebrar o dia dos namorados, depois do momento que compartilharam em “Human Nature”, Sam dá um presente de Dia dos Namorados para Mercedes, mas ela infelizmente precisa dispensá-lo… ela diz que contou sobre eles para Shane, mas ela se sente péssima pelo que fez com ele: ela traiu Shane e, agora, toda vez que estiver com Sam ela vai ser lembrada disso e da culpa que sente. Depois de dizer a Sam que, portanto, eles não podem estar juntos, Mercedes entrega uma performance impecável de “I Will Always Love You”, repleta de sentimento e emoção! A música é incrível por si só, os vocais de Mercedes são de tirar o fôlego, e a emoção dela refletindo nas reações do Sam (mais lindo do que nunca, por sinal) deixam a cena memorável.

Kurt, por sua vez, está recebendo misteriosas mensagens de um admirador segredo que ele acredita ser o Blaine, tentando fazer uma surpresa para o Dia dos Namorados já que ele está ausente em recuperação… mas não é o Blaine, como o Kurt descobre eventualmente no Breadstix: é o Karofsky. A trama do Karofsky se dizendo apaixonado por Kurt é algo que, na minha cabeça, faz completo sentido, apesar de tudo o que Karofsky fez o Kurt sofrer na primeira temporada. Eu não estou dizendo que torço por eles juntos nem nada, mas eu entendo o Karofsky se apaixonar por ele (ou ficar confuso e acreditar que está apaixonado) porque o Kurt foi legal com ele mesmo depois de tudo, e em parte Karofsky inveja a sua confiança e como está bem com sua própria sexualidade…

Envolve admiração, sabe? Mas é impossível, naturalmente. E Kurt diz isso.

Da maneira mais cuidadosa possível, mas Karofsky ainda sofre.

Por fim, chegamos à celebração do Dia dos Namorados no Breadstix, patrocinada por Sugar (pelo pai dela, na verdade), e temos dois bons números musicais aqui. O primeiro é um mash-up de “Cherish”, de The Association, e “Cherish”, da Madonna, que é uma música interpretada pelo Esquadrão de Deus para Brittany, como uma declaração de amor encomendada por Santana, e ficamos contentes por eles terem chegado à única conclusão possível. Depois, temos o aguardado retorno de Blaine, que volta com direito a um anúncio espalhafatoso de Sugar e muita pompa, e ele lidera a última apresentação musical do episódio, “Love Shack”, que tem uma energia DELICIOSA que eu amo. Bem-vindo de volta, Blaine! Bem a tempo das Regionais!

 

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