Universos Paralelos (Parallèles) 1x05 – Un plan simple

Teoria do Multiverso de Everett.

Antes de falar qualquer coisa sobre esse episódio, eu preciso dizer: EU AMO A SOFIA! Sério, além de ela ser um máximo em tudo o que faz e ter a relação familiar mais bonita com o filho (sempre muito fofo acompanhá-la com o Bilal!), olha a dicção e a inteligência dessa mulher! Aquela cena da Sofia desenhando no vidro para explicar a teoria do Multiverso de Everett é, possivelmente, a melhor cena de “Parallèles” até o momento, e eu queria continuar a ouvindo falar para sempre… adorei o fato de a série ser bem didática naquela sequência, explicando de maneira resumida os conceitos básicos do que está acontecendo graças aos experimentos da ERN com o acelerador de partículas, mas eu poderia sentar-me em uma sala de faculdade e escutar uma palestra todinha da Sofia explicando aquelas teorias em francês – não que eu entenda o francês sem legenda, mas ainda assim.

QUE CENA MARAVILHOSA.

“Un plan simple” começa com um corte brusco depois de Victor envelhecer Hervé para salvar Romane, mas sem ignorar as consequências daquela ação, que pegou todo mundo desprevenido. É complicado assistir ao Victor e perceber o quanto ele sofreu nesses quatro anos (e, na verdade, mesmo antes disso, sempre se sentindo inferior ao irmão e sendo tratado como tal pelos pais), mas, ao mesmo tempo, ter dificuldade em sentir empatia por ele, porque ele está bastante descontrolado e perigoso – era muito mais fácil sentir empatia pelo jovem Victor do que por esse. O clima entre os quatro amigos fica bastante pesado depois dos últimos acontecimentos, uma briga faz com que Sam traga à tona o dia em que Victor colocou fogo no quarto e como, embora tenha sido um “acidente”, ele tem que lidar com as consequências de seus atos…

Então, Victor vai embora, desaparece.

Enquanto isso, também acompanhamos algumas cenas mais leves, como a felicidade de Bilal ao descobrir, finalmente, quem é a sua esposa na realidade de onde veio: Romane. Já era de se esperar, mas o que me pegou desprevenido mesmo foi o fato de Bilal falar sobre isso com a Romane agora, talvez porque não conseguisse controlar sua felicidade ou não sei, mas a cena consegue ser bem fofa, à sua maneira, porque ela acaba se divertindo ao fazer perguntas sobre essa Romane do futuro que se casou com Bilal, mesmo que ele se lembre de pouquíssimas coisas para compartilhar. Sam, por sua vez, parece se sentir excluído ao perceber essa “conexão” de Bilal e Romane, e Romane tem uma conversa bastante legal e madura com ele também, na qual fala sobre como era louca por ele, há quatro anos… mas a verdade é que tanta coisa mudou para ela nesse tempo.

A melhor parte do episódio fica, é claro, para Sofia. Depois de realizar testes, ela consegue uma mensagem da Sofia de 15 anos no futuro – e foi bem bacana acompanhá-la assistir àquele vídeo, em uma espécie de “diálogo” consigo mesma, enquanto assistimos a como as coisas aconteceram da primeira vez, se Sofia seguisse os planos que eles tinham naquele momento… resumidamente, nada dava muito certo. Aparentemente, Sam e Victor têm alguma briga que faz com que Sam envelheça vários anos, e quando Sofia reúne os quatro no bunker, se concretiza aquilo que ela dissera no último episódio, sobre a imprevisibilidade desse plano e como não podem contar com o acaso. Com o novo teste da ERN, Bilal e Romane voltam a ser quem eram no início da série, mas Victor desaparece e Sam acaba morrendo… durante 15 anos, a outra Sofia viveu com essa culpa.

Agora, ela tem a chance de partir para o Plano B.

Como comentei no início do texto, a melhor cena do episódio (e, quiçá, da série) é, disparado, a cena em que Sofia desenha no vidro e explica para todos a Teoria do Multivero de Everett, com uma ajudinha de Bilal, que é quem melhor entende o que a mãe está dizendo… particularmente, eu acho essa teoria fantástica, e parte de mim acredita nessa “divisão” do universo em realidades paralelas em pontos nos quais somos confrontados com decisões, embora seja estranho pensar no quanto isso gera ramificações infinitas – talvez exista algum outro Jefferson em alguma realidade paralela que não acredita em nada disso? Sofia é didática e complexa e, ao mesmo tempo, me parece muito apaixonada pelo que está dizendo e muito clara em sua explicação, pelo menos no que tange o que é mais amplo e mais essencial para se entender a série.

E eu adorei aquilo.

Sofia também explica sobre como e por quê as coisas no bunker não seguem as leis da física e, portanto, essa “interação” entre as realidades é possível, com o Universo brincando com o acaso… sabemos, pelo menos, de três realidades: uma na qual Sam ficou sozinho e os outros três desapareceram; outra na qual só sobraram Romane e Victor; e uma terceira, na qual Romane e Bilal sobraram, e é nessa que eles se casaram e, portanto, é dessa terceira realidade que vem o “Bilal do futuro”, e ele pode ser a chave para que eles façam a viagem no tempo dar certo dessa vez, e retornar todos para um minuto antes do primeiro experimento que causou a confusão lá no primeiro episódio… o Bilal de 30 anos estava no bunker, no futuro de sua própria realidade, justamente para tentar resolver tudo, e então ele retorna para lá. Agora, Sofia tem que ajudá-lo a recuperar a memória.

Esse quinto é episódio é, certamente, um dos melhores episódios da série. Amei, amei, amei.

Agora, resta apenas um… estou curioso pelo final! (Mas acredito que vai dar tudo certo)

 

Para mais postagens de Universos Paralelos (Parallèles), clique aqui.

 

Comentários