Stranger Things 4x06 – Chapter Six: The Dive

“Mordor it is”

Essa temporada é mesmo DO NÚCLEO DE HAWKINS. Apesar de trazer momentos incríveis para alguns dos meus personagens favoritos, como o Steve e o Dustin, “The Dive” é, provavelmente, o episódio de que menos gostei nessa temporada. Com o sétimo episódio sendo o último da “primeira parte” da temporada lançada pela Netflix, o sexto episódio sofre de algo que comumente assola meios de trilogias: a sensação de que as coisas estão enroladas. Não é uma grande crítica, e eu continuo achando que a quarta temporada de “Stranger Things” está ótima, mas “The Dive” não me empolgou como outros episódios, não teve uma grande sequência icônica que vá marcar a temporada como um todo, e dá a impressão de que não saímos muito do lugar… a não ser, é claro, pelos minutos finais, quando um novo portal para o Mundo Invertido é descoberto.

Mas exploraremos isso com calma no Mid-Season Finale.

O núcleo da Califórnia continua carismático, mas deslocado – como se eles não justificassem, de fato, sua necessidade… ainda assim, é legal acompanhar Will, Mike, Jonathan e Argyle, enquanto eles fazem de tudo para descobrir para onde Eleven foi levada e, quem sabe, conseguirem salvá-la… enquanto tentam desvendar as pistas que lhes foram deixadas, eles procuram a ajuda de ninguém menos que Suzie, a namorada à distância de Dustin – uma pena que o próprio Dustin não tenha podido estar ali com ela! Suzie é carismática, inteligente e exagerada, e ela rende um dos momentos mais bizarros e divertidos do episódio, com uma casa maluca e muito talento. Os meninos, no entanto, não contam exatamente para que precisam da sua ajuda, e ela nem sonha que está descobrindo para eles a localização de uma base secreta do governo ou alguma coisa assim.

Eleven, por sua vez, continua submetida a um tanque no qual é obrigada a reviver trechos do seu passado… de volta a 1979, ela vai aos poucos revivendo memórias traumáticas que foram bloqueadas por seu cérebro, supostamente porque isso “pode trazer os seus poderes de volta”. Ainda não é claro aonde o roteiro quer chegar com isso tudo, mas conseguimos presenciar momentos horríveis da vida de Eleven, vivendo em um laboratório, sendo tratada como uma cobaia, e ainda tendo que lidar com bullying pesado, um carma que ela teve que reencontrar, de alguma maneira, quando conheceu Angela, na Califórnia. As cenas são pesadas e revoltantes, e quase desejamos ver os poderes de Eleven aflorar para que ela possa se livrar de todos que lhe fazem mal… no entanto, parece que o roteiro quer que concluamos que ela foi a responsável por aquele massacre no laboratório.

E talvez não seja o caso.

Hawkins, por sua vez, se divide em dois núcleos: de um lado, o grupo liderado por Dustin, que quer encontrar e derrotar Vecna, para salvar Max e Eddie; de outro, o grupo incitado por Jason, que está em busca de vingança e louco para aceitar qualquer conspiração que lhes forem oferecidos. Depois da nova morte do episódio passado, no lago, Eddie não conseguiu se safar das acusações, e Jason passou a chamá-lo de “receptáculo de Satanás”, uma história na qual a polícia não parece acreditar o suficiente, mas que é o bastante para uma série de pessoas desesperadas que, se fosse hoje em dia, acreditariam em qualquer fake news de Whatsapp. Então, o Hellfire Club agora está sendo chamado de “culto”, e todos os envolvidos vão ser caçados como se fossem assassinos ou cúmplices de um assassino: Eddie. A tensão aumenta em Hawkins.

A parte mais legal, COMO EM TODA ESSA TEMPORADA, é o grupo formado por Dustin, Max, Lucas, Steve, Robin, Nancy e, agora, Eddie. Mais do que nunca, Eddie precisa fugir e se esconder, e o grupo corre contra o tempo sabendo que Vecna precisa ser derrotado de uma vez por todas, antes que mais mortes aconteçam… inclusive dentro do grupo. Em uma “reunião” interessante (a interação desses personagens é sempre impecável!) na Pedra da Caveira, eles juntam as informações que têm e descobrem onde Vecna está, do outro lado – afinal de contas, a hora em que a morte aconteceu no lago foi a hora em que o pico de energia aconteceu na casa de Victor Creel, estourando as lanternas no episódio anterior… agora, o grupo “só” precisa encontrar uma passagem até o Mundo Invertido e matar Vecna. É claro que eles não sabem, no entanto, nem onde tem uma passagem, nem como matar o Vecna.

O primeiro problema é resolvido por Dustin – incomodado com a direção da Pedra da Caveira e em uma disputa de “certo ou errado” que parece bem infantil com Steve, ele se dá conta do que tanto lhe está incomodando: o ponteiro da bússola. A indicação de um campo magnético indica a possibilidade de uma passagem para o Mundo Invertido… uma passagem que, dessa vez, fica no fundo do lago. Enquanto Lucas, Max e Dustin são deixados para trás (e terão que lidar com a polícia em busca do “assassino”, inclusive), os demais entram em um barco rumo ao centro do lago, em busca de onde a bússola fica ainda mais descontrolada, e esse deve ser o lugar onde eles poderão passar para o Mundo Invertido… e é o que Steve vai verificar. Uma pena a cena ser tão escura e não valorizar o Steve sem camisa – eu entendo perfeitamente a Max com aquele binóculo.

O mergulho de Steve de fato revela uma passagem para o Mundo Invertido – e então o episódio começa a construir uma tensão palpável para o último episódio dessa primeira parte… Steve volta nadando para contar aos demais sobre a passagem, mas ele acaba sendo capturado e arrastado até o Mundo Invertido sozinho – e foi desesperador vê-lo sendo atacado… eu realmente não estou preparado para ver o Steve morrer, e espero que ele possa sobreviver! A série perderia muito sem ele! Pelo menos, Steve teve tempo de voltar e falar da passagem, e os demais podem reagir quando o veem sendo puxado… preocupada, Nancy é a primeira a pular atrás dele, mas é seguida de perto por Robin, que pula também apesar dos protestos de Eddie de que isso não é sensato. Sozinho no barco, no entanto, ele não tem outra escolha a não ser pular também.

Vamos ver como o grupo se sai no Mundo Invertido!

 

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