“Where is Alex?”
Sayid é um
personagem intenso… no último episódio, o vimos “voltar” aos seus tempos como
soldado quando foi colocado para torturar Sawyer tentando tirar dele a
informação sobre
onde estavam as
bombinhas de asma de que Shannon precisava. Envergonhado do que fez, já que
jurara que nunca mais faria algo assim, Sayid resolve tirar um tempo para si
mesmo e caminhar sozinho pela ilha, quem sabe chegando à fonte do sinal daquela
mulher francesa, a mensagem que está sendo transmitida ininterruptamente há 16
anos…
“Solitary”, exibido em 17 de
novembro de 2004, traz essa jornada solitária de Sayid até ele esbarrar em uma
figura inesperada e que certamente tem muito a acrescentar a
“Lost”, nos trazendo uma série de novos
mistérios que estamos ansiosos por investigar – adoro como a série constrói sua
mitologia de maneira inteligente!
Os
flashbacks de Sayid retornam
aproximadamente 7 anos no passado, e nos levam de volta à época em que ele
trabalhou na guerra, mas eles não estão ali para nos mostrar um Sayid
torturador, porque já vimos isso no episódio anterior… ele está ali, talvez,
para mostrar um lado humano de Sayid quando ele é colocado para interrogar uma
mulher que faz parte de seu passado e que é importante para ele… as cenas são
emotivas, fortes e um tanto angustiantes, porque Sayid é colocado em uma
posição em que precisa arrancar informações de Nadia, ou então ele é
considerado um traidor de seu país, mas ele tampouco consegue se obrigar a
fazer o que lhe pedem… os “encontros” de Sayid e Nadia são emotivos,
melancólicos e tensos e quando, um mês depois, ele ainda não consegue tirar
nenhuma informação dela,
seus superiores
o mandam matá-la…
Naquele
momento, hesitamos por um momento, mas no fundo sabemos que Sayid não terá a
coragem – até porque, quando fala sobre Nadia na ilha, ele fala que “ela morreu
por sua causa” e não que “ele a matou”, o que é uma escolha interessante de
palavras que nos dá a resposta antes mesmo de vermos à cena, mas queremos saber
como aconteceu. No fim, Sayid ajuda
Nadia a fugir, precisando matar outra pessoa antes que ele a matasse, e desde
então ele não teve mais notícias de Nadia… ele acredita que ela está morta,
mas, ao mesmo tempo, ele gosta de imaginar que ela está viva em algum lugar, de
alguma maneira, e nos perguntamos se algum dia poderemos ver Nadia novamente,
ou se ela sempre será uma figura do passado de Sayid e apenas isso. No
presente, tudo o que Sayid tem (ou tinha) para se lembrar dela é uma foto que
sempre carrega (carregava?) consigo.
No presente,
eu adoro os destinos a que a andança de Sayid o leva… ele acaba caindo em uma
armadilha armada por ninguém menos que
a
francesa que gravou aquela mensagem 16 anos atrás – Danielle Rousseau.
Danielle é uma personagem enigmática e que enriquece a mitologia da série com
várias informações interessantes que ainda temos que verificar e/ou entender.
Não temos um
flashback focado em
Danielle, mas a vemos interagir com Sayid e relembrar coisas do passado da ilha
que servem quase ao mesmo propósito… é interessante ouvi-la falar sobre como
chegou à ilha, sobre como todos os seus companheiros “adoeceram” e ela precisou
matá-los (o que ela quer dizer com isso? Pode acontecer o mesmo com os
sobreviventes do Voo 815? Ela pede que Sayid tome cuidado…), e ela fala pela
primeira vez sobre os “Outros”, embora eu ache que ainda passe quase
despercebido…
Mas está
começando a história dos Outros.
Danielle fala sobre “ouvi-los sussurros” e
Sayid os escuta no fim do episódio!
AQUILO É
TENSO E SENSACIONAL!
Em paralelo,
eu adoro os rumos mais
leves que a
trama dos sobreviventes toma, e é uma discussão extremamente pertinente. Eles
estão pensando em muitas coisas e muitos problemas, com razão, há muito tempo:
eles precisam saber como eles vão comer, eles precisam ter acesso a água
potável, eles precisam cuidar de machucados e possíveis doenças como uma
urticária que surge em um dos sobreviventes, eles precisam pensar em maneiras
de facilitar coisas como construir uma espécie de chuveiro – mas será que é
apenas isso o que eles precisam? Eu adoro a participação de Hurley nesse
episódio (é sério, por que temos que esperar TANTO TEMPO para um
flashback de Hurley? Eu estou muito
ansioso para vê-lo!), e como ele se mostra entediado e preocupado em encontrar
algo que os sobreviventes possam fazer…
alguma
espécie de lazer, qualquer que seja.
Quando ele
descobre tacos de golfe, então, ele resolve o problema…
e constrói um campo de golfe. Tenho que dizer que O HURLEY ARRASA!
Quando ele apresenta sua “invenção”, ele faz um discurso de arrebentar sobre
como eles precisam de algo para se distrair, para se divertir, ou então eles
vão estar o tempo todo
esperando a
próxima coisa ruim acontecer, e aos poucos as pessoas vão se envolvendo com
o jogo de golfe… é uma sequência extremamente bonita (e engraçada, porque o
Hurley e o Charlie dançando ou o Hurley errando as tacadas são hilários!), algo
que faz bem ao grupo, dá para ver a vida vindo a eles, dá para ver sorrisos,
ouvir apostas… temos até o Jack sorrindo e se divertindo, se libertando um
pouco das amarras e preocupações (ele precisava disso), e temos o Sawyer
aceitando o convite de Kate para se juntar ao grupo, quem sabe aos poucos se
tornando menos detestável/detestado.
Eu adoro a
sequência do golfe. Certamente uma das melhores na história de “Lost”!
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