O Curioso Caso de Benjamin Button


Acabei de reassistir esse filme, e foi por acaso. Não loquei, não comprei, simplesmente não tinha absolutamente nada para fazer, em pleno Natal (é, eu sei. Fazer o quê?). Então, estava passando por canais. E eu amo filmes. Logo de cara localizei American Pie, Star Wars III e Efeito Borboleta, todos acabariam às 22 horas. Conclusão, vi o final de apenas um desses e olha lá. Já depois desse horário, não precisei procurar muito. Localizei Benjamin e larguei o controle.
O filme é estrelado por Brad Pitt, e foi lançado em 2008. Coincidentemente, no dia 25 de dezembro de 2008, há exatos dois anos, e foi vencedor de dois Oscar. É baseado no conto homônimo do autor estadunidense F. Scott Fitzgerald, publicado pela primeira vez em 27 de maio de 1922; ainda não tive a oportunidade de lê-lo, mas pelo que pude ver, o conto é um pouco mais cômico que o filme.
Lembro-me de quando assisti esse filme no cinema. Me apaixonei pelo filme, me apaixonei pela história. Porque é um filme que vale a pena, e não é um filme curto. Simplesmente amei a ideia de Benjamin nascer velho e morrer novo, e o filme tratou isso de uma maneira incrível.
Temos o relógio inaugurado na estação de trem no seu nascimento, que anda para o lado contrário, sendo uma perfeita alusão ao que acontece na vida do personagem. E temos Daisy no hospital, com sua filha lendo o diário de Benjamin para ela.
O filme trata, de uma maneira sutil mas tocante, em assuntos que nos fazem realmente pensar. O amor entre Daisy e Benjamin é lindo; afinal tudo começa quando ambos são crianças (e Benjamin na sua aparência mais velha) e é uma inocência bonita. É legal ver os encontros ao longo dos anos, e o reencontro depois de algum tempo. Mais tarde, temos uma Daisy um tanto quanto diferente, até que finalmente os dois se entregam ao amor que é mais que óbvio que existe entre os dois.
E podemos ver cenas lindas de romance; cenas que podem nos fazer suspirar ou até mesmo chorar, dependendo do seu estilo. Mas que certamente, de uma maneira ou de outra, vai te tocar. Daisy fica grávida, temos a filha (que está lendo para a Daisy velha, no hospital), e a partida de Benjamin, precedida pela linda conversa, e o fato de que ela “não poderia criar os dois”.
O filme nos deixa a mensagem de que para tudo na vida há um tempo certo. O que tiver que ser, será. Frase velha, mas ainda tem efeito. Acho um dos filmes mais bonitos e emocionantes que já assisti. O fim, com Benjamin adolescente, e depois criança, esquecendo-se de tudo, tendo seus “ataques”, nos remete muito à uma pessoa idosa, no fim de sua vida. E a maneira como Daisy se importa com o garoto é linda. O fim, com Benjamin bebê, morrendo nos braços de Daisy, e ela tendo certeza de que, no último momento, ele sabia quem ela era, foi lindo.
Depois temos a cena final; uma narração belíssima de Benjamin, nos apresentando pessoas (que são artistas, que dançam, que são mães, que são atingidos por raios), e nos deixando com o coração cheio de esperança, de alegria, de um sentimento meio complicado. Amo certos personagens, como Queenie, perfeita no papel de mãe; Elizabeth Abbot, que provou que com persistência, tudo pode ser alcançado; e o velho que foi atingido sete vezes por um raio.
Esse filme realmente vale a pena, e quem ainda não o viu, veja. Posso garantir que é bom. E aqueles que já viram, provavelmente concordam comigo, não é? Quer saber? Assistam mais uma vez. Eu vou te dizer: é ainda melhor.

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