Lilo & Stitch (2025)
Ohana.
DIVERTIDO,
EMOCIONANTE E ABSOLUTAMENTE FOFO! O live-action
de “Lilo & Stitch” estreou nos
cinemas em maio de 2025, e não é surpresa nenhuma que ele tenha sido um grande
sucesso! Afinal de contas, trata-se do live-action
de uma franquia de sucesso, com um dos personagens mais importantes da Walt Disney – Stitch é, possivelmente, uma das
figuras mais comercializadas
atualmente pela empresa em uma série de produtos, e ele se tornou maior do que o seu próprio filme. É como
se o sucesso de “Lilo & Stitch”
estivesse garantido mesmo antes de seu lançamento, mas eu fico contente demais
por duas coisas: 1) pelo filme ter conseguido fazer mais de um 1 bilhão de dólares de bilheteria; e 2) ser um filme
lindo, com o coração no lugar certo.
Stitch é um
personagem razoavelmente “recente” na história da Disney se o comparamos com
personagens como a Branca de Neve, que foi adaptada pelo estúdio em 1937, mas a
maneira como o pequeno e destrutivo, mas capaz de amar, alienígena azul caiu
nas graças do público rendeu uma série de produções com ele como protagonista…
além da animação original de 2002, temos “Stitch!
O Filme”, de 2003, que deu início à série de televisão que tantas pessoas
assistiram na infância/adolescência, com duas temporadas lançadas entre 2003 e
2006, e “Leroy & Stitch”, o filme
que encerrou a série animada em 2006. No meio tempo, ainda tivemos “Lilo & Stitch 2: Stitch Deu Defeito”,
lançado em 2005, além de outras séries sem
a Lilo, uma de 2008 e outra de 2017.
A versão de
2025 de “Lilo & Stitch” adapta a
primeira história dos personagens, a que conhecemos através da animação de
2002, com todo o carisma e a beleza daquele filme… Chris Sanders está de volta
para dar voz a Stitch, enquanto a pequena e adorável Maia Kealoha dá vida a
Lilo Pelekai, uma garotinha levada que vive sozinha com a irmã porque acabou de
perder os pais, e ela é tratada como “diferente” pelas outras garotas – tudo o
que ela queria era um amigo para chamar
de seu… é por isso que ela faz um pedido a uma “estrela cadente” e pede que
Deus envie um anjo para ela, “o mais bonzinho que Ele tiver”, e o seu caminho
acaba cruzando com o de um alienígena exilado que cai na Terra por acaso e que,
assim como ela, é tratado como “diferente” por todos.
Lilo e
Stitch têm muito em comum… ambos são “desajustados” tentando entender como as
coisas funcionam depois de mudanças grandes, e ambos se sentem sozinhos e se
perguntam se eles são maus. A mesma
conversa que Nani, a irmã mais velha de Lilo que está tentando manter tudo funcionando desde a morte dos pais,
tem com a pequena quando ela lhe pergunta se “ela é uma pessoa má”, Lilo terá
mais tarde com Stitch, e ela repete o que a irmã lhe dissera, porque descobriu
que faz sentido: ele não é mau, ele só faz algumas coisas más às vezes… a
sintonia caótica que Lilo e Stitch descobrem muda uma relação que pode ter
começado por interesse, pelo menos
por parte dele, porque é com Lilo e as pessoas ao seu redor que ele descobre o
significado de “família”.
E ele quer
ser parte daquela.
A relação de
Lilo e de Nani é conturbada… e não por que elas não se amem com todo o coração
– mas por que a situação é realmente
complicada. Lilo é uma garota de 6 anos que acabou de perder os pais e
precisa aprender a obedecer às ordens da irmã, e Nani é uma mulher jovem com
uma responsabilidade gigantesca que lhe foi atribuída, e a quem nem lhe foi
permitido o luto porque ela precisa manter
a casa em pé e impedir que ela e Lilo sejam separadas. Gosto de como “Lilo & Stitch” equilibra bem o
humor e o drama, porque toda a sequência do dia de Lilo culminando na visita da
assistente social no início do filme é, sim, profundamente dramática, mas não
deixa, também, de ser cômica e adorável… e foi naquele momento que eu soube que
amaria aquela Lilo.
Vários
outros personagens habitam a trama de “Lilo
& Stitch” – temos o Dr. Jumba Jookiba, o cientista por trás da criação
do Experimento 626, e que é enviado à Terra pela Grande Conselheira para
capturar “a sua perigosa criatura” para que eles não tenham que, sei lá,
vaporizar todo o planeta; temos também Pleakley, o companheiro de Jumba que é
um alienígena apaixonado pela cultura
da Terra e pode ajudar; Cobra Bubbles, um agente da CIA que está investigando
atividade alienígena e pode chegar até o Stitch; Tūtū, a vizinha de Nani e Lilo
que também é ohana e que quer que
Nani viva todo seu potencial e se dispõe sempre a ajudar no que for necessário;
e David Kawena, o vizinho, amigo e interesse romântico gato de Nani.
É na Terra e
na família que ele encontra aqui que Stitch passa a ser Stitch, e não mais o
“Experimento 626”. Ele é destrutivo, é verdade, um pouco mais do que um filhote de cachorro, mas não por maldade… e é bonito
demais ver a amizade dele e de Lilo conforme ele vai se adaptando à nova
realidade e a se importar com sua
família, e não apenas querer estar com ela para não ser capturado pelo Dr.
Jumba. Amo a maneira como o filme capta a essência da animação e nos entrega
muitas cenas parecidas ou idênticas ao que vimos lá, e destaco cenas como a
Lilo descobrindo que o Stitch pode ser usado como “toca-discos”, ou quando o
Stitch vê um cachorro em uma prancha de surfe com o seu dono e resolve fazer o
mesmo, indo surfar com Lilo e Nani.
Stitch se
importa tanto com a sua ohana que ele
tenta abrir mão dela quando percebe que “está atrapalhando” e que não vai ter
como Nani continuar com a guarda da irmã dentro das atuais circunstâncias, mas
Lilo não vai deixar o seu amigo partir… afinal de contas, ele é FAMÍLIA. E ninguém deve ficar para trás. O clímax
do filme é eletrizante e propositalmente caótico, com direito à completa
destruição da casa das irmãs Pelekai com a invasão do Dr. Jumba, um resgate
heroico de Nani a Stitch, que quase morre na areia da praia depois de ser
tirado da água, uma ajuda inesperada de um agente da CIA e a chegada da própria
Grande Conselheira, que está disposta a levar o Experimento 626/Stitch embora,
porque o considera perigoso demais para
ficar ali…
Esse é,
possivelmente, um dos momentos mais lindos e emocionantes do filme, no qual
Stitch fala um pouco sobre tudo o que viveu, sentiu e aprendeu nos seus dias na
Terra. Ele corrige seu nome para que o chamem de “Stitch”, e ele apresenta aquelas
pessoas na praia como sua família… pequena
e incompleta, mas boa. Toda a “experiência” prova que Stitch é muito mais do que eles imaginaram, e não é
apenas uma “máquina de destruição”, ou então não seria capaz de amar – e, tendo
que ser exilado de qualquer maneira, a Grande Conselheira permite que o exílio
de Stitch aconteça na Terra, desde que ele tenha supervisão… de Pleakley, que
parece sonhar mais do que tudo com a chance de continuar na Terra, e do Agente
Cobra, que vai impedir que essa história “vaze”.
O filme
ganha uma camada a mais com toda a trama de Nani e a sua possibilidade de ir
para a faculdade estudar biologia marinha, algo com que ela sempre sonhou, mas
que está deixando para trás agora para poder cuidar da sua irmã… e a própria
Lilo ajuda a irmã a entender que ela precisa
ir – é para o futuro de ambas. E tudo termina bem, eu diria. A guarda de Lilo é
oficialmente passada a Tūtū, na casa ao lado, mas ela tem condições de cuidar
de Lilo e a sua casa de sempre estará logo ali… e quanto a Nani, ela passará os
seus dias estudando na faculdade, longe dali, mas ela pode voltar e dormir
abraçada à irmã toda noite, se quiser, através dos portais que elas podem abrir
com os equipamentos do Dr. Jumba que ficaram para trás. A última cena de Nani, Lilo e Stitch na cama é LINDA.
“Lilo & Stitch” tem UM CORAÇÃO
IMENSO. Eu amo essa história desde o filme de 2002, e estou profundamente feliz
com o cuidado demonstrado pelo live-action
ao recontar esse clássico. Sinto que todos os personagens ganharam vida e
mantiveram sua essência, e que o filme tem cor, luz e música como deveria. É
incrivelmente divertido e rende excelentes risadas – Lilo é simplesmente
adorável e não tem como não a amar e não se divertir com ela –, mas rende,
também, momentos belos e emocionantes, às vezes na sensibilidade com que Lilo
ensina o Stitch a dançar hula, por
exemplo, ou como ela conversa com Nani ao dizer que “mudou de ideia e gosta
dela como mãe também”. Essa união perfeita de beleza, diversão e emoção que “Lilo & Stitch” sempre foi.
Ansioso para
a sequência e para as novidades desta.
Para ler
sobre o filme de 2002, clique
aqui.
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de Luz
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