The Holiday Sitter (2022)
“Você parecia certo!”
Dirigido por
Ali Liebert e protagonizado por Jonathan Bennett e George Krissa, “The Holiday Sitter” é um DELICIOSO
FILME DE NATAL GAY lançado em 2022, sobre dois homens que têm visões muito
diferentes sobre o que querem para o futuro, mas que acabam “se esbarrando” nos
dias que antecedem o Natal, e a magia dessa época do ano – e o interesse e o
desejo mútuo, a quem queremos enganar? – faz com que eles queiram encontrar uma maneira de fazer com que funcione… o que
quer que eles estejam começando. Divertido, colorido, natalino, romântico,
emocionante… “The Holiday Sitter” é
aquele filme que AMAMOS assistir em um fim de domingo chuvoso, com as luzes da
casa apagadas, a não ser pelas luzinhas da árvore de Natal da sala.
Uma delícia!
Sam Dalton é
um homem independente, mas com medo de compromisso… ele nunca consegue chegar a
um “segundo encontro” – talvez porque seja mais fácil encontrar motivos para
fugir do que para ficar. Sam tem pavor
da ideia de constituir família e, principalmente, de ter filhos (!), e ele
planeja passar toda a época de Natal bem longe da família, no Havaí… ao menos é
o que ele espera, até ele receber uma ligação da irmã pedindo que ele fique
cuidando de seus dois sobrinhos, Miles e Dania, enquanto ela e o marido estão
indo buscar uma bebê que eles vão adotar. Então, Sam precisa adiar os seus
planos de férias no Havaí e partir para o subúrbio onde o Natal é levado muito a sério… e ele precisa aprender a lidar com
os sobrinhos, a cozinha e várias surpresas.
Talvez a
surpresa mais agradável de seu desvio
natalino seja justamente o lindíssimo e charmoso Jason DeVito, o vizinho que
está ajudando com o quarto do novo bebê e que fica cuidando de Miles e Dania
até a chegada de Sam… completamente diferente de Sam, Jason é alguém que sonha
em ter uma família – e como os caras com quem saiu parecem fugir frente à ideia
de constituir família e ter filhos, Jason decidiu não ficar parado esperando
pelo seu “felizes para sempre”, e ele vai dar entrada no processo de adoção
assim que o novo ano começar. Sam percebe depressa que Jason é muito bom com crianças e que,
portanto, ele é a melhor ajuda que ele pode conseguir nesses dias que passará
responsável pelos sobrinhos… ele será seu “tio-consultor”.
Além de que
Jason é gato e gay, é claro.
O filme é
uma delícia, equilibrando muito bem humor, romance e emoção. Sam tem um
“problema” com a cozinha por causa da última vez que ficou responsável pelos
sobrinhos (!), mas ele tem a ajuda de Jason para fazer panquecas natalinas quando o restaurante vegano (!) do qual Dania
normalmente pede não atende ao telefone, e Sam vai descobrindo que ele é melhor
com as crianças do que ele jamais imaginara… ele tem uma conversa muito bonita
com Dania quando ela se abre sobre o medo de os pais não a amarem mais como
antes com a chegada de um novo bebê, e ele também é muito bacana ajudando o
Miles a se preparar para uma peça de teatro natalina da qual ele só está
participando porque quer impressionar uma garota…
Que, coincidentemente, é sobrinha de Jason.
Uma dos seus 18 sobrinhos.
Não me
admira que ele seja tão bom com crianças!
O romance,
por sua vez, vai se construindo através da convivência entre Sam e Jason, e
conforme eles vão descobrindo mais a
respeito um do outro… eu gosto dos olhares, dos sorrisos, do velado jogo de
sedução, da maneira como as mãos se encontram quando eles estão empacotando os
presentes de Natal depois de as crianças terem ido dormir, do interesse que
nenhum dos dois pode ou quer esconder. Há algo latente ali, e é gostoso de se
assistir! Gosto particularmente da cena em que Sam vai ajudar o Jason a pintar
o quarto do novo bebê (até porque os dois estão absurdamente lindos naquela
cena, só de camiseta!), bem como da cena em que Jason dá um presente de Natal
adiantado a Sam, que é uma linda blusa verde de lã que Sam usa para ir ver a
peça de Miles…
Mas é muito difícil, para ambos, permitir
que algo comece de fato. Afinal de contas, eles
querem coisas muito diferentes. As oportunidades de primeiro beijo entre
eles são interrompidas pela chegada dos sobrinhos ou de Kathleen e Nate com a
nova bebê, e no fim Jason acredita que é melhor dessa maneira… quando eles se despedem,
antes da viagem programada de Sam para o Havaí, ele dá a Jason o cheque que ele
prometera por ser o “tio-consultor” de seus sobrinhos nesses dias, mas as
coisas mudaram desde que eles fizeram
esse acordo, e Jason não tem certeza de que ele ainda quer esse cheque, de que
ainda é justo aceitar um pagamento – mas talvez isso queira dizer que o deles
realmente chegou ao fim ali, antes mesmo de começar… então ele vai embora.
Gosto de
como “The Holiday Sitter” explora
essa melancolia que antecede o final
feliz de uma comédia romântica, mas de como não é um drama exagerado, apenas
algo condizente com o que se construiu até ali… Jason conversa com a família
sobre como ele gosta de Sam, mas ele
também precisa de alguém que coloque a família à frente de uma viagem ao Havaí;
mas talvez não tenha sido exatamente isso o que ele fez ao largar tudo para vir
cuidar dos sobrinhos? Sam, por sua vez, tem uma conversa sincera com a irmã na
qual ele fala sobre como ele gosta de Jason e como está assustado; a cena é bastante emotiva porque Sam fala sobre os
motivos pelos quais nunca se viu com uma
família, e é algo que muita pessoa LGBTQIA+ já sentiu, mas com Jason ele
sentiu, pela primeira vez, que poderia ser um “talvez”.
Então, os
dois resolvem ir atrás um do outro… E NÃO PODERIA SER MAIS LINDO. É simples,
razoavelmente rápido, mas repleto de carinho, de amor, de ternura e de verdade!
Sam pega o champanhe que o cunhado ganhou em uma cesta (!) e corre para a casa
de Jason, naquela mesma rua, para falar com ele, e Jason está saindo por aquela
porta no mesmo instante, para falar com Sam – E QUE DIÁLOGO LINDO! Jason fala
sobre como Sam é importante para ele,
e Sam replica isso, e fala sobre a “bolha” na qual ele viveu nesses dias,
fingindo que tinha um marido, filhos e um cachorro, e como ele gostou dessa “bolha”. Ele não pode garantir um “para sempre”, mas pode ser que sim…
afinal de contas, alguma coisa “parecia certa” nesses dias todos…
Eles pareciam “certos” um para o outro.
QUE DELÍCIA
DE FILME!!!
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