Vencer o Desamor – O retorno de Eduardo

Eduardo é uma piada.

Covarde. Babaca. Dissimulado. Eduardo é aquele personagem detestável que não é nem possível “amar odiar” – apenas odiamos mesmo e queríamos que ele sumisse de “Vencer o Desamor”. Depois de ter abandonado a família e fugido para os Estados Unidos, Eduardo Falcón forjou um flagra da sua nova esposa com outro na cama, apenas para ter uma desculpa para abandoná-la também sem precisar ser sincero com ela… o pior é que, depois de fazer isso, Eduardo volta para o México com a cara mais deslavada do mundo, achando que pode sorrir para Ariadna e tudo voltará a ser como era antes. Pior, ele volta para as vidas de Ariadna e Tadeo como se isso fosse tudo o que eles quisessem, depois de tudo o que fez! Acho que “cara-de-pau” nem começa a descrever o Eduardo.

Devo dizer que eu sou muito sensível a sentimentos… eu fico com uma raiva genuína toda vez que estou vendo “Vencer o Desamor” e a Olga ou o Eduardo aparecem. A expressão dissimulada e o tom de voz de Eduardo ao dizer “Ari!”, como se fosse uma surpresa maravilhosa que ele esteja de volta, me enojam. Eu me irrito muito com a hipocrisia do Eduardo, que já disse absurdos a Ariadna sobre o Tadeo (antes de ir embora e depois, na audiência sobre a pensão do filho, por exemplo, quando ele disse que “se soubesse que ela o daria um filho ‘doente da cabeça’, ele não a tinha engravidado”), e que agora aparece na escola do Tadeo com um sorriso no rosto, pedindo um abraço e dizendo que “sentiu a sua falta”. Assistir a isso causa bastante angústia.

Infelizmente, é um retrato fiel da realidade.

Bárbara, por sua vez, está contentíssima… ela oferece um jantar na casa dos Falcón para celebrar o retorno de Olga e de Eduardo, falando sobre como “Deus está arrumando tudo para devolver a felicidade que foi tirada com a morte de Joaquin” (ha!), e o jantar é um caos. Ter Eduardo de volta na casa acaba com qualquer clima, porque ele é constantemente maldoso e movido por inveja, e agora, além de “implicar” com o Álvaro, ele também tem muito deboche para cima de Gael, dizendo que “ele não é um Falcón” e tudo o mais. E ele também tem comentários totalmente descabidos quando Olga e Álvaro anunciam que já sabem o sexo do bebê que estão esperando, e Eduardo pergunta para que “esse auê todo” pelo nascimento de uma menina, se todos sabem que todos querem que o primeiro filho seja um homem.

É uma misoginia sem tamanho.

Felizmente, Ariadna sempre tem algo a dizer quando se trata desse assunto, e o fato de ela estar exausta com o retorno de Olga e Álvaro e com a presença surpresa de Eduardo a deixa ainda mais intensa. Mas como não responder quando tanto Olga e Eduardo fazem comentários misóginos absurdos?! Eduardo faz esse comentário sobre Olga estar esperando uma menina, e Olga fala alguma coisa sobre “uma mulher só ser completa com um homem ao seu lado”, sugerindo um retorno entre Ariadna e Eduardo, mas Ariadna responde incrivelmente bem, derrubando como se deve esse argumento ultrapassado de Olga… afinal de contas, é totalmente absurdo dizer aquilo justamente ali, onde ela, Bárbara, Dafne e Gemma estão seguindo em frente sozinhas, “sem um homem ao seu lado”.

Mais tarde, Ariadna também precisa confrontar Eduardo sobre ele ter dito a Tadeo que “eles vão voltar a ficar juntos”: ela não tem nenhuma intenção disso, e deixa isso claro para ele… só o vê como pai do Tadeo e mais nada. Eduardo diz que “ela não percebe que ele mudou” e que “vai se esforçar para provar isso a ela”, e Ariadna, indiferente, diz que ele nem precisa se esforçar… pode só ser um bom pai para o Tadeo e a esquecer por completo que ela está satisfeita. E A ARIADNA, COMO SEMPRE, ESTÁ REPLETO DE RAZÃO. Bárbara, no entanto, escuta uma parte da conversa, e como está sempre encontrando maneiras de defender o seu filho mimado, ela tem coisas a dizer a Ariadna… e nos perguntamos se algum dia a Bárbara vai aprender o suficiente para não dizer tanto absurdo.

Eduardo, como é um babaca com todo mundo, é também um babaca com os irmãos… e está ali para reclamar sobre as últimas decisões referentes à casa, com o acordo que foi feito com Olga para transformar o terreno em um condomínio, que é o melhor para todo mundo. Eduardo está furioso, diz que “Álvaro se aproveitou do fato de ele não estar ali”, mas Gael concorda com Álvaro e, bem… eles são a maioria, não? É impressionante a capacidade que Eduardo tem de se achar no direito de exigir coisas, e de acusar os irmãos de terem “se aproveitado” da sua ausência, quando foi ELE que fugiu e deixou tudo para trás… além disso, nem a hipoteca da casa ele pagou, e era sua responsabilidade, porque foi ele quem pegou o dinheiro emprestado. O que ele acha que pode contestar ainda?!

Além disso, Eduardo garante aos irmãos que vai voltar com Ariadna e que “nunca deixou de amá-la”. Álvaro escuta isso estático, mas Gael confronta Eduardo – até ele acha isso cômico e sabe que as coisas não são simples assim. Eduardo é uma piada… mas é uma piada de mau-gosto, extremamente revoltante. E Álvaro está cada vez mais certo de uma coisa: ele e Ariadna cometeram um erro quando decidiram se separar… nem ele nem ela podem ser felizes se não estiverem juntos, e talvez eles tenham que rever essa situação, mesmo que, agora, tenham que lutar ainda mais para estar juntos. Com o retorno de Olga e de Eduardo, tudo se complicou um pouquinho mais… ainda assim, eles se amam, querem lutar um pelo outro e voltam a se beijar eventualmente.

Dessa vez, no entanto, o Tadeo os vê.

E isso pode dar problema.

 

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