Vale o Piloto? – Heated Rivalry 1x01 – Rookies

 

“If I come to your room tonight at 9…”

“I might open”

“I might knock”

 

Baseada nos livros de Rachel Reid, “Heated Rivalry” é a aguardada série sobre o romance entre dois jogadores de hóquei, o canadense Shane Hollander e o russo Ilya Rozanov, que estreou no dia 28 de novembro de 2025, com dois episódios. Tivemos uma estreia inegavelmente quente e promissora, embora eu tenha questões aqui e ali com a condução de um modo geral – nada que me impeça de amar a experiência, de começar a me importar com seus protagonistas e de ficar curioso com como as coisas serão conduzidas no restante da temporada, programada para ter seis episódios, com o último sendo exibido no dia 26 de dezembro. Tem algo a respeito da pressão no mundo dos esportes, famílias potencialmente problemáticas e um envolvimento cheio de desejo e calor.

Hudson Williams e Connor Storrie dão vida aos protagonistas de “Heated Rivalry”. De um lado, temos Shane Hollander, um jovem canadense com ascendência asiática que é uma das grandes promessas do hóquei da sua geração, e cuja mãe o sobrecarrega com decisões e contratos dos quais ela mesma se responsabilizara, sem chegar a de fato perguntar alguma coisa para ele. De outro, temos Ilya Rozanov, outro talento jovem e promissor que está constantemente sob os holofotes e que tem um ego aparentemente imenso, que esconde já notáveis inseguranças que devem advir de uma relação conflituosa com o irmão e com o pai, que o responsabiliza pela vitória ou pela derrota do país em qualquer jogo… há bastante coisa nos ombros de Hollander e de Rozanov.

É por isso que eles precisam “aliviar”.

A história começa em dezembro de 2008, e a não ser que você esteja com um caderninho tomando notas das passagens de tempo, não sabemos bem quando cada um dos eventos seguintes acontecem… particularmente, achei essa uma decisão narrativa que quebra demais o ritmo da série, embora eu a entenda: é essencial que o tempo passe e que essa “relação” entre Shane e Ilya se espalhe ao longo de meses e meses de encontros casuais que acontecem por causa da temporada de hóquei quando os times se enfrentam, mas havia meios mais fluídos de apresentar esse conceito, e em algum momento eu já estava incomodado com a quantidade absurda de telas que diziam “Três/Quatro/Seis meses depois”. Inclusive, havia meios simples de amenizar isso

Shane e Ilya não são exatamente o que chamamos de “enemies to lovers”, porque a rivalidade deles acontece naturalmente dentro do mundo do hóquei – seja durante uma partida ou não. A competição é natural entre times rivais, e o agravante é o fato de os dois serem jovens bonitos de idades parecidas que chamam a atenção da mídia e que disputam o “mesmo” lugar, de alguma maneira. Não é uma rivalidade que eles abraçam na vida pessoal, no entanto, e eles fazem uma transição depressa para algo que não é realmente uma amizade, tampouco um namoro… mas a busca conjunta por prazer e alguma conexão. “Heated Rivalry” vai direto ao ponto, porque o sexo não é o ponto de chegada dessa relação: o sexo é o primeiro passo do que vão construir.

Gosto de acompanhar o flerte e as sugestões que estão em olhares e pequenos toques… a cena na qual eles se sentam, cansados, para respirar depois de um treino exaustivo na academia é tão repleta de tesão que o sentimos no ar: a maneira como o olhar de Shane desvia para a bermuda de Ilya, como Ilya lhe oferece água de sua garrafinha apenas para que possa roçar os seus dedos nos de Shane mais de uma vez… é de tirar o fôlego! Também adoro a cena na qual Ilya está pronto para provocar Shane durante o banho. Há uma curiosidade compartilhada que os faz olhar um para o outro quando o outro não está olhando, mas há também aquele desejo incontrolável que faz com que Ilya deliberadamente se mostre a Shane, e então Shane não pode resistir

Os encontros sexuais desse primeiro episódio são ótimos, e gosto de como “Heated Rivalry” os leva a sério: as cenas exalam desejo sincero, tesão, vontade… nos reconhecemos na urgência com que as roupas são tiradas e o corpo alheio é explorado, e ambos parecem prontos para dar e receber prazer. Gosto das cores, dos movimentos, das expressões, dos sons, do suor na pele e o primeiro contato sexual deles é com sexo oral: ainda novo para Shane, que está aprendendo o que e como fazer, e menos novo, mas igualmente prazeroso, para Ilya, que “dá aula” na maneira como toma Shane para si em todos os sentidos. É breve e quente, e apenas o começo de tudo o que Shane e Ilya ainda estão prontos para nos entregar no meio de seus vários encontros…

Na segunda vez, Ilya fala abertamente sobre como “quer comer o Shane” quando o manda virar de bruços, e Shane não parece assustado com isso, compartilhando a informação de que ele tem um vibrador, mas ele não quer fazer isso ali, em um quarto de hotel no qual um dos sêniores estão ao lado – então, fica para a próxima vez. E a próxima vez acaba não sendo bem quando eles esperavam, quando um jogo é cancelado… o próximo encontro de Shane e Ilya acontece em uma premiação vencida por Shane, quando eles se enfrentam no terraço: Shane queria a presença de Ilya, e Ilya está visivelmente abalado, mas talvez não pelo que Shane acha, porque “nem tudo gira em torno dele”. Esses “fantasmas” ainda ficam a ser explorados enquanto acompanhamos aquele beijo entregue com tom de “proibido”.

Também um caminho ainda a ser trilhado pela série.

Estou curioso!

 

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