Stranger Things 5x01 – Chapter One: The Crawl

Buscas no Mundo Invertido.

No último dia 26 de novembro, depois de mais de 3 anos desde a temporada anterior, estreou a primeira parte da ÚLTIMA TEMPORADA de “Stranger Things”, possivelmente a série mais famosa da Netflix, que começou em 2016, há quase 10 anos – foi uma longa e bonita jornada até aqui, e estou contente por estar de volta para essa última “aventura” ambientada tanto em Hawkins quanto no Mundo Invertido. “Chapter One: The Crawl” é uma boa introdução que nos leva de volta ao dia 12 de novembro de 1983, quando Will Byers ainda estava no Mundo Invertido, e temos a oportunidade de ver um pouco dele com Vecna, e é como se a série estivesse nos lembrando, uma última vez, que isso tudo começou com o Will quando ele desapareceu em Hawkins na primeira temporada…

E tudo retorna a ele agora.

Algum tempo se passou desde a conclusão da quarta temporada. Quando retornamos para o presente da narrativa, estamos em 03 de novembro de 1987, e não é uma sequência imediata daquela última cena tensa na qual uma fenda se abrira no mundo, colocando toda Hawkins em perigo… aparentemente, o ataque do “Mundo Invertido” não foi o que se esperava, mas isso não quer dizer que as coisas não tenham mudado em Hawkins – a cidade está confinada a uma quarentena sem previsão de término, e é através de Robin que temos um panorama de como estão as coisas, de quanto tempo passou e de como tudo mudou. Basicamente, Hawkins ganhou “um band-aid de metal”, as pessoas tentam viver “normalmente” e o grupo protagonista procura por Vecna em missões.

Ainda temos vários elementos a serem explorados ao longo dessa temporada final… dentre elas toda a questão do Dustin e o seu luto por Eddie, justificado por vários motivos desde que você se lembre da temporada anterior – Dustin desenvolveu com Eddie uma relação sincera e ele aprendeu o admirar, o que é exacerbado pelo fato de o Eddie ter morrido enquanto salvava a sua vida, em uma sequência épica que se tornou uma das melhores cenas de “Stranger Things”, e toda a cidade parece achar que Eddie era um “esquisito” e um “vilão” que merecia mesmo estar morto. Há, também, na reação de Dustin, o fato de ele se ver em Eddie, porque Eddie é condenado por jogar um jogo que ele também jogava… e agora ele quer levar o Hellfire Club à frente.

E isso lhe custa bastante.

Destaco, ainda, a cena em que o Mike e o Lucas estão visitando a Max no hospital – ainda não ganhamos grandes novidades sobre a Max, o que deve acontecer em breve, mas a cena nos proporciona um grande momento para o Will, conforme pequenas peças de desenvolvimento do personagem são apresentadas: ele procura por Robin e escuta algumas risadinhas atrás de uma porta, e então ele a vê com a namorada… ele derruba a coca que estava segurando e sai correndo o mais rápido que pode. Parece uma cena simples, mas é uma cena gigantesca para um garoto gay que ainda está tentando entender quem ele é: Robin é uma pessoa LGBTQIA+ mais velha que pode se tornar um exemplo, uma guia… uma amiga. E é isso o que eu espero que aconteça!

Falando em Robin, toda a dinâmica dos quatro adolescentes mais velhos está bem bacana de se acompanhar… quer dizer, Jonathan e Steve seguem naquela competição praticamente infantil por causa de Nancy, mas eu gosto dos quatro juntos do mesmo jeito! E gosto de ver como tudo está bastante conectado. Quando Jonathan e Steve, no meio de toda uma competição ferrenha para impressionar a Nancy, conseguem consertar o sinal de rádio que estava dando problema, Robin pode retornar para o seu programa e contar uma história que é repleta de dicas e números para quem estiver preparado para ouvi-los: ELES TÊM UMA MISSÃO NAQUELA NOITE. Existe todo um plano de busca pelo Mundo Invertido por Vecna… uma vez que ele esteja derrotado, tudo poderá voltar ao normal.

Seja lá o que for “normal”.

Eleven tenta convencer Hopper a deixar que ela o acompanhe ao Mundo Invertido nessa próxima missão, mas foi estipulado um prazo de 12 minutos e 30 segundos para ela completar com perfeição um circuito repleto de desafios, e Hopper insiste que esse desafio não foi cumprido, apenas para que Eleven possa ficar de fora disso – ele não quer colocar em perigo a vida da filha, e ele pretende ir sozinho para o Mundo Invertido. A missão em busca do Vecna é toda uma operação grandiosa que envolve muitos personagens de Hawkins que acompanhamos ao longo de “Stranger Things”, que fazem com que tudo funcione para que Hopper não perca o contato com eles enquanto está nessa outra dimensão, e para que ele tenha uma forma de retornar quando é o momento.

Gosto do clima e da condução desse primeiro episódio da temporada final de “Stranger Things”. É, ainda, propositalmente introdutório, é verdade, mas eu sinto que essa “calma” é necessário para que o público se sinta novamente acolhido nesse universo que acompanhamos pela última vez, a não ser que por alguma maratona, há mais de três anos… e eu senti que o roteiro segurava a nossa mão e nos conduzia de volta para esse lugar. E, mesmo assim, o episódio consegue se sair muito bem na criação da TENSÃO e do SUSPENSE! As coisas saem do planejado… o carro no qual Hopper se escondera para, a comunicação com o lado de cá é cortada, Mike é acessado por algo que o conecta ao Mundo Invertido e o traz visões do Demogorgon, e se estabelece um sentido de urgência

Começou!

 

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