Supernatural 1x03 – Dead in the Water

“Come play with me”

CARAMBA, QUE EPISÓDIO BOM! Exibido originalmente em 27 de setembro de 2005, “Dead in the Water” é o terceiro episódio da primeira temporada de “Supernatural” e é o melhor dos três episódios até aqui! Sam sente que a busca pelo pai está “esfriando” e Dean continua dizendo que, no caminho dali até John, eles vão matar todas as coisas ruins que encontrarem, porque esse “é o negócio da família”, e é assim que eles são levados até um caso no Lago Manitoc, em Wisconsin: Sophie Carlton, uma hábil nadadora, morre supostamente afogada no mesmo lago em que nada desde a infância, mas nenhum corpo é encontrado em nenhum tipo de varredura… e esse é o terceiro corpo desaparecido depois de entrar no Lago Manitoc naquele ano.

Sam e Dean Winchester precisam investigar a morte que não parece ter sido um acidente, e isso os leva até três peças importantes desse mistério: Jake Barr, o xerife da cidade; Andrea Barr, sua filha; e Lucas, o neto, cujo pai morrera há alguns meses. Esse é o tipo de caso no qual uma testemunha ocular seria de grande ajuda, e Sam e Dean descobrem que Lucas estava com o pai quando ele foi “levado”, o que quer dizer que ele pode ter visto alguma coisa… desde a morte traumática do pai, no entanto, Lucas não disse uma única palavra, nem mesmo para a mãe: ele parece constantemente assustado e desenha sem parar… desenhos que podem ser pistas do que está acontecendo, e que o Dean tenta interpretar quando se aproxima do garoto.

Há algo que conecta Dean e Lucas: Dean tinha mais ou menos a mesma idade quando a mãe morrera de forma igualmente traumática, e ele também viu coisas terríveis que o mudaram para sempre… por isso, ele entende o Lucas. É quase surpreendente como o Dean consegue usar essa familiaridade para se aproximar de Lucas, porque consegue contar sobre como também ficou assustado e sobre o que é coragem, e eu diria que esse é o primeiro dos três episódios que trazem o Dean mais como protagonista. Se os episódios anteriores colocaram o Sam em uma posição de destaque, esse episódio entrega a narrativa nas mãos de Dean Winchester, porque há um envolvimento emocional dele com um personagem-chave de toda a trama.

Não é difícil reparar que as mortes estão, de alguma maneira, relacionadas a Bill Carlton. A primeira vítima de quem temos notícias é Sophie Carlton, filha de Bill, mas Christopher, o marido de Andrea e pai de Lucas que morrera em maio, era afilhado de Bill, e Will Carlton, o outro filho de Bill, também morre… e de maneira mais misteriosa ainda: Will morre em uma cena angustiante, afogado na pia da própria casa. Aquela morte sinistra é prova mais do que suficiente de que as mortes não foram acidentes… e as peças começam lentamente a se encaixar. Se o que quer que está na água do lago está matando através dos canos, no entanto, isso quer dizer que ninguém está seguro… por isso, Sam e Dean precisam correr contra o tempo.

Como sempre.

Lucas é mais sensível do que o normal e o evento traumático de ter presenciado a morte do pai pode ter desencadeado alguma espécie de sensibilidade a premonições. Portanto, seus desenhos são fundamentais para a resolução do mistério… ele desenha um menino de boné azul e uma bicicleta vermelha, por exemplo, e quando Sam e Dean chegam à casa desenhada por ele, eles descobrem que não existe ali nenhum menino de boné azul e nenhuma bicicleta vermelha há 35 anos - desde que Peter Sweeney saiu de casa e nunca mais voltou. Em uma foto encontrada pelos irmãos, vemos Peter com Billy Carlton em 1970, ainda crianças… os Winchesters não têm tempo de conseguir mais informações com Billy, no entanto, porque ele “se entrega”.

Ele se lança com um barco ao lago e deixa que o levem.

A trama de vingança não busca apenas Billy e as pessoas que ele amava, no entanto, porque Andrea Barr também corre risco quando ela entra na banheira para tomar um banho e a água muda de cor, exatamente como aconteceu na pia em que Will morrera antes. Sam e Dean estão quase saindo da cidade, depois de o xerife ter ameaçado os mandar para a cadeia por terem se passado por oficiais, mas a verdade é que Dean não quer ir embora: não enquanto o Lucas estiver assustado como estava e ele não tiver a certeza de que tudo vai ficar bem… ele não pode deixar para trás um caso não-resolvido dessa maneira. É bom que eles retornem, porque eles chegam à casa de Andrea e Lucas bem a tempo de tirar a Andrea da banheira antes que ela morresse afogada.

A resolução do caso é muito boa: Lucas ajuda Sam e Dean a encontrar a bicicleta vermelha que pertencera a Peter Sweeney enterrada, e tudo vem à tona… Jake e Billy mataram Peter afogado no lago há 35 anos, durante uma “brincadeira que foi longe demais”, e agora o espírito vingativo de Peter está buscando as pessoas que Jake e Billy amam, para que eles sintam a dor que sua mãe sentira por causa de sua morte. As crianças, com medo e sem saber o que fazer, deixaram o corpo no lago, o que quer dizer que não tem um corpo a ser salgado e queimado, e o espírito de Peter vem atrás, agora, de Lucas… a história se resolve com o Jake entrando no lago e se entregando no lugar de Lucas, pedindo ao espírito da pessoa que matara que deixe seu neto ir

É um episódio MARAVILHOSO. Embora tenhamos uma história maior que guia a temporada – a busca por John Winchester e o que quer que tenha tirado a vida de Mary, há 22 anos, e de Jess –, “Supernatural” é uma série procedural repleta de casos isolados: dois irmãos em um Impala 67 “caçando monstros e salvando pessoas”, E EU AMO ISSO. Gosto demais desse início de série, e eu me lembro de “Bloody Mary” ter sido o episódio que “me convenceu” quando a assisti pela primeira vez, mas talvez essa revisita tenha trazido essa sensação mais cedo… “Dead in the Water” tem uma excelente condução da trama, seja com o mistério até a resolução do caso ou com toda a parte sentimental que evoca porque Dean se reconhece naquela criança…

Gostei bastante!

 

Para mais postagens de uma revisita a “Supernatural”, clique aqui.
Para os textos da época original de exibição, clique aqui.

 

Comentários