Vale o Piloto? – MacGyver 1x01 – The Rising

“Whatever doesn’t kill you, makes you wanna get even”

Ah, eu ignorei tudo o que estava vendo circular pela internet e pulei de cabeça no Piloto. Vi muitos comentários negativos e tudo o mais, mas ainda bem que eu sou teimoso. E sou mesmo. Posso deixar uma série logo que ela começou, mas se eu decido que eu quero conferir, pelo menos, eu vou fazê-lo. MacGyver, confesso, não é o meu tipo básico de série. Não tenho uma paixão pelo personagem nem nada. Mas tenho uma por Lucas Till, e a tentação de doses semanais dele é… bem, tentadora! Mas acredito que, para assistirmos MacGyver, nós precisamos fazer algumas concessões. Esquecer um pouco da razão e da lógica e se divertir. É uma ficção, uma diversão. Tudo é muito conveniente e as coisas mais improváveis acontecem… mas o que você esperava de um cara que pode fazer uma bomba com um clip de papel e outras coisinhas simples mais que consegue em uma mesa num jardim de infância? Não fui esperando coerência, não fui esperando algo que parecesse a vida real… não fui, na verdade, esperando muita coisa, é isso. E quer saber? Funcionou muito bem para mim!

Porque eu me diverti.

Minha impressão inicial é a de que a série tem um fôlego impressionante. Só a introdução (digo, antes da abertura) já nos deixou eletrizados, com toda uma sequência incrível para o roubo de um dispositivo em uma festa, com uma sequência maravilhosa de cenas que eu adorei. Quer dizer, eu gosto dos instrumentos que o MacGyver usa na hora do improviso, e da técnica de filmagem que foca nisso e nos “conta” tudo o que está sendo usado. Como “fuligem” e “fita adesiva” na cena da impressão digital… e é claro, tem que ter o clipe de papel. O dispositivo, na verdade, é um vírus, a ser usado como arma biológica… bem, o tipo de trama que eu adoro, vocês sabem. Acredito que toda a sequência inicial é mais um teaser que qualquer outra coisa, que nos convida a entrar nesse universo e nos conta mais ou menos como as coisas serão… e eu embarquei. Escutar o nome MacGyver é curioso, parece evocar uma responsabilidade muito grande (o que eu acredito que é o maior risco que a série corre, tendo em vista que é um reboot de um clássico adorado), mas até o fim do episódio você já se habituou.

Mais ou menos.

Então, depois de toda aquela introdução que acaba com Nikki morrendo e MacGyver levando um tiro, nós temos três meses de pausa. Lucas Till está mais lindo do que nunca como o Mac (sério, que fofura toda é essa?) e eu devo confessar que eu gostei bastante da química entre os personagens. Ainda há muito a evoluir, mas eles fizeram um bom Piloto. MacGyver retorna ao trabalho (“The clock is ticking. We need you”), ainda com o mesmo caso: recuperar o vírus. Para isso, eles precisam encontrar o comprador. O tom do episódio me pareceu bastante irreverente, de uma forma gostosa, colocando a cena do MacGyver abrindo as algemas de Riley (a nova analista/hacker) com um clip de papel, por exemplo. E em alguns momentos até excessivamente bizarro, porque não fazia sentido o Mac correndo atrás de um avião a pé, mas eu não vou negar que aquela cena foi repleta de uma eletricidade contagiante. Eu fiquei eufórico e com um pouquinho de falta de ar, e a maneira como tudo foi um sucesso completo…

Quer dizer, WOW!

Não foi uma cena gostosa?

Por isso eu me diverti. A irreverência, a boa química do elenco, as cenas de ação, os instrumentos usados por MacGyver… tudo contribuiu para um episódio coeso que pareceu passar bem depressa! E em São Francisco, na luta para recuperar a arma biológica, MacGyver reencontra Nikki, descobrindo que tudo não tinha passado de uma armação, inclusive a questão toda de sua morte… não foi surpreendente, porque não tínhamos vínculo nenhum com ela ainda, teria sido mais impactante em um momento mais avançado da temporada, mas okay. O que importa é que o episódio, como um bom Piloto, funcionou muito bem para nos introduzir ao universo reimaginado de MacGyver e no tom que vamos encarar daqui para frente. Tem corrida atrás de avião. Tem paraquedas improvisado para impedir que o vírus se quebre e se espalhe… e o MacGyver vira um verdadeiro herói. Com Riley agora no time, Nikki deve ser um contraponto importante no restante da temporada, já que acaba com ela escapando com um grampo de cabelo.

Uhm, boa aluna!

Phoenix.

Para mais Pilotos de série, Vale o Piloto.

P.S.: Lucas Till estava mais lindo do que nunca no fim desse episódio com aquela camisa azul xadrez. Sério. Mas eu juro que eu vou parar de fazer esse tipo de comentário. Talvez. Porque, quer dizer… que sorriso torto é aquele?