Defiance 1x04 – A Well Respected Man


E Defiance conhece as novelas mexicanas.
Just kidding. Mas o episódio dessa semana não se centra especificamente em nenhuma raça Votan, e o foco está mesmo nos dramas familiares. Duas grandes histórias são o que norteiam o episódio (de um lado Rafe e de outro Amanda), além dos Tarr mais uma vez se garantirem como família protagonista no seriado, continuando seus planos e ficando cada vez mais encantadores. Ok, eles não perdem sua brancura assustadora, e a maneira suave, calma e ameaçadora com que falam é mesmo assombrosa, mas ainda assim… eu gosto deles!
Mas vamos por partes. Todos se lembram que o Nolan começou a ter um casinho com Kenya, a irmã mais nova de Amanda. Porque isso é clichê. E depois de mais uma cena dos dois, eis que ela é misteriosamente seqüestrado como um puro e mero pretexto para que Amanda pudesse revelar segredos sobre o passado e entendêssemos enfim a relação das duas, de fato. E também ajudou na construção da reputação de Datak, enquanto a de Nolan decaía, enquanto acusava alguém sem prova alguma. Apenas evidências. Evidências bem convincentes. Mas ainda evidências.
Eu gostei do seqüestro de Kenya, embora Ulysses tenha me parecido bobo demais para ser levado a sério, e mesmo o Miko mal apareceu. Mas foi meio que para deixar mesmo bem claro que a mente manipuladora por trás não era de nenhum dos dois. Importante é que as cenas foram legais, retomaram rapidamente os Volges nos recordando de que eles são perigosos, e uma fabulosa droga que proporciona essa ilusão de realidade tão fantástica, que tanto me lembra Philip K. Dick… não que tenhamos visto nada novo no salvamento, ou que não esperávamos por algo assim para Kenya e Amanda.
Mas ok, a mãe delas foi ***.
E Amanda foi uma ótima irmã.
Falando em irmãos, depois da morte de Luke alguns episódios atrás (eu juro que nem me lembro mais do rosto dele!), a família McCawley também sofre com umas brigas entre Rafe e Quentin, que também não muito inovadora pois já tinha ficado clara antes. Se não fosse tão clichê, a remissão do pai teria me emocionado. Mas o que importou de fato nessa história foi a descoberta de um objeto misterioso encontrado na área de Luke, o que pode ter sido o motivo de sua morte. E aquelas paredes da mina tão cheias de inscrições e desejos… o tipo de mistério Lost que chega agora.
Com música final, claro.
E sim, o tão homem do título. Depois da morte de Elah Bandik, e como Ulysses era um bioman de Datak, ele é fortemente acusado, mas Amanda tenta de uma maneira mais sutil chegar a ele. Mesmo com Nolan tão convicto, é sempre bom ver as cenas dos dois, e como Datak venceu a batalha por ora… vê-lo como Conselheiro da Cidade fechando a porta na cara de Nolan não tem preço. E as provocações mútuas também. É o típico cara que talvez não devamos gostar, mas ele torna isso inevitável.
Mas a mulher dele é a grande jogada do roteiro. Perigosa e suave, ela consegue realmente manipular as pessoas, e Datak no Conselho da Cidade é a maior prova disso. A maneira como ela falou sobre Kenya para Amanda é surpreendente e quase risível, mas soou calma e espontânea, ao mesmo tempo que ameaçadora. Sem parecer uma ameaça. Persuasiva. Realmente interessante, mas Nolan também já notou que a pessoa perigosa de verdade por trás de tudo é ela… quero muito ver como essa história continua, afinal McCawley e Tarr são as duas grandes importâncias em Defiance
O episódio foi bem interessante, porque depois de apresentar uma premissa muito boa e uma produção eficaz, a série começa a de fato se preocupar com a verdade sobre as pessoas. O grande segredo de uma série é nos apresentar os personagens como pessoas reais e profundas, e fazer com que nos importemos com eles. Defiance ainda não chegou lá, falta um caminho por aí, mas estamos seguindo na direção certa. A série tem futuro, e eu ainda aguardo melhor destaque para as outras raças Votans… e vocês?

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