Merlin 5x05 – The Disir


O episódio deixou de lado a abundância em ação e histórias complexas para focar no desenvolvimento de personagens, valorizando alguns deles e mostrando decisões extremistas sendo tomadas. O roteiro se utilizou de bastante emoção e tristeza para narrar a história de Arthur com a Antiga Religião, e um episódio que poderia ter sido revolucionário para toda a série, acabou sendo apenas mais um.
Infelizmente.
O episódio foi bom, a história estava interessante, me apaixono cada vez mais pelos personagens, e entendemos muito bem as motivações de cada um, mas teve aquela característica clássica de Merlin: acreditamos que algo impactante pode acontecer, e eles têm todo o terreno preparado para tal, e no fim do episódio tudo se anula transformando os últimos 40 minutos em algo dispensável. Mas falando em personagens, tudo bem se eu gostar bem mais de Mordred do que de Merlin?
O personagem de Mordred voltou a receber a atenção prometida a ele nessa temporada. Logo de início, em uma batalha de cavaleiros, ele luta lindamente contra Arthur, e vemos um rei que se afeiçoou ao garoto. E Mordred ainda é um jovem, tão inocente, tão puro, que não tem como não gostar dele. Como podemos não gostar de alguém que mostra aquela felicidade tão verdadeira ao ir à sua primeira missão, e que tem aquele sorriso tão envolvente no último segundo de episódio?
E por causa de toda a história do julgamento e do destino que as Disir pediram que Osgar entregasse à Arthur, a vida de Mordred corre perigo. Após receber o recado, Arthur começa a pensar que está fazendo alguma coisa errada, e ao partir para uma conversa (como o típico rei arrogante), descobre que o problema em seu reinado está na negação à Antiga Religião. E por querer desesperadamente salvar a vida de seu rei, mais uma vez, Mordred acaba quase mortalmente ferido…
Merlin está nessa sua obsessão por Mordred, acreditando que o garoto deve morrer. Como Arthur fez questão de assinalar, Merlin não deu nenhum sorriso no episódio todo. Beirando a loucura, o que não é novidade nessa temporada, Merlin nos proporciona cenas mais escuras, adultas e sombrias. Sua crença o leva a mais uma conversa com o dragão, que o incube de deixar que Mordred morra se ele tiver a chance. E para surpresa geral, Merlin realmente parece disposto a fazer isso!
A grande pegada do episódio estaria no retorno de Arthur e Merlin a Caerlanrigh para falar com as Disir. “Embrace the Old Religion” – pela primeira vez a magia começa a ser vista como algo que pode não ser de todo ruim, e Arthur começa, seriamente, a cogitar a hipótese de permitir a magia no reino, tudo para salvar a vida de Mordred, mas Merlin solta um “genial” “There can’t be no place for magic in Camelot” e tudo acaba como começou: a magia continua sendo vista como algo errado. Parabéns, Merlin, você teve sua chance de mudar para sempre sua condição no reino! Muito bem jogado, hã?
E por alguns minutos, eu temi de verdade a morte de Mordred. Afinal foi o que o episódio quis nos convencer que aconteceria. Afinal só tinha duas maneiras de salvá-lo: ou por Merlin ou pelas Disir. E nenhum dos dois pareceu disposto a ajudar. Qual não foi minha alegria ao ver Mordred descendo aqueles degraus com aquele sorriso e aquele abraço em Arthur. Só posso dizer que a trilha sonora de suspense transformou aquilo em uma cena grandiosa e eu quis aplaudir o momento. Perfeito!
No final das contas, como precisamos [infelizmente] nos acostumar, nada mudou. A Antiga Religião continua banida de Camelot, as Disir prometeram não dar outra chance como essa a Arthur, e o segredo de Merlin pode estar mais escondido do que nunca. Mas ok, porque tivemos ótimos momentos da relação entre Mordred e Arthur, e atualmente Mordred é o que mais me encanta na série… mal posso esperar para ver um pouco mais de sua história! Até mais…

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