Artemis Fowl – uma série fantástica


Não sei se devo dizer que sou fã de Artemis Fowl. Acho que considerando que o nome do blog foi baseado em algo dessa série, poderia ser meio redundante. Mas que seja. Artemis Fowl é bom demais! Simplesmente sou fã de Artemis, e considero Eoin Colfer um dos autores mais inteligentes que já li.
Acho que nessa série, o autor nos proporciona uma leitura divertida, e pra lá de inteligente. Além de ter o dom de prender o leitor de uma maneira quase mágica. Ele nos apresenta capítulos extremamente longos (por exemplo, de mais de 50 páginas), mas que você lê em alguns minutos e nem vê que ele era assim tão longo. Ele nos apresenta planos complexos, mas perfeitamente aceitáveis, e que se tornam lindos de se observar a partir do momento que você os compreende, e que você vê que tudo faz sentido, que você vê que tudo é pensado em seus mínimos detalhes, e que tudo está funcionando como deveria. Eoin nos traz elementos de física, tecnologia avançada, mas de uma maneira não simples, mas perfeitamente acessível a todos que o lerem. Quem gosta de tecnologia e física adorará Artemis por esses elementos, e quem não gosta ainda assim o adorará porque a história é incrível.
Resumindo, Artemis Fowl é uma das melhores séries que já li.

[CONTÉM SPOILERS]
Amo “O menino prodígio do crime” de uma maneira excepcional. Acho que a apresentação ao personagem Artemis é muito bem feita, muito bem colocada. Eoin Colfer nos transmite aquela idéia de que ele é um anti-herói, ele não quer fazer o bem, quer apenas o melhor pra ele, mas ainda assim nos faz amar o personagem. Acho que isso é apenas por sua inteligência, sei lá. Acho que tanto Artemis (em seus planos e tudo o mais), quanto Eoin na sua escrita, são extremamente inteligentes. Achei que no primeiro volume, o autor nos apresentou os personagens e nos fez perceber que Artemis não está para brincadeira, ele consegue o que quer. Amei a Parada Temporal que ocorre no volume I.
Em “Uma Aventura no Ártico”, nos deparamos com um Artemis um pouquinho mais humano, na busca por seu pai e na tentativa de livrá-lo da Mafyia Russa, depois de ele ter sido dado como morto. Temos a rebelião dos goblins, problema solucionado com uma certa mãozinha de Artemis. Acho legal ver a maneira como Artemis e Holly se provocam, mas fica mais que evidente que os dois gostam um do outro.
Já “O Código Eterno” nos apresenta uma incrível tecnologia que é o Cubo V. Artemis já não parece mais o Artemis, agora muito mais humano, muito mais preocupado com os demais. É claro que ele ainda é o Artemis, mas sua principal característica, aquela a que fomos apresentados no primeiro volume, parece ter se perdido. E eu gostava do Artemis frio e calculista. Ele era demais. Mas que seja. Acho o final extremamente triste com o apagamento de memória deles, mas Artemis não é fácil de enganar. É incrível a maneira como acreditamos que tudo dará certo, mesmo que Potrus esteja tão confiante de que a memória será mesmo apagada, sem chance de voltar. Desenvolvemos, através dos livros, um sentimento de que “as coisas acontecem da maneira como Artemis quer”. Se ele não quer que as memórias sejam apagadas, elas não serão e pronto.
Em “A Vingança de Opala”, inicialmente temos de volta o Artemis de “O menino prodígio do crime”. E posso dizer? Que saudade que eu estava daquele garoto! Amei vê-lo roubando o quadro, amei vê-lo novamente interessado em dinheiro, em posses, apenas frio. Amei ver o bom e velho Artemis novamente. Mas depois dos volumes anteriores, não parece mais que aquele seja o verdadeiro Artemis, então ficamos meio que com vontade de vê-lo recuperando a memória. Eu queria vê-lo recuperando a memória; mas de qualquer maneira, matei a saudade do antigo Artemis. Isso já valeu a pena. Fiquei muito triste com a morte de Julius Raiz. No momento em que li, decidi que não ficaria triste. Resolvi esperar e ver se aquilo realmente se concretizaria ou de alguma maneira Raiz ainda apareceria vivo. Fiquei muito triste em pensar que ele realmente tinha morrido. Cheguei a pensar que Artemis não seria mais a mesma coisa sem ele. E realmente não foi, de jeito nenhum. Não que a série tenha decaído sem o Comandante Raiz, mas certamente não é mais a mesma coisa.
Acabei de ler “A Colônia Perdida” e simplesmente amei, mas vou montar um post especialmente sobre esse livro, então até mais.

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